Sertanejos defendem reviravolta no amor
Viver uma história de amor pode até parecer fácil. No entanto, o que acontece nos bastidores de um casal é emoção à flor da pele! Rola de tudo. Da luta para conquistar alguém até a recusa de terminar a relação. E, nesse looping do coração, vale até uma debochada de quem quebra a cara. “Volta por baixo”?
É o amor e suas reviravoltas, que são defendidas pelos irmãos Henrique, 30 anos, e Juliano, 29, que transformam essas histórias em grandes hits do sertanejo. Haja sofrência!
Para quem duvida, “Liberdade Provisória”, música de trabalho da dupla, alcançou o primeiro lugar no Spotify Brasil. Também sucesso nas rádios, a canção fala do cara implorando para voltar: “Sou preso na sua vida. Era só liberdade provisória”.
Mas o amor merece condenação perpétua? “Acho que não. As coisas mudam, as pessoas mudam, os sentimentos mudam. O amor pode ser simples, mas as pessoas são complexas. Às vezes, a gente erra e se arrepende”, explica Juliano ao AT2.
E Henrique completa: “Resiliência é uma boa definição para o amor que se adapta às mudanças, supera as adversidades e tem a capacidade de se recuperar”.
Com novo hit, “Volta por Baixo”, a dupla sertaneja fará show amanhã no Multiplace Mais, em Guarapari, com o amigo pagodeiro Dilsinho.
Henrique e Juliano, sertanejos “A gente tem que ir atrás do que a gente quer, né?”
AT2 - Vocês voltam ao Estado em noite de sertanejo e pagode com Dilsinho. O que prepararam para o show?
Henrique - Estamos muito felizes em voltar ao Espírito Santo. Temos um carinho enorme pelos capixabas, que sempre nos recebem tão bem! Vamos levar músicas de todos os nossos trabalhos e os últimos lançamentos do DVD “Ao Vivo no Ibirapuera”, como “Briga Feia” e “Liberdade Provisória”, que já passou dos 48 milhões de visualizações no YouTube.
E, sobre o Dilsinho, é sempre muito bom encontrar com ele, somos ótimos amigos. Seria bom demais fazer essa mistura, ainda mais com alguém tão bacana como ele. Vamos ver o que vai rolar!
A “Liberdade Provisória” é aquele lance de “eu não terminei com você”, mas em uma nova roupagem?
Henrique - Pode ser sim. Às vezes, as pessoas acham que estão prontas para terminar, vão lá e terminam, mas, quando veem o outro bem, aí percebem que não estavam prontas, se arrependem e pedem para voltar.
Às vezes, é difícil ver que a outra pessoa está melhor do que a gente, né?! (Risos)
Quando se ama, vale implorar para voltar, mesmo quando te “matam na unha”? Qual a hora certa de parar com a investida?
Henrique - A gente tem que ir atrás do que a gente quer, né? É aquele ditado: o “não” você já tem...
Quando se erra e está arrependido, acho que vale pedir para voltar sim. Nem sempre vai dar certo. Se a outra pessoa deixou claro que não quer mais, que está melhor sem, aí é hora de jogar a toalha. No fundo, a gente sempre sabe quando não adianta mais insistir.
No Instagram, perguntam: “Quem aí já implorou pra voltar?” Vocês já fizeram isso?
Juliano - Acho que, em algum momento da vida, todo mundo já quis pedir para voltar pra alguém, senão não haveria sofrência nesse mundo. (Risos)
E quando “menos é mais”? Ou o menos é demais?
Juliano - Acho que, em muitos momentos, menos é mais. Inclusive, esse é o nome de um dos nossos trabalhos e é algo que inspira a gente: levar a vida de maneira mais simples. Isso vale para os relacionamentos também. Para que complicar se podemos simplificar?
O Carnaval está aí. Acha que amor de balada pode virar o amor da vida?
Henrique - Sem dúvida! Inclusive, muitos casais têm a nossa música como trilha sonora. Pessoas que se conheceram na balada, no Carnaval, às vezes até no nosso show, e engataram um relacionamento sério. A gente fica muito feliz de ouvir essas histórias.
Acabam de lançar mais uma aposta de sucesso: “Volta por Baixo”. É a prova de que um dia os humilhados serão exaltados?
Juliano - É um pouco disso. (Risos) A música fala daquela pessoa que se gabava que ia se dar melhor, mas o tiro saiu pela culatra. Quisemos mostrar que o mundo dá voltas!
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