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Cidades

Vaquinha virtual para ajudar menino de 1 ano que sofreu paralisia após se afogar na praia


Imagem ilustrativa da imagem Vaquinha virtual para ajudar menino de 1 ano que sofreu paralisia após se afogar na praia
Lorenzo Jhon Pereira Fontoura tem paralisia cerebral decorrente de um afogamento |  Foto: Acervo da família

Um acidente ocorrido no dia 3 de abril de 2020 mudou a vida do pequeno Lorenzo Jhon Pereira Fontoura, de 1 ano e 8 meses. O menino se afogou em uma praia quando tinha um 1 anos e um 1 e ficou alguns minutos sem vida, mas foi ressuscitado pela equipe da Unidade de Saúde de Praia Grande, em Fundão onde aconteceu o acidente.

A falta de oxigenação causou uma paralisia cerebral severa. Logo após, ele foi encaminhado para um hospital em Vitória e internado em estado grave. O menino ficou 1 mês e 28 dias em coma induzido e mais alguns dias na enfermaria para que se adaptasse a sua nova forma de viver utilizando traqueostomia e gastrotomia.

Para melhorar a condição de vida do Lorenzo, a família conseguiu um tratamento baseado em células-tronco que é realizado em um hospital nos Estados Unidos e custa R$ 150 mil. Para conseguir juntar o valor e levar o Lorenzo para esse hospital, a família criou uma "vaquinha virtual".

A mãe de Lorenzo, Andressa Pereira da Silva, 20 anos e o pai Jefferson da Silva Fontoura, de 20 anos contaram ao Tribuna Online que o filho adquiriu a paralisia cerebral como consequência do acidente. Por isso, ele já não fala, não se alimenta pela boca, não respira sozinho e não anda.

"Antes do acidente, o Lorenzo tinha uma vida normal, como qualquer criança de 1 ano: falava, brincava, andava, se alimentava. Estávamos na praia que tem aqui perto de casa e foi lá que tudo aconteceu. Lorenzo tinha 1 ano e 1 mês na época do acidente. Não havia salva-vidas na praia então levamos ele, às pressas, ao posto de saúde e ao chegar lá ficamos sabendo que não tinha pediatra. Ele teve uma parada cardio respiratória. A equipe que estava de plantão fez todos os procedimentos e ele foi reanimado. Tivemos que aguardar muito tempo para o SAMU chegar e toda aquela espera nos deixava ainda mais angustiados com a situação", relatou Andressa.

Antes e depois do menino Lorenzo:

Após a chegada do SAMU, Lorenzo foi transferido para o Vitória Apart Hospital onde foi sedado, entubado e ficou em coma induzido. Mas não era bem isso que a família do Lorenzo achava que iria acontecer.

"Nós achávamos que ele passaria por uma consulta médica com pediatra, iria tomar medicações e voltaria pra casa com a gente, normal. Mas não foi isso que aconteceu. Ao chegarmos no hospital ficamos sabendo que ele teve sequelas muito graves, que teria que ficar em coma e que possivelmente, teria a paralisia cerebral. Hoje, nosso filho é acamado, possui a paralisia cerebral e por isso, não fala, não se alimenta pela boca, ele usa sonda, não respira sozinho e não anda", contou a mãe do Lorenzo.

A família de Lorenzo, está fazendo uma vaquinha online para conseguir custear o tratamento com células- tronco que é realizado somente em um hospital na Flórida, nos EUA. A família precisa de R$ 150 mil para conseguir custear o tratamento bem como, a viagem, hospedagem, alimentação e a medicação que o pequeno Lorenzo vai precisar. Segundo Andressa, eles já conseguiram arrecadar R$ 3 mil.

Pesquisas sobre tratamento
Ao receber a notícia de que o pequeno Lorenzo passaria a viver em cima de uma cama com paralisia cerebral, os pais resolveram pesquisar outros tratamentos existentes para o caso do filho. Eles passavam dias e noites procurando histórias de pessoas que venceram a lesão cerebral e que voltaram a ter uma vida quase normal com algumas limitações. 

"Depois de muitas pesquisas, eu e meu marido, vimos que não existe um tratamento específico para paralisia cerebral, mas existem tratamentos paliativos para ajudar na qualidade de vida do paciente. Atualmente o Lorenzo é acompanhado por uma equipe maravilhosa! Ele faz fisioterapia e fonoaudiologia. Mas ele precisa de muitas sessões, além de outros tratamentos que são necessários inserir na rotina dele para que ele melhore", disse a mãe de Lorenzo.

Após criarem a página na internet sobre o caso do Lorenzo, os pais receberam várias mensagens de famílias que têm filhos com o mesmo problema. Para a surpresa dos pais de Lorenzo, uma pessoa informou que na Flórida existe um hospital chamado Stem Cell Institute, onde fazem um tratamento com células-tronco que ajuda na qualidade de vida de pacientes com diagnóstico de paralisia cerebral.

"Nós pesquisamos muitas coisas e quando recebemos essa notícia sobre o tratamento com células tronco, não pensamos duas vezes: entramos em contato com o hospital que prontamente nos atendeu e informou tudo que era preciso para o Lorenzo fazer o tratamento. Enviaram pra gente um formulário que nós já preenchemos e agora estamos aguardando o contato da equipe desse hospital para concluir as etapas e iniciar o tratamento. Mas para conseguirmos que o nosso filho receba esse tratamento a gente precisa ir até o hospital que fica na Flórida, ele terá que ficar internado lá e o valor para custear o tratamento bem como, os gastos da viagem nós não temos. Por isso, resolvemos tentar conseguir juntar o valor por meio de uma vaquinha online", explicou Andressa.

Atualmente, Lorenzo é acompanhado por uma equipe multidisciplinar por meio do home care e faz tratamento com fisioterapeuta de duas a três vezes na semana, além de um tratamento três vezes na semana com uma fonoaudióloga. O menino também é acompanhado por pediatra e neurologista.

Imagem ilustrativa da imagem Vaquinha virtual para ajudar menino de 1 ano que sofreu paralisia após se afogar na praia
Andressa Pereira da Silva, 20 anos mãe de Lorenzo e o pai Jefferson da Silva Fontoura, de 20 anos com o filho antes do acidente |  Foto: Acervo da família

"Apesar de termos consciência dos prognósticos negativos do nosso filho, eu e Andressa queremos o bem do nosso menino de qualquer forma. A gente sabe que será uma longa jornada, e que tudo o que nós precisamos é crer e ter persistência", acrescentou o pai do Lorenzo.

"Somos gratos por toda ajuda e força que recebemos diariamente e isso é o que fortifica a gente a encarar os desafios diários. Nosso filho é o nosso maior e melhor tesouro e vamos conseguir arrecadar esse valor e tratá-lo da forma que ele precisa", destacou Jefferson.

"Peço a ajuda de vocês para que possamos realizar o tratamento de células tronco. Que poderá ajudar o Lorenzo a ter uma vida mais normal possível. Toda doação será bom vinda e nós prestaremos conta de todo valor arrecadado", enfatizou Andressa.

Tratamento com a Fonoaudiologia
A fonoaudióloga, Keila Cristina de Souza Silva Nunes, acompanha o Lorenzo há 6 meses, três vezes na semana. Keila disse que apesar das diversas dificuldades que o menino tem enfrentado, ele já apresentou evoluções.

Imagem ilustrativa da imagem Vaquinha virtual para ajudar menino de 1 ano que sofreu paralisia após se afogar na praia
A fonoaudióloga, Keila Cristina de Souza Silva Nunes disse que Lorenzo já teve algumas evoluções |  Foto: Acervo Pessoal

"Com a paralisia cerebral ele teve uma paralisia motora facial, na orofaringe e distúrbio de linguagem. Lorenzo não balbucia e tem tremores na língua. Ele não consegue deglutir a saliva e possui transtornos de aprendizagem. O tratamento que faço com ele tem como objetivo ajudá-lo na coordenação do movimento de mastigar, engolir e respirar. Porque são movimentos que precisam de controle motor e hoje, ele não tem esse controle", explicou a fonoaudióloga.

A especialista destacou as evoluções do pequeno Lorenzo e explicou que por ele ser ainda estar em fase de desenvolvimento, a tendência é que ele consiga ter mais evoluções já que, com a plasticidade cerebral, ela pode desenvolver os movimentos que está aprendendo por outras áreas do cérebro e com isso, voltar a ter mais movimentos.

"Durante esses meses que o acompanho já notei uma evolução. É pequena mas teve e isso nos deixa muito esperançosos. Ele não deglutia saliva e hoje ele deglute. Ele tinha face em máscara, que é uma face que não chora, não sorri, e agora ele já consegue fazer o movimento de língua pra deglutir saliva. Ele franze o cenho quando está triste e ele já tem um leve sorriso", destacou Keila.

"Nossa esperança é que os movimentos que ele não tem mais, ele desenvolva os que vem aprendendo, por outras partes do cérebro. Porque a área que foi lesada, essa não vai mais ter condição de ser trabalhada. Além disso, como ele é pequeno e está em fase de desenvolvimento, é possível que ele consiga treinar as outras partes do cérebro como o cognitivo, por exemplo".

Tratamento com a Fisioterapia

A fisioterapeuta, Sumaya Amâncio da Silva, acompanha o Lorenzo há 3 meses de duas a três vezes na semana. Sumaya explicou o que tem sido realizado para a melhora na qulidade de vida do pequeno Lorenzo.

"O problema neurológico dele foi bem grave e afetou muito a parte motora. Ele não mexe os membros inferiores nem os superiores. Em todas as sessões eu faço alongamento, estímulo motor de toda a musculatura dele, como por exemplo abrir e fechar as mãos, dobrar o cotovelo e o joelho. Também é feito um trabalho de sustentação de tronco, no qual eu o coloco sentado para que ele venha adquirindo mais estímulos de controle de tronco. Outro exercício muito importante é para estimular o peso do corpo dele sobre a perna", explicou a fisioterapeuta.

Outro tratamento que é feito em Lorenzo, é a fisioterapia respiratória que consiste em estimular ele a tossir fazendo a compressão e descompressão do pulmão já que ele usa a ele usa a traqueostomia.

"Como ele teve sequelas muito graves o trabalho da fisioterapia vai ser contínuo e sempre focado na melhoria da qualidade de vida do Lorenzo", ressaltou a especialista.

Como ajudar

Para ajudar no tratamento do Lorenzo basta acessar o link da "vaquinha online" e fazer a doação do valor que desejar.

Também foi criada uma página, onde todos podem acompanhar como Lorenzo está superando essa situação com ajuda da família e da fé que mantem em dias melhores. O instagram é: https://www.instagram.com/lorenzinhojhon/?hl=pt-br


Saiba mais


O que é paralisia cerebral?
> A paralisia cerebral é uma condição que resulta de lesões ou anormalidades do cérebro, geralmente no útero, mas que ocorre a qualquer momento durante 2 anos após o nascimento. Afeta as funções do cérebro e do sistema nervoso, como pensar, ver, ouvir, aprender e movimento.

> As causas comuns são hipóxia (baixos níveis de oxigênio), traumatismo craniano, infecções maternas como rubéola, sangramento cerebral, infecção cerebral e icterícia grave. Os tipos de PC incluem: atáxica, hipotônica, espástica, discinética e mista.

Site do hospital que realiza o tratamento para paralisia cerebral: https://www.cellmedicine.com/

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