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Coronavírus

“Se estivesse doente, usaria cloroquina", diz presidente do CRM-ES


“Se eu estivesse doente, eu usaria hidroxicloroquina, associada à azitromicina”. Com essa frase, o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-ES), Celso Murad, comentou ontem sobre o uso desse medicamento no tratamento do novo coronavírus (Covid-19).

Imagem ilustrativa da imagem “Se estivesse doente, usaria cloroquina", diz presidente do CRM-ES
Presidente do CRM-ES, Celso Murad afirmou que a aplicação pode ter riscos na transfusão, além de ser proibida |  Foto: Arquivo/AT

Segundo ele, embora ainda não se tenha comprovação científica sobre a eficácia nesse tratamento, já é observado que, fazendo precocemente o uso desse medicamento, é possível diminuir a evolução na forma grave da doença.

“Parece diminuir a necessidade de internação e o encaminhamento para a terapia intensiva, reduz o tempo de tratamento e de transmissão do vírus. Pode reduzir o risco de morte se for usada de forma precoce e correta, respeitando as contraindicações e os riscos e acompanhando o paciente de maneira muito estreita”.

A declaração foi dada ontem, mesmo dia em que o Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou a permissão para uso da hidroxicloroquina e cloroquina em pacientes com casos leves, afirmando que, apesar de reconhecer que não há ainda comprovação de segurança e eficácia do tratamento, a liberação ocorre devido à pandemia.

O CFM passou a livrar de infração ética médicos que prescrevem a droga em três situações. A primeira é no caso de paciente com sintomas leves, em início de quadro clínico, em que tenham sido descartadas outras viroses (como influenza, H1N1, dengue) e exista diagnóstico confirmado da Covid-19.

A segunda é em paciente com sintomas, mas ainda sem necessidade de cuidados intensivos, com ou sem recomendação de internação. Já a terceira, em paciente crítico recebendo cuidados intensivos, incluindo ventilação mecânica.

Porém, ressaltou o CFM, é difícil imaginar que em pacientes com lesão pulmonar grave na maioria das vezes, com resposta inflamatória sistêmica e outras insuficiências orgânicas, a hidroxicloroquina ou a cloroquina possam ter um efeito clinicamente importante”.

No Estado, Celso Murad disse que nada muda, já que o CRM já tinha dado parecer semelhante recentemente. “Essa medicação pode ser prescrita no começo do quadro gripal, principalmente em caso de dificuldade respiratória”.

SAIBA MAIS

Para que servem a hidroxicloroquina e a cloroquina?

São usadas no tratamento de doenças como lúpus, artrite reumatoide e juvenil, doenças fotossensíveis e malária.

Qual é a diferença entre essas duas drogas?

A cloroquina sintética foi desenvolvida em 1934 para o tratamento da malária. Já a hidroxicloroquina é um derivado menos tóxico da cloroquina, mas com efeitos semelhantes no corpo humano.

No Brasil, essas drogas estão liberadas para tratar Covid-19?

No início do mês, o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, liberou os médicos a prescreverem cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19.

Na ocasião, Mandetta ressaltou que o Ministério ainda não garantia a prescrição de cloroquina e hidroxicloroquina a pacientes leves ou assintomáticos da doença. Mas, ele destacou que caso o médico avalie que possa ser válida a receita, estaria liberado na condição de assumir os riscos pela prescrição do remédio na fase inicial da doença.

A Anvisa já liberou esses remédios para tratar Covid-19?

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que pesquisas que envolvem o uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19 são feitas procurando testar a eficácia e a segurança. Se a pesquisa clínica for bem-sucedida, o medicamento pode ser registrado na Anvisa e receber a nova indicação em bula.

Mas a Anvisa esclareceu que mesmo um medicamento ainda não aprovado no Brasil, ou seja, um medicamento experimental, pode ser prescrito por profissionais de saúde por meio de programas específicos (que não foram citados).

É liberado em caso leves?

Na quinta-feira (23), o Conselho Federal de Medicina (CFM) liberou os médicos a prescreverem cloroquina, inclusive para casos leves da Covid-19.

Horas depois, o ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que a decisão do CFM não representa uma recomendação do Ministério da Saúde.

Segundo ele, a pasta deve liberar o uso apenas quando houver evidência clara de que o medicamento funciona. “Permitir o uso a critério do médico não representa uma recomendação do Ministério da Saúde.”

O ministro disse que a recomendação vai acontecer no dia em que tivermos uma evidência clara de que o medicamento funciona. “É importante deixar claro que não é uma recomendação nossa, é uma autorização. Recomendação depende de estudo científico sólido”, afirmou.

Pontos positivos

Custo baixo (em média, uma caixa de hidroxicloroquina, com 30 comprimidos, custa R$ 69). É preciso ter receita médica. O medicamento já falta nas farmácias e há até fila de espera.

São medicamentos prescritos há muitos anos no tratamento de doenças como lúpus eritematoso, artrite reumatoide e juvenil, malária e, segundo médicos, até em outros doenças antivirais, como casos de coronavírus de outra cepa.

Efeitos colaterais
Incluem danos irreversíveis na retina, arritmias cardíacas, fraqueza muscular, queda acentuada no açúcar no sangue, problemas renais e hepáticos, insônia, pesadelos, alucinações e outros.

Fonte: Ministério da Saúde, CFM, CRM, Anvisa, médicos entrevistados e pesquisa A Tribuna.
 

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