Arildo Hungarato |  Foto: Divulgação / Tribuna Livre

Para aprendermos, passamos pelas escolas e recebemos informações de nossos familiares. Atualmente, temos a poderosa “internet”, que nos permite fazer pesquisas a respeito de qualquer assunto. Vale reforçar, é preciso termos cuidado com as “fake news”. Enfim, estamos sempre adquirindo novas informações. 

Nessa trilha da busca do saber, temos um protagonista, o “professor”. É indubitável que este profissional tem uma importância social, mas o quanto essa relevância é percebida pela sociedade?

Na dimensão financeira, é explícito que os nossos mestres estão longe de receberem uma remuneração justa. Quanto à ética e à moral, temos muito a avançar no reconhecimento dos nossos educadores, que precisam de mais respeito, o que é evidente devido às frequentes notícias de violência de alunos contra professores. 

Podemos dizer que a sociedade e o Estado têm uma dívida com os professores, que teriam de ser mais valorizados. Por outro lado, ensinar e corrigir passa pela arte, técnica, pelo método, sem humilhar e estressar o aluno. 

Assim, o mestre tem de praticar a empatia e respeitar o aluno, que deve se portar como um aprendiz. Nessa linha, os professores precisam de mais investimentos do Estado, para que possam se aperfeiçoar constantemente.

Os alunos e a sociedade buscam se espelhar no professor, os têm como uma referência, que vai além do saber. 

Quando falamos de mestre, o primeiro nome que nos vem à mente é o de Jesus. Este não escolheu lugar para ensinar. À beira do mar, nas sinagogas, nos montes, junto aos enfermos, sempre se destacava pela sua sabedoria, se adaptando à cultura dos povos.  

Assim como Jesus fazia, o ensino tem de ser multicultural e respeitar os costumes. Ensinar envolve mais de um ator, sendo o aprendiz também um protagonista para completar o ciclo. 

É preciso que o aluno tenha interesse e motivação, que se aproprie e organize o conhecimento adquirido. Para o sucesso da educação é necessário completar a equação: professor preparado e valorizado (+) aluno motivado = educação de qualidade.

Assim, podemos dizer que a água está para quem está com sede, assim como o conhecimento está para quem está motivado para aprender. 

Nesse processo, não podemos descartar o uso da tecnologia, sem perder de vista as práticas elementares da Pedagogia, como os velhos recursos quadro e giz. 

Com a valorização dos professores, nações se fortalecem, cultural, social e economicamente. Então, temos de avançar, virar a página e sonharmos com o reconhecimento e a recompensa dessa tão importante profissão. Chegaremos à tal nível o dia que os pais desejarem que seus filhos sejam professores.

A mudança não ocorre instantaneamente. Então, vamos refletir e trilhar o tão almejado caminho, rumo a um país desenvolvido, cuja base é o investimento e a valorização da educação. Parabéns a todos os professores do Brasil.

ARILDO HUNGARATO é professor e mestre em Contabilidade.