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Coluna do Estadão

Coluna do Estadão

Colunista

Estado de São Paulo

Três meses depois daquele banho de mar

| 05/04/2021, 07:35 07:35 h | Atualizado em 05/04/2021, 07:39

Se uma imagem vale mais do que mil palavras, as fotos de Jair Bolsonaro provocando aglomerações em Praia Grande (SP) nas suas férias de R$ 2,4 milhões são a síntese da conduta do Presidente na tragédia das 331 mil mortes por covid-19.

“Já dava para saber que chegaríamos a este ponto. Desde janeiro a gente está avisando: o que aconteceu em Manaus acontecerá no resto do Brasil”, diz a epidemiologista Ethel Maciel. Três meses depois do mergulho, a Baixada Santista conta seus mortos, e as projeções para o abril da pandemia no País são péssimas.

Vale... A ocupação de leitos de Covid-19 nos municípios da Baixada Santista está em torno de 80% e, em leitos de UTI, beirando os 90%, segundo dados oficiais. Na virada do ano, enquanto a ciência pedia restrições, Bolsonaro dizia que a pandemia estava no fim.

...lembrar. Em Praia Grande, onde Bolsonaro tomou o banho de mar, havia, até sexta-feira passada, quase 12.500 casos confirmados de Covid-19. Desde o dia 1º de janeiro, foram ao menos 119 mortes pela Covid na cidade, ante 313 de todo o ano passado.

Imagem ilustrativa da imagem Três meses depois daquele banho de mar
Bolsonaro em Praia Grande |  Foto: Reprodução Facebook

CLICK. Jair Bolsonaro na Praia Grande: enquanto Presidente provocava aglomeração, banhistas gritavam “mito” e atacavam o governador de São Paulo, João Doria.

Tristeza. O vídeo do prefeito de Mongaguá, Márcio Melo Gomes (Republicanos), chorando a morte de familiares e defendendo medidas à restrição de circulação comoveu o País. As duas cidades são vizinhas.

Conta alta. Nas mesmas férias de R$ 2,4 milhões, segundo dados obtidos oficialmente pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO), Jair Bolsonaro também provocou aglomerações no litoral de Santa Catarina. Sempre sem máscara, obviamente.

Conta outra. E a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência agora quer convencer o País de que o Presidente sempre adotou atitude responsável.

Em busca... A comissão da Covid-19 no Senado marcou para o dia 12 deste mês audiência pública na qual debaterá o uso de fábricas brasileiras de vacinas para animais na produção de imunizantes contra a Covid-19 destinados a humanos.

...de saída. Serão convidados o Instituto Butantan, a Fiocruz, os ministérios da Ciência e Tecnologia e Relações Exteriores e a Anvisa.

Prioridade. A possibilidade de utilização das plantas industriais de produção de vacinas para animais na confecção de imunizantes contra a Covid-19 para humanos foi apresentada a Bolsonaro, que pediu diretamente a Marcelo Queiroga prioridade no assunto.

Vazão. De acordo com o senador Wellington Fagundes (PL-MT), que tem sido um interlocutor dessa indústria, os laboratórios hoje usados para produzir vacinas para a pecuária, conseguem se adaptar e iniciar a produção de imunizantes contra a Covid-19 em 90 dias e podem chegar a 400 milhões de doses.

Celeridade. “Os órgãos responsáveis precisam dar uma resposta rápida, pessoas estão morrendo”, afirmou Fagundes.

Encosta... Mais um fator que contribuiu para a derrocada de Fernando Azevedo e Silva: Eduardo Pazuello foi chorar as pitangas no colo do Presidente: reclamou por ter sido chamado de volta para o Exército pelo então ministro.
...sua cabecinha. Segundo a Coluna apurou, o Presidente se emocionou.

Pronto, falei!
Em artigo sobre a conjuntura política

"Há que juntar as forças capazes de se contrapor a estrebuchamentos autoritários eventuais”.

Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República
 

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