Sudeste tem aumento de internações por vírus respiratórios, diz Fiocruz
VSR é o principal agente causador de bronquiolite em bebês, uma doença respiratória comum e altamente contagiosa
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O Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (18), mostra aumento de hospitalizações por síndrome respiratória aguda grave (Srag) por influenza, vírus da gripe, VSR (vírus sincicial respiratório) e rinovírus no Sudeste. Outras regiões do país mantêm a diminuição dos casos de Srag.
Amapá, Roraima e Pará registram crescimento de Srag por VSR e rinovírus em crianças pequenas. O VSR é o principal agente causador de bronquiolite em bebês, uma doença respiratória comum e altamente contagiosa cujos sintomas principais são tosse e falta de ar. Em geral, os casos são leves, mas podem resultar em internações hospitalares.
No cenário nacional, o boletim mostra queda de Srag, na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de estabilidade na tendência de curto prazo (últimas três semanas). Esse cenário se deve a uma queda ou interrupção no crescimento da Srag por VSR e influenza A em muitos estados.
A Covid se mantém em patamares baixos quando comparada ao seu histórico de circulação. Porém, o vírus tem sido a principal causa de internação por Srag entre idosos do Amazonas, Ceará e Piauí nas últimas semanas.
Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Processamento de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e do boletim InfoGripe, reforça a importância da vacinação contra Covid e Influenza e ressalta que todas as pessoas elegíveis devem se vacinar. Outra recomendação importante é o uso de máscaras em locais fechados e dentro de postos de saúde e hospitais.
Na atualização, seis unidades federativas apresentam sinal de crescimento de Srag na tendência de longo prazo: Amapá, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Roraima e São Paulo.
Em 2024, foram notificados 97.469 casos de Srag, 47.401 (48.6%) eram positivos, 36.829 (37.8%) negativos e 7.664 (7.9%) aguardam resultado laboratorial. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas a prevalência entre os casos positivos foi de influenza A (21.5%), influenza B (1.0%), VSR (38.8%) e Covid (8.7%).
A análise é referente à semana epidemiológica 28, período de 7 de junho a 13 de julho. E tem como base os dados do Sivep-Gripe até 29 de junho.
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