Tomate sobe 160% e chega a R$ 10 o quilo nos supermercados
O consumidor que levou um susto nos últimos meses com o aumento de alguns itens no supermercado, como o pacote de arroz e o litro de óleo, começa a sentir no bolso o peso do tomate.
Nas últimas semanas, o valor do fruto nas gôndolas dos supermercados disparou e, em alguns locais, chega a custar cerca de R$ 10 o quilo.
De acordo com informações da Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa-ES), a caixa com 20 quilos de tomate, que era comercializada por cerca de R$ 50, nos meses anteriores, agora saltou para R$ 130, o que representa um aumento de 160%.
A central informa que esse aumento é algo normal nos meses de outubro e novembro por conta da redução na produção - diariamente, 150 mil quilos do fruto chegam à Ceasa, mas essa quantidade cai para 60 mil agora.
O presidente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), João Falqueto, explica que o disparar do preço do tomate nos supermercados tem a ver com a mudança no tempo.
"Houve aquele sol forte que deu no mês passado, o tomate amadureceu muito rápido e agora ficou sem sol e ele não amadurece, não chega à coloração. Ele precisa da água, mas também dos raios solares", disse.
O forte calor no fim de setembro e início de outubro também atingiu outros estados do Sudeste, como Rio de Janeiro e São Paulo, e Centro-Oeste, como Goiás, que são grandes produtores do fruto e tiveram a colheira prejudicada.
A saída encontrada nesses locais foi comprar o tomate de outros lugares, como o Espírito Santo, causando um desabastecimento para os capixabas, segundo Falqueto.
"O calor influenciou no dia na nossa sensação térmica e agora está influenciando no preço e no bolso", analisou o presidente da Acaps.
A Ceasa informa que abobrinha, vagem e batata são outros exemplos de produtos que também sofreram um aumento no preço nas últimas semanas, mas isso não se compara ao que ocorreu com o tomate.
O presidente da Acaps afirma que o consumidor precisa buscar alternativas para ver o preço do fruto abaixar já que não há uma previsão disso ocorrer. “Buscar alternativa para deixar o tomate um pouco de lado uma semana ou duas. Qualquer redução de consumo ajuda a evitar impulsionar o mercado. Quem rege o mercado é o consumo”.
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