X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Famosos

"Tive a honra de ver Zé do Caixão dirigindo filme pela última vez", diz capixaba


"Um mestre do cinema brasileiro". Assim o cineasta capixaba Rodrigo Aragão define José Mojica Marins, o Zé do Caixão. O artista morreu aos 83 anos nesta quarta-feira (19) devido a uma broncopneumonia. Ele estava internado no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo.

Rodrigo contou que teve a oportunidade de acompanhar a última vez que Mojica sentou em uma cadeira de diretor. "Tive a grande honra de ver Zé do Caixão sentar na cadeira de diretor pela última vez. Foi em 2014, em Guarapari, durante as filmagens do filme 'As Fábulas Negras'", relembrou o diretor de "A Mata Negra".

"Ele ficou doente três meses depois de filmar aqui", continua Aragão, sobre o filme lançado em 2015 que reúne cinco lendas de personagens do imaginário popular brasileiro em clima macabro. Zé do Caixão dirigiu um conto sobre o Saci.

Confira abaixo a entrevista:

Imagem ilustrativa da imagem "Tive a honra de ver Zé do Caixão dirigindo filme pela última vez", diz capixaba
Cineastas Zé do Caixão e Rodrigo Aragão |  Foto: Mayra Alarcón

AT2 | Quem foi o José Mojica Marins, o Zé do Caixão, para você?
Rodrigo Aragão - Ele é o eterno mestre do cinema brasileiro. Acho que ele descansou. Ele estava lutando há muito tempo contra uma doença muito difícil. Em minha opinião, acho que ele deixa um legado incomparável, uma grande contribuição para o cinema brasileiro e mundial. Ele é um cara que não tem comparativos. Não haverá um cara como ele.

- Qual a influência de sua obra?

Ele mostrou para toda uma geração de cineastas que é possível realizar seu sonho no cinema. Mostrou que a gente podia fazer um terror brasileiro original. Eu tive a grande honra de ver Zé do Caixão sentar na cadeira de diretor pela última vez. Foi aqui em Guarapari, em 2014, durante as filmagens das "Fábulas Negras". Essa foi a última vez que ele sentou na cadeira de diretor.

- O que foi esse projeto "As Fábulas Negras" e qual a participação do Zé do Caixão?

Era um projeto antologia de histórias do folclore brasileiro. Eu dirigi dois contos e ele dirigiu um conto sobre o Saci. Essa foi uma história rodada no interior de Guarapari sobre um personagem que ele gostava muito, que era um personagem brasileiro.

- Qual era a sua relação com ele?

Ele era uma pessoa extremamente divertida. Tratava todo mundo muito bem. Sempre foi muito acessível e tinha um grande carinho com os fãs.

- Você e ele tinham projetos juntos?

Ele estava nessa batalha há muitos anos. Mojica estava com problemas renais. Ele ficou doente três meses depois de filmar aqui. Então, estava nessa batalha há bastante tempo.

- Qual o legado dele?

O Zé do Caixão abriu caminho para toda uma geração de cineastas. Hoje, o terror brasileiro tem feito um sucesso absurdo mundo afora. Todo mundo que dirige cinema fantástico no Brasil deve algo a ele. Particularmente, ele me deu exemplo como ser humano, que se divertia muito fazendo cinema. Essa foi a grande lição que ele me deu.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: