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Economia

Venda de games dispara e cria negócios e empregos


A busca por entretenimento durante a pandemia fez com que a venda de jogos eletrônicos disparasse no mercado em geral. E no Espírito Santo não é diferente. O crescimento do setor, inclusive, tem criado oportunidades de emprego e inspirado novas formas de negócios.

Com o aumento do consumo, espera-se ainda que haja uma expansão da produção. Hoje, o Espírito Santo tem quatro empresas desenvolvedoras de games formalizadas junto à Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Digitais (Abragames).

O número de desenvolvedores que trabalham como autônomos não é tão claro, mas existem centenas já graduados ou em formação no Estado.

Eles produzem jogos com temáticas diversas, voltados tanto para entretenimento quanto para áreas como educação e recursos humanos, por exemplo. São os chamados jogos sérios (serious games), utilizados para ensinar sobre determinado assunto, capacitar profissionais ou divulgar uma marca.

O sócio-fundador e diretor administrativo da Mito Games, Marcelo Herzog, destacou que um dos fatores que contribuem para o crescimento do setor é que, independente da pandemia, cada vez mais empresas têm entendido o potencial dos games na geração de comportamentos e práticas desejáveis em colaboradores, gestores e em clientes. Isso vai possibilitar que o crescimento continue mesmo após a crise, segundo ele.

Segundo o professor de Jogos Digitais da Faesa, Victor Hugo Korting de Abreu, “o consumo de jogos em geral aumentou em, no mínimo, 25%, seja para computador, videogame ou celular. É um mercado que vinha em crescimento constante e foi impulsionado pelo pessoal ficando em casa”.

A opinião é compartilhada pela coordenadora do curso de Sistemas de Informação da Universidade Vila Velha, Susilea Abreu dos Santos. Segundo ela, além de proporcionar diversão, os jogos servem como ferramenta de interação durante o isolamento.

“O mercado se fortaleceu muito e deve continuar crescendo no pós-pandemia, pois os jogos ganharam novos adeptos que possivelmente não jogariam se não estivessem isolados”, destacou a coordenadora.

Desenvolvedor

Imagem ilustrativa da imagem Venda de games dispara e cria negócios e empregos
Estudante do curso de Jogos Digitais da Faesa, Lucas Rios |  Foto: Kadidja Fernandes/ AT
Contratado antes de concluir curso

Estudante do curso de Jogos Digitais da Faesa, Lucas Rios, 24 anos, ainda nem concluiu a graduação e já está empregado.

Ele atua em uma empresa desenvolvedora de jogos instalada em Vitória, que tem como foco os chamados serious games (jogos sérios).

“São games mais focados em aprendizado do jogador do que entretenimento propriamente dito. Mas, pelo momento que vivemos, surgiram demandas para jogos com outros propósitos que até então não eram explorados.”

Como muitos desenvolvedores, Lucas também realiza experimentos em outras áreas e, seja em projetos da faculdade ou nas horas livres, produz alguns conteúdos para jogos de entretenimento.

Cursos para aprender a desenvolver jogos digitais

O crescimento do setor games deve continuar nos próximos anos, conforme avança a tecnologia. E há diversas opções para quem deseja aprender a desenvolver os jogos digitais no Estado.

Uma das instituições de ensino com capacitação na área é a Faesa, que conta com o curso de nível superior em Jogos Digitais.

A graduação tem duração de dois anos e meio, durante os quais os alunos desenvolvem projetos inovadores e participam de eventos de referência no meio universitário, como Faesa Game Jam e o Hack Faesa. Mais informações estão disponíveis no site: www.faesa.br/curso/jogos-digitais

A Estácio de Sá também oferece o curso, mas na modalidade de ensino a distância (EAD). Uma das características do curso é ensinar Jogos Digitais abordando as diferentes tecnologias existentes, o que permite ao aluno assimilar de forma prática o desenvolvimento dos mais diversos tipos de games. Mais informações em: portal.estacio.br/graduacao/jogos-digitais

Já o Centro Estadual de Educação Técnica (CEET) Vasco Coutinho oferece o curso técnico de Programação de Jogos Digitais, que é gratuito.

O curso tem duração de até dois anos e, para concorrer a uma vaga, o interessado deve se inscrever no edital de seleção que a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti) abre semestralmente.

Os cursos permitem atuar nas mais diversas áreas, desde a produção efetiva de games, bem como na concepção de ambientes e cenários tridimensionais-digitais para várias áreas e aplicações.

Saiba mais

Produção de games

  • O Espírito Santo tem quatro empresas desenvolvedoras de games formalizadas, de acordo com a Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Digitais (Abragames).
  • Além de entretenimento, as empresas do Estado desenvolvem jogos voltados para educação, recursos humanos e outras finalidades.

Comércio

  • As vendas de jogos eletrônicos no País cresceram mais de 200% em abril, quando comparadas ao mês de março, segundo levantamento da Nuvemshop.
  • No Estado, o acréscimo é de no mínimo 25%, segundo estimativa do professor do curso de Jogos Digitais, Victor Hugo Korting de Abreu.

Desenvolvimento

  • As empresas de jogos geralmente trabalham por projetos e têm uma equipe própria ou contratam freelancers conforme a necessidade.
  • Geralmente o funcionário é encontrado pela internet, com base no portfólio, e o trabalho é por home office, o que possibilita conectar empresas e desenvolvedores de todo o mundo em um único projeto.
  • Até o pagamento costuma ser virtual, por meio de plataformas como PayPal.
  • O mais comum é que o desenvolvedor freelancer seja contratado para executar determinada parte de um jogo, como música, animação ou tradução de texto, por exemplo.
  • É incomum que um jogo completo seja feito por uma única pessoa, em virtude da grande quantidade de detalhes.

Tipos de jogos
Entretenimento

  • São voltados exclusivamente para a diversão. Não há outra finalidade.
  • Têm temáticas variadas e geralmente há uma meta a ser alcançada e um tempo para isso. Também é comum que existam múltiplas fases ou um ranking de pontuação.

Serious games (jogos sérios)

  • Embora possam entreter, a função desse tipo de jogo é outra.
  • A intenção principal é fornecer algum tipo de aprendizado ao usuário. Há opções voltadas para educação, capacitação e até propaganda.

Projeto

Imagem ilustrativa da imagem Venda de games dispara e cria negócios e empregos
O aumento no consumo de games durante a pandemia fez com que a Mito Games desistisse do plano de demitir |  Foto: Fabio Nunes/ AT
Manutenção de vagas

O aumento no consumo de games durante a pandemia fez com que a Mito Games desistisse do plano de demitir e reduzir salários.

“Recebemos um projeto e tivemos de fazer o contrário. Os funcionários fizeram hora extra durante todos os finais de semana desde março”, destacou o sócio-fundador da empresa, Rafael Lontra.

Marcelo Negreli e Rafael Fidelis estão entre os colaboradores que ajudaram no projeto, que é um game em parceria com a Sony Entertainment e a AXN.

Empresários estão otimistas com segmento

Mesmo enfrentando desafios, empresários do mercado de tecnologia do Estado estão otimistas quanto à superação da crise provocada pela pandemia da Covid-19.

O índice de endividamento no setor aumentou em torno de 45,9% – sendo que em 5,7% o aumento foi acentuado –, conforme pesquisa realizada pela Associação Capixaba de Tecnologia (ACT!ON), em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies).

Mesmo diante deste cenário, 91,9% das empresas de tecnologia acreditam que vão superar a crise e dar a volta por cima em pouco tempo. Para boa parte dos empresários, aproximadamente seis meses após a pandemia será possível retornar ao que chamam de razoável normalidade.

O segmento foi um dos menos afetados pela pandemia. Um reflexo disso é o fato de que a redução do quadro de funcionários das empresas do segmento é exceção. Como alternativa, muitos dos empresários optaram por antecipar férias, utilizar banco de horas ou reduzir carga horária e salários.

Para o diretor-presidente da ACT!ON, Emílio Augusto Barbosa, os resultados demonstram que o setor de tecnologia capixaba é forte e bem estruturado, apesar de ser majoritariamente formado por micro e pequenas empresas.

“Precisávamos agir rapidamente. Fomos felizes nesse aspecto. Sabemos que a tecnologia tem papel fundamental nessa luta. A transformação digital veio para ficar e isso ficou mais evidente com a crise gerada pela Covid-19. Todos os setores da economia se conectam e se complementam.”

O CEO da Tempro Software, Luiz Antônio De Biase, destacou que a busca por inovação por parte das empresas durante a pandemia é um dos motivos para a recuperação rápida do setor.

“As empresas estão tendo que se reinventar e, mais do que nunca, isso tem sido feito com a ajuda da tecnologia. Há um interesse crescente em inovação e estratégias digitais”, reforça.

Como consequência, outros segmentos têm sido beneficiados, como o comércio eletrônico ou e-commerce, conforme lembrou o coordenador dos cursos de Gestão Comercial e Varejo Digital do Centro Universitário Internacional Uninter, Elizeu Barroso Alves.

“Desde o início da pandemia, o comércio eletrônico no Brasil ganhou um protagonismo nunca visto anteriormente.”

Saiba mais

Gamificação

  • Também se popularizam as plataformas que utilizam conceitos de gamificação, embora não sejam necessariamente jogos.
  • Gamificação é o uso de mecânicas e dinâmicas de jogos para engajar pessoas, resolver problemas e melhorar o aprendizado, motivando ações e comportamentos.
  • Algumas técnicas são: medição de desempenho, estabelecimento de metas e feedback constante.

Performance

  • Os jogos que mais fazem sucesso são os games de entretenimento, que divertem não apenas quem joga, mas quem assiste ao jogo alheio.
  • Por meio de plataformas de streaming, como Twitch, jogadores transmitem seus jogos ao vivo e, inclusive, recebem doações dos fãs conforme vão ganhando destaque.

Perspectivas de retomada

  • Apesar de perdas eventuais, o segmento de tecnologia foi um dos menos afetados pela pandemia, e empresários do setor estão otimistas.
  • 91,9% das empresas acreditam que vão superar a crise.
  • Para 64,3% dos empresários, aproximadamente seis meses após a pandemia será possível a volta de uma razoável normalidade

Fonte: Abragames, ACT!ON, Ideies, Nuvemshop, Rafael Lontra, Victor Hugo Korting de Abreu e pesquisa AT.

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