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Cidades

Valério e sua casa no meio das nuvens em Guarapari


Imagem ilustrativa da imagem Valério e sua casa no meio das nuvens em Guarapari
|  Foto: Alexander Faria

“Literalmente dentro das nuvens”. É assim que o engenheiro agrônomo Valério Nunes Bastos, de 59 anos, define a sensação de quando um mar de nuvens invade a casa dele. A residência fica em um dos pontos mais altos de Guarapari, em Alto Jabuti, a 540 metros de altitude.

O fenômeno acontece toda vez que há uma inversão térmica, provocada pela rápida alteração na temperatura.

“Quando vem a frente fria, provocando a inversão térmica inesperada, as nuvens descem e invadem a casa. Para a nuvem deixar a casa, precisamos acender a lareira”, contou Valério.

A mulher do engenheiro agrônomo, a empresária Rosani Mess Bastos, 49 anos, relatou que o processo é bem rápido, mas por alguns momentos eles se sentem no céu.

“As nuvens descem rapidamente por trás da casa e vai entrando na sala. É bem curioso. O chão fica úmido e só com a lareira acesa conseguimos nos aquecer. É até estranho dizer que usamos lareira em Guarapari, que é conhecida por conta do verão”, disse Rosani.

Imagem ilustrativa da imagem Valério e sua casa no meio das nuvens em Guarapari
|  Foto: Alexander Faria

O casal mora na localidade há três anos e afirma que a qualidade de vida não se compara a nenhum outro lugar no mundo.

“Nós, que viajamos para vários países e já moramos em São Paulo, que é uma cidade muita agitada, encontramos em Guarapari a verdadeira qualidade de vida. Nosso filho de 18 anos também é apaixonado por este lugar”, completou Valério.

Quando descobriu o terreno, o agrônomo precisou entrar com um requerimento no governo do Estado, solicitando a posse, já que o local era tratado como terras devolutas, que são locais públicos sem destinação pelo poder público e que em nenhum momento integraram o patrimônio de um particular.

A região é conhecida como Pedra da Risca, por conter a pedra mais alta da cidade. É essa pedra que orienta os navegantes que estão em alto-mar. Seguindo em direção à pedra, é possível saber que o canal de Guarapari está se aproximando.

Devido à altitude, o casal conta que já enfrentou temperaturas de 10ºC, e o friozinho entre a mata e as montanhas se tornou um lugar propício para plantação de uvas, onde a família aproveita também para manter a criação de gados e galinhas poedeiras (destinadas para produção de ovos).
 

Fabricação de ração animal 

Imagem ilustrativa da imagem Valério e sua casa no meio das nuvens em Guarapari
|  Foto: Roberta Bourguignon

Especialista em nutrição de ruminantes (mamíferos que se alimentam de vegetais), o engenheiro agrônomo Valério Nunes Bastos já teve uma fábrica de ração na cidade. Agora, ele decidiu produzir o alimento de seus gados e galinhas em sua propriedade.

Os gados de corte são criados há mais tempo. Valério conta que compra os animais mais magros, e consegue engordá-los com o alimento produzido no terreno especialmente para eles. Depois, ele comercializa.

Já as galinhas são os xodós da família. O objetivo é a venda de ovos. Atualmente, o agrônomo possui 250 galinhas poedeiras, que são destinadas exclusivamente para a produção de ovos.
Ele construiu todo o projeto com as próprias mãos, desde o galinheiro, o local onde as aves vão pôr os ovos, e ainda o sistema de recolhimento dos ovos, da lavagem, e embalagem.

“O número de 250 galinhas é o primeiro lote das aves que adquirimos. No segundo lote, mais 750 aves serão adquiridas, para que 1.000 galinhas poedeiras possam ser criadas. A venda de ovos caipiras passará a ser a principal atividade na propriedade”, afirmou.

Trinta toneladas de uva

O engenheiro agrônomo Valério Nunes Bastos possui o maior parreiral da região e tem expectativa de colher até 30 toneladas de uvas por ano. Ao todo, são 1.600 mudas sendo cultivadas em quase um hectare de terra.

O plantio aconteceu no ano passado, quando a prefeitura da cidade doou mais de 20 mil mudas de uvas. “Como a minha propriedade possui um clima mais frio, decidi fazer um investimento para receber as mudas. A previsão é de que o fruto comece a ser colhido pela primeira vez em 2021”, contou Valério.

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