Segundo paciente com HIV é curado do vírus
Um estudo publicado na revista “The Lancet HIV” sugeriu que um paciente com o vírus HIV, que foi submetido a um transplante de células-tronco, não apresenta mais sinais de infecção após o tratamento.
A pesquisa, feita por cientistas de Universidade de Cambridge, apontou que não há mais sinais do vírus nas amostras de sangue do paciente, 2 anos e meio depois que ele interrompeu o tratamento antirretroviral contra o HIV.
É o segundo caso desse tipo em todo o mundo. O primeiro ocorreu em 2011, quando o chamado “paciente de Berlim” se tornou o primeiro a reportar a cura da infecção pela doença.
“Sugerimos que nossos resultados representam uma cura do HIV”, afirmaram os autores, depois de testarem amostras de sangue, tecido e esperma.
“Testamos um número considerável de lugares onde o vírus gosta de se esconder e praticamente tudo deu negativo”, disse o professor Ravindra Gupta, um dos autores do estudo, à agência AFP.
Os pesquisadores apontaram que restos do DNA do vírus foram detectados em algumas amostras de tecido, mas que estes seriam resquícios “fósseis”, incapazes de reproduzir o vírus.
“É difícil imaginar que todos os vestígios de um vírus que infecta bilhões de células foram eliminados”, comemorou Gupta.
O procedimento usado para os dois pacientes curados é considerado arriscado, ressaltou Gupta.
“Temos que colocar na balança a taxa de mortalidade de 10% para um transplante de células-tronco. Não é um tratamento que seria oferecido amplamente a pacientes com HIV que estejam em um tratamento antirretroviral de sucesso”, lembrou o cientista.
Comentários