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Cidades

Secretária denuncia morte de cão dentro de creche para animais em Vitória


A dona de um cão da raça Spitz Alemão denunciou a morte do animal nas dependências de uma creche para pets localizada no bairro Jardim da Penha, em Vitória. O cãozinho, chamado Oreo, de dois anos e meio, morreu após ser atacado por um Bull Terrier. O caso aconteceu no dia 23 de julho e ganhou repercussão após postagens em grupos de WhatsApp e redes sociais.

“Eu tinha três cães dessa raça. Era o quarto mês que eles estavam indo para essa creche. Um dia, fui buscá-los e escutei uma confusão. Os monitores gritavam ‘solta, solta’ e escutei tapas abafados, como se tivessem tentando separar. Perguntei o que estava acontecendo e o monitor já veio com o corpinho do meu cachorro Oreo. Fiquei muito desesperada”, contou a secretária Andréa Passos.

Imagem ilustrativa da imagem Secretária denuncia morte de cão dentro de creche para animais em Vitória
O Spitz Alemão, Oreo, tinha dois anos e meio. |  Foto: Acervo pessoal

Andréa disse que, após o ataque, o cão ficou todo ensanguentado. “Eu não quis ver o bichinho. Minha irmã foi lá ver, beijou ele e voltou toda suja de sangue”, afirmou.

Ainda muito abalada, a secretária disse que já havia questionado ao estabelecimento se cães de pequeno porte ficavam junto a animais de porte maior.

“Coloquei eles na creche para brincarem um pouquinho, para terem atividades. Quando visitei o local para conhecer, questionei sobre cães maiores ficarem junto com cães pequenos. Me disseram que não ficavam juntos e que tinha monitores o tempo todo. No entanto, nas redes sociais eles postavam fotos de todos juntos”, disse.

Após o ocorrido, os proprietários da creche ficaram responsáveis por dar um destino ao corpo do cachorro. “A dona da creche perguntou o que eu queria fazer. Eu disse que não queria o corpo, que não queria ele daquele jeito. Então, ela se ofereceu para levá-lo para cremação e me entregar as cinzas. Até hoje não recebi nem as cinzas, nem o laudo da morte”.

Dias após a morte do Oreo, a secretária fez um relato em um grupo de WhatsApp com mais de 250 membros que têm cães da mesma raça.

“Fiz um desabafo no grupo de Spitz e deu essa repercussão toda. Até então a creche não tinha falado o que tinha acontecido. Eles fizeram uma postagem ontem (terça-feira) no Instagram dizendo que meu cachorro morreu de susto. Quando a gente comenta, eles apagam. Eles estão falando que eu estou mentindo”, disse.

A secretária ainda não decidiu se vai acionar a Justiça. “Entraram em contato comigo querendo conversar pessoalmente, mas eu não quero. Estou conversando com a advogada, mas ainda não resolvi”, afirmou Andréa.

Creche alega que foi fatalidade

A proprietária da creche para pets, Lorença de Jesus Ferreira Barros, disse que lamenta o ocorrido e afirma que tem tentado fazer contato com a dona do Oreo desde o dia do ocorrido.

“Foi uma fatalidade. Poderia acontecer em qualquer lugar. Não foi culpa minha, mas foi dentro do meu estabelecimento. Não me eximo de responsabilidade nenhuma. Estou me sentindo muito mal com tudo que aconteceu. Não quero que ninguém passe por isso porque eu também amava ele. Não tem como você conviver com um cão e não se apegar. Dos três cães dela, ele era o que mais tinha carinho por mim. Eu me pus à disposição dela desde o começo, mas ela não falava comigo”, disse.

A proprietária da creche revelou que não estava no local no momento do ataque, mas contou o que seus funcionários relataram.

“No dia, a Andréa chegou e o monitor foi colocar a coleira nos cães. Enquanto isso, outro monitor pegou o Bull Terrier para higienizar antes dele ir embora. Ele soltou o cachorro, que foi levado para o pátio. O Oreo ficou agitado antes de colocar a coleira, latindo muito. Eu acredito que o Bull Terrier viu ele de longe e correu na direção dele. O Oreo só deu um grito e morreu na hora. Foi muito triste pra todo mundo. Uma funcionária desmaiou na hora. Meus funcionários entraram em desespero, assim como a Andréa”.

Lorença não soube explicar como de fato tudo aconteceu, mas alega que foi um óbito súbito. “Não sei te dizer ao certo porque não tinha marca de mordida nele. Mas ele sangrou pela boca depois que já estava morto. O Bull Terrier não mordeu, não ficou chacoalhando a cabeça. Não foi um ataque agressivo. Ele não latiu, não rosnou, só pegou Oreo e largou. Foi tudo muito rápido. Não tinha marca de mordida quando eu procurei. Eu ainda estou estudando Veterinária, não posso afirmar, mas acredito que tenha sido uma fratura letal ou um esmagamento. Ele era muito pequenininho”, disse.

Sobre manter animais de portes diferentes juntos, a dona da creche explicou que, antes da morte do Oreo, a separação era feita apenas durante as atividades.

“Antes, a gente separava apenas quando fazia alguma atividade que pudesse estimular uma briga ou acidente, como atividades envolvendo bolinhas ou petiscos. Nos horários livres, eles sempre ficavam juntos e todos clientes estavam cientes. Agora a gente está separando eles por porte 100% do tempo”, garantiu.

Lorença disse que providenciou a cremação do corpo do cachorro. “Depois desse dia, fizemos contato, mas não tivemos retorno. A irmã da Andréa disse que era pra gente destinar o corpinho. Encaminhei para o serviço funerário, perguntei se eles queriam a despedida, ver a cremação, deixei tudo pago. As cinzas e o certificado chegaram ontem (terça), mas o documento veio errado porque está no meu nome. Enviei o certificado de volta para que eles corrijam e coloquem no nome da Andréa. Eles devem entregar o documento entre hoje (5) e amanhã (6). Me coloquei à disposição dela para ir até ela, mas ela quer que eu entregue a terceiros”.

A dona da creche contou que o Bull Terrier envolvido no caso não está mais sob seus cuidados. “O Bull Terrier não está mais com a gente. Na hora que a tutora foi buscar, eu falei que não poderia ficar com ele e orientei que ela não leve para outra creche. Não sei te dizer o que aconteceu, mas ele não é um cachorro agressivo. Ele estava em período de adaptação. Havia apenas 4 dias que estava com ele. A gente faz uma avaliação para ver se é sociável e coloca o animal num grupo onde ele se adapta. Ele entrou numa segunda e até quinta passou muito bem, brincando, não demonstrou nenhum comportamento reativo. Muito pelo contrário, ficava até de barriga para cima para brincarem com ele”, afirmou.

Lorença disse que trabalha com creche para pets há um ano, mas tem mais tempo de experiência no trabalho com animais.

“Isso nunca aconteceu nas nossas creches. Trabalho com cachorro há 10 anos. Comecei com Pet Shop, depois ‘Day Care’ e depois abri o hotel. Em dez anos de mercado nunca tive um problema. Isso tomou uma proporção absurda. Estamos recebendo ligações, ameaças e avaliações negativas de pessoas que nem conhecem o nosso trabalho. Quem conhece a gente sabe que nosso trabalho é feito com amor. Eu não brinco de cuidar de cachorro. Isso não é um hobby, é minha profissão, meu sustento e das famílias dos meus funcionários. Estou à disposição, mas essa retaliação não vai trazer ele de volta”, completou.
 

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