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Saúde

Vem aí o “Viagra eletrônico”. Entenda a novidade na área da saúde

Em estudo, dispositivo neuroestimulador implantado no assoalho pélvico pode provocar ereção por um controle remoto


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Uma nova opção de tratamento para homens que sofrem de disfunção erétil, por conta de lesões medulares ou que retiraram parte ou toda a próstata, está sendo testada no Brasil e na Austrália.

A inovação se trata de um dispositivo neuroestimulador que, implantado no assoalho pélvico, pode provocar ereção ao comando de um controle remoto.

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Imagem ilustrativa da imagem Vem aí o “Viagra eletrônico”. Entenda a novidade na área da saúde
O urologista Fernando Chagas explica que o neuromodulador dá estímulos elétricos, substituindo a área lesionada |  Foto: © Divulgação

O urologista Fernando Chagas explica que o neuromodulador é parecido com um marcapasso. “É um aparelho que libera estímulos elétricos em regiões específicas, substituindo a área lesionada e o impulso, que antes não chegava e agora chega por meio desse aparelho. O impulso vai ser acionado por um controle remoto por meio de uma descarga elétrica”.

A Comphya, empresa suíça que está por trás da inovação, comandada por um brasileiro, divulgou que até novembro fará a implantação do dispositivo em 20 pacientes brasileiros com lesão na medula.

No geral, a disfunção erétil pode ser provocada por várias causas. O urologista Pedro Daher lembra que, atualmente, são três as formas de tratamento para a disfunção.

“Nós temos as medicações orais, como o Viagra, por exemplo, as injeções intracavernosas, que são feitas na haste peniana antes do ato, e o implante das próteses penianas”.

Pedro Daher frisa ainda que, a depender da origem da disfunção, as opções de tratamento podem ter uma resposta menos eficaz.

“Por exemplo, os pacientes que possuem disfunção erétil de origem neurogênica, são os que respondem pior aos remédios, que precisam de uma enervação íntegra, ao passo que a injeção não precisa e apresenta melhores resultados nesses pacientes”.

O neuromodulador, que ainda está em fase de testes, será exclusivamente para pacientes que têm disfunção erétil causada por lesões medulares ou que passaram por uma prostatectomia.

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O urologista Pedro Daher frisa ainda que, a depender da origem da disfunção erétil, as opções de tratamento mudam |  Foto: © Divulgação

O urologista Henrique Barbosa de Menezes fala que, nesses pacientes, o estímulo não consegue chegar até o pênis do paciente.

“Os pacientes que passaram pela prostatectomia sofrem lesões nos nervos que fazem a ereção. Eles passam bem próximos da próstata, então quando fazemos a cirurgia de retirada da próstata, eles acabam sendo lesionados ou até retirados”.

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Teste para tratamento de disfunção erétil

Neuroestimulador

É um novo dispositivo implantável capaz de restaurar a ereção peniana natural por neuromodulação. O equipamento ainda está em fase de testes, desenvolvido pela Comphya, uma empresa suíça.

Se aprovado, será exclusivo para pacientes com lesão medular ou que passaram por uma prostatectomia (retirada parcial ou total da próstata), que não respondem a medicamentos orais. Nesses pacientes, o estímulo não consegue chegar até o pênis.

Durante a cirurgia de prostatectomia, por exemplo, os pacientes acabam sofrendo lesões nos nervos que fazem a ereção.

O dispositivo será implantado no assoalho pélvico e pode provocar uma ereção por meio do comando de um controle remoto.

O aparelho libera estímulos elétricos em regiões específicas, substituindo a área lesionada e o impulso, que antes não chegava até o pênis. O impulso será provocado por meio de uma descarga elétrica.

O dispositivo busca ser uma alternativa indolor, mais segura, fácil, confortável e eficaz.

O estudo

Segundo o CEO da Comphya Rodrigo Fraga, estudos comprovaram a eficácia e segurança da estimulação via eletrodos na região pélvica. O estudo foi publicado no Journal of Sexual Medicine (Revista de Medicina Sexual).

Testes

O aparelho está em testes no Brasil, estudo aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e na Austrália.

Até novembro, a companhia fará a implantação do dispositivo em 20 pacientes brasileiros com lesão na medula. Já na Austrália, serão 10 pacientes implantados.

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