Ministra da Saúde vem ao ES para participar do "Dia D" contra a dengue
Informação foi divulgada pelo governador do Estado, Renato Casagrande, através das redes sociais
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O Espírito Santo receberá a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, no próximo sábado (2). A informação foi divulgada pelo governador do Estado, Renato Casagrande, através das redes sociais. Segundo ele, a chefe da pasta irá até a cidade da Serra, onde participará do "Dia D" contra a dengue.
A ação será realizada em todo o país, e o plano é levar agentes de saúde aos focos do mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus, e mobilizar campanhas de prevenção em diversas cidades.
"Espírito Santo será o estado referência para o Dia D de Mobilização Nacional Contra a Dengue, neste sábado (02). A ministra da Saúde, Nísia Trindade, estará presente na mobilização no município da Serra para conscientizar sobre a importância das ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito. Juntos vamos combater a dengue e preservar vidas!", escreveu Casagrande no X (antigo Twitter).
Espírito Santo será o estado referência para o Dia D de Mobilização Nacional Contra a Dengue, neste sábado (02). A ministra da Saúde, Nísia Trindade, estará presente na mobilização no município da Serra para conscientizar sobre a importância das ações de prevenção e eliminação…
— Renato Casagrande 40 (@Casagrande_ES) February 28, 2024
O Ministério da Saúde registra 973.347 casos prováveis de dengue, além de 195 mortes confirmadas e outras 672 em investigação. Os dados da pasta foram atualizados na terça-feira (27).
No mesmo dia, a ministra Nísia Trindade disse que há expectativa de redução de casos em alguns estados até o fim de março. Ela afirmou, porém, que os dados estão em avaliação e não é possível apontar qual será o comportamento da doença no País.
“Essa é uma expectativa com relação ao Distrito Federal, a Minas Gerais, mas como a situação é muito heterogênea, é muito complexo”, disse a ministra.
A secretária nacional de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, afirmou que o ministério observa alguns estados em declínio de casos, mas que ainda é preciso confirmar se este movimento se sustenta.
“Acho que nas próximas duas semanas a gente vai ter um cenário mais definido.”
Preocupação
A ministra citou a preocupação com o avanço da doença para estados ainda sob controle, como do Norte e Nordeste.
Ela afirmou que tem conversado com gestores da Bahia, que tem alta de casos.
Produção de vacinas contra a dengue vai ser ampliada
A farmacêutica Takeda, responsável pela produção da vacina Qdenga, contra a dengue, anunciou uma parceria com a indústria indiana BE (Biological E. Limited) para ampliar a produção do seu imunizante.
A parceria estratégica tem como objetivo acelerar a produção de doses da Qdenga que serão disponibilizadas para países onde há uma epidemia de dengue até 2030.
O acordo prevê a oferta apenas para Programas Nacionais de Imunização, como é o caso do acordo feito com o Ministério da Saúde.
Segundo o comunicado, a BE tem capacidade de produção de até 50 milhões de doses da Qdenga por ano. Com a parceria, a expectativa é que a produção conjunta chegue a até 100 milhões de doses por ano até 2030.
Outras unidades fabris envolvidas no processo de fabricação da Qdenga, como unidades da Takeda em Singen, na Alemanha, e da IDT Biologika, devem entrar na capacidade de produção total.
No comunicado, o presidente da Unidade Global de Comércio de Vacinas da Takeda, Gary Durbin, disse que a empresa tem um objetivo de longo prazo de tornar a sua vacina disponível amplamente para todos aqueles em risco de agravamento da doença.
“Estamos orgulhosos de apresentar essa parceria com a BE, que é uma companhia com expertise na produção de vacinas e que tem dado apoio aos programas de saúde pública em todo o mundo”, afirmou.
O Brasil vive atualmente uma epidemia de dengue sem precedentes. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o País registra um total de 920.427 casos prováveis e 184 mortes, segundo atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses da última segunda-feira.
A Qdenga foi incorporada ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) e é aplicada em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em alguns municípios com risco crítico da doença, conforme critérios definidos pelo Ministério da Saúde.
Isto ocorre porque o quantitativo de doses disponibilizado pela farmacêutica para 2024, de 5 milhões de doses, é muito baixo.
Por essa razão, a pasta se alinhou com a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de incluir apenas a faixa etária que tem maior risco de hospitalização pelo vírus.
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