Mortes por meningite disparam e vacinação é ampliada
De janeiro até o início deste mês, 30 pessoas morreram por causa da doença. Cobertura vacinal está em 50%, considerada baixa
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Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde, o Espírito Santo registrou um aumento significativo nos casos de morte por meningite.
Em comparação com o mesmo período do ano passado, de janeiro até o último dia 2, o número de óbitos pela doença saltou de sete para 30. Diante da situação, a vacinação foi ampliada para adolescentes de 13 a 19 anos.
O gerente de Vigilância em Saúde da Sesa, Orlei Amaral Cardoso, revela que os casos de mortes envolvem principalmente o tipo bacteriano da doença, para o qual existe vacina disponível nos postos de saúde. “Porém, a cobertura vacinal está em 50%, muito baixa”.
Cardoso afirma que a ampliação para os jovens de 13 a 19 anos acontece pela primeira vez no Estado. “A vacina para jovens de 13 a 19 anos não fica fixa no calendário. O Ministério da Saúde liberou pelo maior número de casos”, diz.
A infectopediatra Euzanete Coser explica que a meningite é uma doença grave. “É uma doença grave, uma inflamação das meninges, membranas que recobrem o cérebro. Ela é infecciosa e a forma mais letal é bacteriana, meningite meningocócica”, ressalta.
A infectologista Ana Carolina D'Ettorres destaca que as crianças são o principal público afetado pela doença porque ainda têm sistema imunológico em desenvolvimento.
A médica alerta para a importância da vacinação. “A vacina é de extrema importância, porque a meningite tem alta taxa de mortalidade e os que não morrem ficam com sequelas definitivas como cegueira, surdez e amputação de membros. É uma doença muito grave e existem vacinas eficazes para prevenir a ocorrência dos casos”, observa.
Vacinou no dia do aniversário
Presentão de aniversário! A estudante Walentina Nunes de Souza Reis, de 12 anos, está com todas as vacinas em dia. Em especial o imunizante que protege contra a meningite meningocócica, que foi tomado no dia do seu aniversário.
A adolescente já fazia parte da faixa etária com vacina disponível contra a doença. A enfermeira Cristiane Nunes de Souza, 46 anos, mãe de Walentina, conta que a caderneta de vacinação dela sempre esteve completa.
“Assim que sai a data de alguma vacina, já vamos no mesmo dia para vacinar”, diz. Cristiane destaca a importância da vacinação.
“Se você segue com a rotina de vacinação, pode evitar doenças graves como a meningite em outras fases da vida”, alerta.
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