Surto no Santa Rita: Sete salas de cirurgia ainda estão interditadas
A interdição foi feita pelo próprio hospital. Elas compõem o centro cirúrgico 1 e a ala E, de internação de pacientes do SUS
As sete salas que compõem o centro cirúrgico 1 do Hospital Santa Rita, bem como a ala E, de internação de pacientes do SUS, continuam fechadas, segundo a assessoria do hospital, que passou por surto de histoplasmose intrahospitalar.
De acordo com Orlei Cardoso, subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), ainda não há previsão para liberação.
“A interdição foi feita pelo próprio hospital e a vigilância tem acompanhado toda a parte de documentação, como a revisão de filtros de ar-condicionado e bebedouros. Tudo o que olhamos até agora está em conformidade. Mas são muitos detalhes e temos feito essas avaliações com o hospital para restabelecer os serviços para o paciente poder entrar nesses locais com segurança”, disse Orlei.
O Espírito Santo totalizou ontem 134 casos suspeitos do surto de histoplasmose intrahospitalar investigados, sendo que 10 estão confirmados para o fungo Histoplasma sp, segundo o subsecretário.
Do total, 131 estão em acompanhamento e três estão internados. Em relação ao vínculo com o Hospital Santa Rita, 109 são trabalhadores do local, 16 acompanhantes e nove pacientes.
No boletim divulgado ontem pela Sesa, os três casos suspeitos internados estão em Vitória, sendo um trabalhador, um acompanhante e um paciente. Um está na UTI e dois na enfermaria.
A hipótese do surto ter sido causado pelo fungo Histoplasma sp, no momento, é a mais forte. Um dos motivos é que os sintomas e a evolução clínica dos pacientes são compatíveis com o agente.
Entre os sintomas estão febre, dor de cabeça, dor no corpo e mal-estar geral. Algumas pessoas tiveram tosse ou dor torácica.
A contaminação se dá pela inalação de esporos do fungo, presente em fezes de aves e morcegos.
O subsecretário destacou que o foco, no momento, é identificar a origem do surto. “Fizemos um mapeamento das obras que estão sendo realizadas no hospital, mas próximo dos locais interditados não encontramos. Outras mais distantes não têm ligação com o centro cirúrgico e a ala E”, afirmou.
A pesquisa, segundo Orlei, ocorreu para avaliar se haveria algum vínculo com o surto, por exemplo, se materiais que podem ser levados pelo vento estavam cobertos, segundo normas para obras nesses serviços de saúde.
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