Médicos explicam sinais da Síndrome dos Ovários Policísticos
Acne e pelos no rosto podem ser sintomas da Síndrome dos Ovários Policísticos, que atinge até 13% das mulheres e atrapalha a gravidez
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Segundo a Sociedade Brasileira de Patologia, a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) afeta entre 5% e 13% das mulheres em idade reprodutiva.
A doença é um distúrbio hormonal que aumenta a produção final de testosterona e eleva a formação de múltiplos e pequenos cistos nos ovários. Recentemente, a atriz Larissa Manoela, de 21 anos, descobriu que tem a síndrome.
A endocrinologista Gisele Lorenzoni explicou que o diagnóstico da doença se dá pelo aumento de pelos no rosto das mulheres.
“As mulheres normalmente têm uma irregularidade menstrual e aumento de pelos na região do abdômen e no rosto”, detalhou.
A vice-presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Espírito Santo (Sogoes), Karin Rossi, ressalta que a síndrome afeta no período da idade fértil da mulher.
“A Síndrome dos Ovários Policísticos é uma doença endócrina muito comum que afeta mulheres em idade reprodutiva. A resistência à insulina é o principal mecanismo fisiopatológico da doença. Afeta de 6% a 15% das mulheres em idade fértil”, afirmou.
Já a ginecologista Fátima Maria Souza, da Unimed Vitória, explicou que a doença pode afetar a vida reprodutiva da mulher.
“A Síndrome dos Ovários Policísticos está ligada ao aumento da insulina, alimentação inadequada, rica em carboidratos, e a fatores genéticos. Tudo isso contribui para que a doença prejudique a ovulação e, se a mulher não ovula, ela não engravida”, observou.
Câncer
Além da SOP, uma outra doença que afeta mulheres é o câncer de ovário. Recentemente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a utilização do Olaparibe, uma medicação oral, como terapia de manutenção após resposta à quimioterapia.
De acordo com a oncologista da Rede Meridional Taynan Nunes, existe medicamento e tratamento para o câncer de ovário. “A principal função desta droga é, justamente, evitar a reparação das células malignas, levando ao seu enfraquecimento e morte, ajudando o controle da doença”, explicou.
A oncologista ressalta que o Olaparibe pode reduzir o uso de quimioterapia. “Ele é recomendado como terapia de manutenção após quimioterapia para pacientes com câncer de ovário”, destacou.
Sintomas da doença
> Alterações menstruais – Podem ser de vários tipos. Em geral, as menstruações são espaçadas, a mulher menstrua apenas poucas vezes por ano. Mas também pode haver tanto menstruação intensa como ausência dela.
> Hirsutismo – Aumento dos pelos no rosto, seios e abdômen.
> Obesidade – Há tendência à obesidade, sendo que ganho significativo de peso piora a síndrome.
> Acne – Em virtude da maior produção de material oleoso pelas glândulas sebáceas.
> Infertilidade – Com o ovário policístico a mulher não ovula, dificultando a gravidez.
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