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Saúde

Médicos explicam o que pode levar mulheres à UTI após o parto

Especialistas apontam as principais causas, após a internação da influenciadora digital Viih Tube devido a complicações no parto


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Imagem ilustrativa da imagem Médicos explicam  o que pode levar mulheres à UTI após o parto
Viih Tube recebeu alta hospitalar após dar à luz ao 2º filho e ficar internada na UTI, recebendo transfusão de sangue |  Foto: Reprodução/ Instagram

A influenciadora digital Viih Tube deu à luz ao seu segundo filho, Ravi, na última segunda-feira, e três dias depois foi internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), recebendo transfusão de sangue, procedimento necessário em caso de hemorragia pós-parto.

No dia da internação, Viih Tube contou nas redes sociais que teve momentos complicados antes da chegada do bebê: ficou 19 horas em trabalho de parto, mas não deu à luz pelo parto vaginal, precisando realizar uma cesária. A jovem de 24 anos foi liberada ontem da UTI.

Médicos explicaram para A Tribuna sobre as condições que podem levar mamães à UTI após o parto.

Inicialmente, a ginecologista Thaissa Tinoco disse que a necessidade se dá para o monitoramento constante. “A paciente fica com dispositivos em que pressão, frequência cardíaca e monitorização da oxigenação sanguínea são acompanhadas o tempo inteiro”, disse, comentando que exames laboratoriais são feitos diariamente.

A hemorragia, caso de Viih Tube, foi citada pela médica ginecologista e obstetra Georgia Maciel como motivo para esse acompanhamento especial.

“É descrita como toda perda excessiva de sangue após o parto e definida como a perda de mais de 500 ml em partos vaginais ou mais de 1.000 ml em cesarianas”, disse, ressaltando que tal condição pode comprometer a saúde materna e é responsável por uma grande parte dos óbitos no pós-parto.

Entre as principais causas dessas hemorragias, Georgia citou a atonia uterina, a qual ocorre quando o útero não se contrai adequadamente, e distúrbios da coagulação por condições hematológicas, que resultam em sangramento de difícil controle.

Alexandre Bobbio, ginecologista e obstetra, comentou que esse quadro é mais frequente na cesária do que no parto normal.

“É uma cirurgia que muitas vezes ocorre de forma abrupta e a retirada cirúrgica do bebê não dá ao corpo tempo suficiente para processar a ativação do sistema de contratilidade uterina gerando maior possibilidade de falha e aumento do risco de hemorragia”.

Pré-eclâmpsia e eclâmpsia (relacionada à hipertensão), síndrome HELPP (complicação da pré-eclâmpsia), infecções puerperais e complicações anestésicas também podem fazer a mãe precisar ir para a UTI, citou Georgia Maciel.

FIQUE POR DENTRO

Hemorragia

Principais causas

Segundo a médica ginecologista e obstetra Georgia Maciel, elas são:

1)  Atonia uterina, que corre quando o útero não se contrai adequadamente.

2 ) Laceração do trato genital, incluindo laceração de colo uterino, vagina e/ou períneo, além de incisões durante o procedimento cirúrgico da cesariana, ruptura uterina devido a cesária anterior.

3) Retenção de fragmentos da placenta ou membranas, que impedem a contração uterina e leva a hemorragia persistente.

4) Distúrbios da coagulação por condições hematológicas que resultam em sangramento de difícil controle.

Mais frequente

> Alexandre Bobbio, ginecologista e obstetra, disse que hemorragias são mais frequentes em mulheres que tiveram múltiplas gestações (quanto maior o histórico de gravidezes, maior o risco); obesidade; gestações de partos prematuros; trabalho de parto prolongado; gestações com excesso de líquido amniótico; cesárias.

Pós-hemorragia

> Alexandre Bobbio explicou que essas hemorragias podem levar a necessidade de transfusões sanguíneas e cirurgias de emergência (como a retirada do útero caso ele não contraia adequadamente).

Pré-eclâmpsia e eclâmpsia

> A pré-eclâmpsia é uma condição grave relacionada com o aumento da pressão arterial de grávidas e pode acontecer durante a segunda metade da gravidez ou até seis meses após o parto.

> Nela, a hipertensão está associada à presença de proteínas na urina.

> Já a eclâmpsia é o grau mais grave do espectro da hipertensão na gravidez e ocorre pela presença de uma ou mais crises convulsivas em uma grávida com pré-eclâmpsia estabelecida.

Síndrome HELPP

> Segundo a ginecologista Thaissa Tinoco, a Síndrome de Helpp é uma complicação grave da pré-eclâmpsia.

> Rara, a Síndrome de Helpp é caracterizada por hemólise (que é a destruição dos glóbulos vermelhos), queda das plaquetas e alteração das enzimas hepáticas, causando lesão no fígado.

> Thaissa pontuou que é uma condição grave, a qual pode levar a óbito, sendo o principal tratamento a interrupção da gravidez. O parto deve ser realizado independentemente da idade gestacional.

Infecções puerperais

> São quaisquer infecções bacterianas no trato genital feminino no período pós-parto, sendo a principal causa de febre no puerpério.

> Grande parte dos agentes etiológicos já existe na flora vaginal da mulher e o desenvolvimento da doença se dá pela ascensão deles para o útero ainda durante o trabalho de parto.

> Parto vaginal com uso de fórceps ou vácuo, cesariana, assim com trabalho de parto prolongado são fatores de risco.

Fonte: Especialistas consultados pela reportagem e pesquisa A Tribuna.

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