Spray promete proteger corpo e roupa contra o coronavírus por 12 horas
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Uma empresa brasileira criou e está colocando no mercado um produto em spray, semelhante a um desodorante, que promete proteger o corpo e as roupas do coronavírus por 12 horas, eliminando o vírus da superfície em apenas dois minutos.
A química industrial Kátia Coelho, que atua como diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa responsável, garante que o produto Silver Clean Doctor+ pode ser utilizado na pele, no cabelo, nas mãos, nas máscaras e até entrar em contato com a pele.
“Não há contraindicações. Não tem cheiro e pode passar até em bebês. O único público que não pode usar são os alérgicos à prata, porque o produto possui um ativo à base de nanoprata”, explica.

De acordo com Kátia Coelho, o produto deve ser aplicado nas superfícies, antes ou depois de sair de casa.
Os testes foram feitos com apoio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em células de macacos verdes contaminados e duraram cerca de dois meses.
Em nota à reportagem, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disse, no entanto, que “as referidas alegações de eficácia contra o coronavírus não estão comprovadas”.
A Anvisa disse ainda que o produto foi aprovado, sim, mas “como um aerossol com finalidade antisséptica” e é “apenas com essa indicação que está regularizado”.
A base do tal ativo de nanoprata, explica Kátia Coelho, já existia num outro produto de nome parecido, que era usado como saneante em travesseiros, sofás, colchões e túneis de desinfeção e tinha apelo bactericida.
“Percebemos que precisávamos de uma eficácia em cosmético em meio à pandemia e partimos para as pesquisas com a mutação do vírus novo. O ativo é eficaz contra 650 micro-organismos, entre bactérias, fungos e vírus”, garante a química industrial.
Segundo a assessoria de imprensa da empresa brasileira, o aerossol possui 110 ml e tem como preço sugerido um valor entre R$ 24 e R$ 26, mas que pode variar. Há negociações de vendas em algumas redes de farmácias e supermercados, informou.
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