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Saúde

Surto da doença da urina preta gera alerta no Amazonas

20 notificações da doença foram registradas somente no mês de setembro


Imagem ilustrativa da imagem Surto da doença da urina preta gera alerta no Amazonas
Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), não há óbitos relacionados à doença |  Foto: Divulgação/FVS-AM

As autoridades sanitárias do Amazonas estão em alerta devido ao aumento de número de casos suspeitos da doença de Haff, conhecida pelo sintoma da urina preta. De acordo com o governo do estado, foram 86 notificações, desde janeiro. Destas, 20 ocorreram apenas em setembro.

Do total de casos registrados, 49 foram confirmados, 24 descartados e 13 continuam em investigação. Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), não há óbitos relacionados à doença.

A enfermidade é uma rabdomiólise, um tipo de síndrome que gera a destruição de fibras que compõem os músculos do corpo. Quando associada ao consumo de pescados, a síndrome é denominada doença de Haff.

O município de Itacoatiara, a 176 km de Manaus, concentra 36 casos, sendo o centro do surto do estado. Moradores de outros quatro municípios, incluindo a capital, também foram diagnosticados com a doença.

Segundo o boletim epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), "os casos compatíveis correspondem a pessoas residentes em Manaus (7), Manacapuru (3), Parintins (2) e Nova Olinda do Norte (1)". O informe passou a ser divulgado às segundas-feiras no site da Fundação.

Ainda de acordo com a FVS-AM, equipes compostas de integrantes de diversos órgãos, montaram uma força-tarefa para rastrear casos suspeitos nos municípios. Além disso, informou que "toda a rede de saúde, incluindo unidades privadas e públicas, da capital e interior, está orientada para realizar atendimento de casos suspeitos de rabdomiólise".

Conhecida desde a década de 1920, a enfermidade está relacionada a uma toxina que é encontrada em peixes e crustáceos. Até o momento, os cientistas não identificaram qual é a substância tóxica por trás da enfermidade.

O infectologista André Siqueira, pesquisador do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), explica que essa toxina presente nos pescados provoca as lesões nos músculos e pode até danificar seriamente os rins.

O especialista afirma, no entanto, que a rabdomiólise pode ter outras causas como traumatismos, atividades físicas excessivas, infecções, consumo de álcool e outras drogas.
De acordo com o infectologista, não há um tratamento específico para a doença, mas é possível controlar os sintomas. Os sinais mais frequentes, entre os casos confirmados, são dor muscular, mal-estar, náuseas, fraqueza, dor abdominal, vômito e urina escura.

O primeiro relato de um surto de doença de Haff no Brasil ocorreu em 2008, no estado do Amazonas, e foi associado à ingestão de pacu. O momento de maior gravidade aconteceu em 2017, quando a Bahia contabilizou 71 pacientes com a doença, 66 deles na capital Salvador.

Desde então, outros casos suspeitos ou confirmados da doença foram relatados também nos estados do Ceará, Alagoas, Pernambuco e Goiás.

Siqueira afirma que os casos são raros, mas tendem a surgir em períodos de estiagem nessas regiões. "É um fenômeno que acontece raramente, mas a gente observa que ocorre principalmente durante as secas mais severas, provocando alteração no ambiente onde os peixes habitam."

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