Vacina contra dengue vai priorizar crianças e jovens entre 6 e 16 anos
Governo federal espera imunizar cerca de 3 milhões de pessoas em todo o País. A previsão é começar a vacinar em fevereiro
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O Ministério da Saúde tem a previsão de ofertar a vacina contra a dengue primeiramente para uma parcela não definida da população entre 6 a 16 anos, como recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A estratégia foi aprovada em reunião da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) que aconteceu na segunda-feira (15).
A ideia ainda precisa ser aprovada na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que irá definir quais as áreas de distribuição e qual será esse primeiro público.
Na recomendação do grupo de assessoramento da OMS, o órgão restringiu a aplicação do imunizante para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, de um a dois anos antes do seu contato endêmico com a doença, ou seja, aquelas de 4 e 5 anos não deveriam ser incluídas como prioritárias na vacinação.
A Qdenga é indicada para quem tem mais de 4 anos e para adultos com até 60 anos – não há estudos para avaliar a eficácia e a segurança da vacina fora dessa faixa etária.
Segundo Eder Gatti, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, o País só irá conseguir vacinar cerca de 3 milhões de pessoas com as doses disponíveis pelo laboratório neste ano. A previsão é começar a imunizar em fevereiro.
“Isso não quer dizer que a gente vai oferecer a vacina para todo esse grupo (6 a 16 anos). Tem uma discussão que dentro desse grupo (avalia) qual o grupo que hospitaliza mais, qual o grupo de melhor impacto”, disse. Atualmente, só é possível se vacinar na rede privada, onde o imunizante é ofertado por preços de R$ 300 a R$ 800 a dose.
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