Porto aberto ao desenvolvimento
Com a concessão à iniciativa privada, o Porto de Vitória receberá até o final de 2023 investimentos de cerca de R$ 130 milhões em projetos
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Ninguém tem dúvida sobre a vocação portuária do Espírito Santo, mas a vantagem geográfica e natural, por si só, não teria como dar conta de um mercado cada vez mais maduro, exigente e competitivo. É, e sempre foi, preciso mais.
Atributos como infraestrutura, modernização, produtividade, flexibilidade e agilidade se fazem essenciais para atrair novos negócios e, assim, promover o desenvolvimento sustentável da cadeia que o setor pode alavancar.
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É claro que, ao longo da história, a atividade portuária trouxe significativo crescimento para o Estado, mas a expansão das atividades do Porto de Vitória, muitas vezes, esbarrou em dificuldades relacionadas ao modelo de gestão pública.
Há nove meses, no entanto, com o processo de desestatização, a realidade começou a mudar, abrindo espaço para mudanças e oportunidades. Com a concessão à iniciativa privada, o Porto de Vitória – agora, VPorts – receberá até o final do próximo ano investimentos de cerca de R$ 130 milhões em projetos como recuperação de armazéns e berços, novas tecnologias e inovação, revitalização do elo logístico entre ferrovia e porto, entre outros previstos.
As boas perspectivas em infraestrutura, associadas ao dinamismo e à flexibilidade na negociação, já trazem ganhos importantes como a redução da ociosidade do porto, as avançadas obras de zeladoria com investimentos no cuidado da área portuária, o fechamento de novos contratos – como é o caso da Comexport, maior importadora de veículos do País – e até a permanência de empresas que já tinham decidido deixar o Espírito Santo e voltaram atrás diante do novo momento.
Além disso, a aplicação de uma nova tabela de tarifas foi autorizada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), depois de longo processo de discussão e análise sobre o assunto.
A redução tarifária média na tabela da VPorts foi de 8,4%, representando uma queda total nas receitas projetadas após a desestatização, que implica ganhos para todos os usuários do Porto.
A implementação da nova estrutura de tarifas beneficia quase todas as cargas movimentadas no Porto e está alinhada ao compromisso da empresa em proporcionar um ambiente favorável aos negócios e ao comércio internacional.
Um bom exemplo é a redução de 41% nas tarifas para contêiner, uma das principais cargas, que trará impacto direto e positivo nos preços finais dos produtos para o consumidor.
O trabalho desenvolvido nesses nove meses caminha em uma mesma direção: criar um ambiente cada vez mais favorável e competitivo no Espírito Santo, incrementando a economia, gerando emprego e renda, promovendo crescimento compartilhado e estabelecendo relações de diálogo e parceria com as comunidades do entorno por meio de projetos ambientais e sociais.
São novos tempos que surgem ancorados em premissas essenciais e inegociáveis em um mercado que busca resultados, mas que entende esse conceito como uma combinação que envolve também produtividade, inovação, segurança, transparência, desenvolvimento e cuidado com as pessoas.
Ilson Hulle é diretor-presidente da Vports (antiga Codesa), empresa que assumiu o Porto de Vitória
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