Técnicos e auxiliares de enfermagem decretam greve em 3 hospitais da Grande Vitória
Técnicos e auxiliares de enfermagem decretaram greve a partir de terça-feira (9) nos hospitais Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, Evangélico, em Vila Velha, e na Maternidade de Cariacica.
A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Espírito Santo (SITAEN-ES) que informou que vai dar um prazo de 72 horas a partir de hoje para iniciar a greve.
O Sitaen-ES disse ainda que será mantido 90% do funcionamento na UTI de Covid-19 e no Pronto-socorro. Nos demais setores, o funcionamento será reduzido para 30% ou 40% respeitando a lei de greve.
Na manhã desta sexta-feira (5), a categoria se reuniu em frente ao hospital Jayme Santos Neves e realizou mais um protesto. Os trabalhadores estavam em estado de greve desde a semana passada. O movimento teve início no Jayme, mas ganhou a adesão dos profissionais dos outros dois hospitais, administrados pela Associação Evangélica Beneficente Espirito-Santense (AEBES).
O sindicato afirma que a associação se nega a atender as revindicações sobre falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, sobre o alto índice de profissionais infectados pela Covid-19, sobre as diversas demissões de técnicos que estão no grupo de risco, entre eles pessoas com mais de 60 anos e prestes a se aposentar, sobre o corte de pagamento de benefícios como feriado em dobro e baixo salário. Desde 2017 que os trabalhadores não recebem reajuste.
O sindicato que representa os Auxiliares e Técnicos em Enfermagem informou que já participou de três negociações com a empresa AEBES que foram mediadas pelo ministério Público do Trabalho. A última negociação aconteceu na quarta-feira (3), mas não houve acordo.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que "a direção do Hospital Estadual Jayme Santos Neves informa que, ao longo dos meses, vem tentando negociar com o Sindicato as demandas, inclusive, tendo feito uma nova proposta de reajuste salarial na última quarta-feira (03). O hospital esclarece que, até o momento, não recebeu nenhuma notificação formal do sindicato sobre o movimento paradista, e percebe que há uma baixa adesão da categoria a esse movimento. Ademais, o hospital está funcionando normalmente com o quadro completo de profissionais".
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