X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Saúde

Pesquisa com vacina contra diferentes tipos de gripe tem resultados promissores

Ideia de desenvolver uma vacina universal para a gripe já é debatida na comunidade científica e outros casos já foram documentados


Ouvir

Escute essa reportagem

Uma pesquisa desenvolveu o protótipo de uma vacina contra diferentes tipos de gripe e, em testes preliminares com macacos, apresentou resultados positivos na proteção contra a infecção viral. O feito é importante, mas ainda prévio: outras pesquisas são necessárias para que, no futuro, a vacina seja possivelmente segura e eficaz em humanos.

A ideia de desenvolver uma vacina universal para a gripe já é debatida na comunidade científica e outros casos já foram documentados. Uma das dificuldades para atingir essa meta é que o vírus da influenza, causador da doença, passa constantemente por mutações, e por isso é necessário atualizações anuais num dos imunizantes que protege contra algumas das cepas do influenza.

"Como eles variam de ano para ano, realmente é uma corrida sem fim. Num ano, você induz uma imunidade, no ano que vem uma outra", afirma o professor Ricardo T. Gazzinelli, coordenador do Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pesquisador sênior da Fundação Oswaldo Cruz de Minas Gerais.

Além disso, o vírus causa sérios problemas na saúde global, como pandemias de influenza -nos últimos 100 anos, já foram quatro. Atualmente, essa preocupação é relacionada com a gripe aviária, com alguns casos recentes da doença até já registrados em humanos.

Por essa razão, uma vacina que consiga proteger contra uma grande variedade de cepas é um modo de barrar a disseminação da doença. Para contornar o dilema envolvendo a constante mutação do influenza, o novo estudo, veiculado na revista Nature Communications e assinado por cientistas norte-americanos, focou em proteínas internas de vírus da gripe, já que elas são conservadas mesmo em diferentes cepas, e com a proteção conferida por células T, um dos mecanismos do sistema imune para combater patógenos que não é baseado somente nos elementos mutantes do vírus.

A ideia da vacina é baseado em um citomegalovírus, que, depois de ser atenuado e modificado, carrega também o antígeno da cepa H1N1 de 1918 -aquela que causou a gripe espanhola- por meio de três proteínas internas do vírus. Esse método de produção de vacinas já é conhecido no meio científico: ele foi adotado na vacina contra Covid-19 produzida pela Astrozeneca e Universidade de Oxford.

Os pesquisadores da nova pesquisa escolheram a cepa da gripe espanhola porque queriam observar se, mesmo sendo baseada em uma cepa com mais de 100 anos dos primeiros registros, a vacina ainda poderia conferir proteção para variantes recentes.

E para checar se esse foi o caso, os cientistas infectaram macacos com a cepa H5N1, um tipo de gripe aviária registrada inicialmente em 2004. Novamente, a escolha não foi aleatória. Os autores da pesquisa apontam os riscos que a gripe aviária traz para a saúde humana, como no possível aparecimento de uma pandemia.

Depois da infecção dos animais, eles foram monitorados. Alguns deles haviam sido anteriormente imunizados com o modelo experimental da vacina, e outros não tiveram acesso a proteção -formando assim grupos controle e experimental.

Então, se comparou a evolução da infecção entre esses dois segmentos. Todos os seis macacos sem a proteção morreram em sete dias, com indícios de problemas respiratórios, enquanto, no outro grupo, 6 de 11 sobreviveram -ou seja, um pouco mais da metade.

Os dados são animadores, principalmente quando se considera que a proteção foi conferida a uma cepa que não foi aquela da qual a vacina foi desenvolvida. Além disso, Gazzinelli, que não teve relação com o estudo publicado, afirma que a vantagem de um imunizante como esse é a diminuição de atualização do fármaco. "Do ponto de vista industrial, você não tem que refazer a vacina a cada ano", diz.

Mas novas investigações ainda são necessárias. Essa primeira pesquisa ainda está em fase pré-clínica, que é quando ainda não existem testes em humanos. Por isso, ainda é necessária trabalhar mais no produto para, então, realizar normalmente três fases de estudos em seres humanos de modo a entender a segurança e a eficácia do imunizante. Só depois disso, talvez a vacina seja disponibilizada para nossa espécie.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: