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Saúde

Vício em açúcar, gordura e carboidrato já atinge 100 mil

Médicos, nutricionistas e psicólogos alertam para o risco dos alimentos chamados ultraprocessados, que desencadeiam o vício


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A correria do dia a dia, o rápido acesso e os preços mais acessíveis têm aumentado o consumo de alimentos ultraprocessados no Brasil. Porém, a facilidade pode esconder o perigo do vício em açúcar, gordura e carboidrato.     

Médicos, nutricionistas e psicólogos alertam para o risco desse tipo de alimentação, que favorece transtornos alimentares como a compulsão, que já atinge 2,5% da população, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. 

No Estado, esse número pode significar mais de 100 mil pessoas que tentam resistir aos ultraprocessados. 

O psiquiatra Adriano Segal explica que esse tipo de alimento, por ser mais fácil e rápido de comer, acaba sendo facilitador para crises de compulsão alimentar.  

“Na compulsão alimentar, é frequente que as comidas ultraprocessadas sejam as mais escolhidas. Levando em conta que uma das características do transtorno é o consumo mais rápido, os alimentos ultraprocessados têm essa vantagem. Se tornam facilitadores nas crises compulsivas desses pacientes”, explica o médico, que faz parte do Departamento de Psiquiatria e Transtornos Alimentares da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

Além de serem muitas vezes mais baratos e práticos, os alimentos ultraprocessados burlam o  sistema de fome e saciedade, como explica a endocrinologista Marina Pazolini. 

“Um estudo já conseguiu provar que as pessoas comem mais quando estão diante de alimentos ultraprocessados, precisamente 508 calorias a mais no dia, quando comparadas com aquelas que consumiam ingredientes minimamente processados”, ressalta.

A grande quantidade de gorduras, açúcares e sal, para tornar os alimentos saborosos e de sabor intenso, aciona zonas cerebrais que estimulam a produção de dopamina e a sensação de prazer. É o que explica a nutricionista do Instituto Pele Bianca Passos. 

“O consumo de alimentos pode ativar nosso sistema de recompensa e provocar reações muito gratificantes, podendo gerar comportamentos semelhantes ao abuso de certas drogas, por isso,  fala-se em 'vício alimentar'”.

Alimentos que devem ser evitados

Sorvete

A sobremesa tem altos níveis de açúcar, gorduras trans, corantes e saborizantes artificiais, que são substâncias tóxicas ao sistema nervoso e também podem causar diabetes.

Biscoito recheado

Tem grande quantidade de açúcares e farinha branca, são ricos em gordura vegetal hidrogenada. A ação no organismo é semelhante à da gordura saturada, favorecendo a inflamação das artérias.

Macarrão instantâneo

Contém excesso de sódio, o que aumenta a pressão arterial e pode provocar problemas no coração, além da grande quantidade de calorias. 

Temperos prontos

Há uma concentração de conservantes e outras substâncias que, em excesso, podem causar câncer, dores de estômago e até mesmo lesões neurológicas.

Batata frita

O petisco é fonte de gorduras trans, além de conter uma substância cancerígena, a acrilamida, que é formada quando aquecida em altas temperaturas. O óleo usado para fritura ainda pode causar inflamações no corpo. Além disso, em excesso, está relacionada à obesidade.

Salame de peito de peru

É um tipo de embutido que geralmente tem em sua composição produtos químicos, conservantes e uma quantidade elevada de sódio para que fique conservado, o que pode levar a aumento de pressão arterial. 

Barrinhas de cereais

Parecem uma opção saudável, mas na verdade esse tipo de petisco tem grande quantidade de açúcares refinados, o que aumenta risco de obesidade e  doenças correlacionadas.

Lasanha congelada

Os alimentos congelados são ricos em sódio. A substância libera hormônios que provocam retenção de líquido, inchaço e o aumento da pressão. O fosfato presente nos congelados acelera o envelhecimento da pele.

Adoçantes artificiais

Possuem uma toxina chamada dicetopiperazina (DKP). Quando o estômago processa esse elemento, produz substâncias que podem causar cânceres.

Fonte: Especialistas consultados.

Compulsão

Estresse e comida

Imagem ilustrativa da imagem Vício em açúcar, gordura e carboidrato já atinge 100 mil
- |  Foto: Douglas Schineider/AT

A pedagoga Maria Cristina Nunes, 53 anos, tem compulsão alimentar e está em acompanhamento com nutricionista para manter boa alimentação, mas não foi sempre assim. 

“Ficava estressada e comia. Fui percebendo que isso não era normal. Com todo estresse e a pisada na jaca que dava, me sentia mais desestimulada. Os doces funcionavam como uma compensação, mas depois me sentia triste por ter comido. Hoje, sigo o plano alimentar preparado pela nutricionista”, conta.

Tipos de produtos

1) In Natura

Alimentos in natura são obtidos diretamente de plantas ou de animais e não sofrem quaisquer alterações após deixar a natureza.

2) Processados

São fabricados pela indústria com a adição de sal, açúcar ou outra substância de uso culinário a alimentos in natura para torná-los duráveis e mais agradáveis ao paladar. São usualmente consumidos como parte ou acompanhamento de preparações culinárias feitas com base em alimentos processados.

3) Ultraprocessados

São receitas industriais feitas de substâncias extraídas de alimentos (óleos, gorduras, açúcar e outros) e derivadas de constituintes de alimentos (gorduras hidrogenadas, amido modificado). Também envolvem produtos sintetizados em laboratório com base em matérias orgânicas, como petróleo e carvão.

Fonte: Especialistas entrevistados.

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