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Saúde

Médicos apontam erros que podem agravar a sinusite

Automedicação, como usar antialérgicos e corticoides, pode levar a complicações graves, como meningite, alertam especialistas


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Imagem ilustrativa da imagem Médicos apontam erros que podem agravar a sinusite
Médica Flavia de Freitas também faz alerta sobre o uso de ar-condicionado |  Foto: Fábio Nunes/AT

Nos últimos dias, o capixaba tem convivido com mudanças no clima. As temperaturas estão mais amenas, resultado do outono. O problema é que a estação também é um “prato cheio” para as doenças respiratórias.

E o que tem sido observado por especialistas nas últimas semanas é o aumento de pessoas com sinusite. O problema é que alguns erros, muitas vezes cometido por quem decide tratar a sinusite por conta própria, podem agravar o quadro, como usar antialérgicos e corticoides, levando a complicações graves, como meningite.

“Uma das complicações é a disseminação da infecção para o cérebro e a membrana que envolve o sistema nervoso (a meninge), além de outras complicações como abscesso cerebral e complicações orbitárias”, alerta a otorrinolaringologista Flavia Gomes de Freitas, presidente da Associação de Otorrinolaringologia do Estado.

Ao contrário do que muitos pensam, o uso de antialérgicos, os anti-histamínicos, ressecam ainda mais a secreção nasal, segundo a otorrinolaringologista.

“Assim como o uso de corticoide via oral – potente anti-inflamatório – pode até desinchar a mucosa e aliviar sintomas momentaneamente, mas diminui a imunidade, podendo facilitar a proliferação de bactérias e agravar o caso”, alerta.

Ainda que muitos pensem que o ar-condicionado pode causar a sinusite, a alergista e imunologista Larissa Perim explica que o uso do aparelho não causa a doença, mas pode piorar os sintomas.

“O ar-condicionado reduz a umidade do ar e resseca as vias aéreas. Isso aumenta a sensibilidade da mucosa nasal, o que leva a piora de processos alérgicos e inflamatórios. Além disso, contribui para o acúmulo de secreção nasal, tornando a menos fluida e de difícil eliminação”, disse Larissa Perim.

Mas, afinal, o que causa essa doença tão incômoda? A otorrinolaringologista Hana Higa explica que a sinusite, geralmente, tem início com resfriado comum, de origem viral, que provoca inflamação e acúmulo de secreção nos seios da face, levando à obstrução da drenagem dessas cavidades.

“Sabemos que a maioria dos quadros referidos como 'sinusite' é, na verdade, infecções virais que são autolimitadas. Apenas uma pequena parcela evolui para sinusite bacteriana, cerca de 2%”.

Nem todo caso deve ser tratado com antibiótico

Os especialistas explicam que a sinusite pode ser causada por vírus, bactérias e fungos. Por isso, nem todo caso deve ser tratado com antibiótico.

“Também podem ter causas não infecciosas, resultante de processos alérgicos não tratados. Além disso, a anatomia da face pode contribuir para o desenvolvimento dessa patalogia, e cirurgias corretivas podem ser indicadas. É importante uma avaliação dos especialistas alergista e otorrinolaringologista para diagnóstico e tratamento correto”, afirma a alergista e imunologista Larissa Perim.

De acordo com a otorrinolaringologista Flavia Gomes de Freitas, a sinusite bacteriana, normalmente, ocorre após um quadro gripal provocado por algum vírus.

“A bactéria se aproveita da fragilidade da mucosa e se multiplica, levando a sinusite bacteriana. Nesses casos, o paciente, mesmo após uma semana do quadro gripal, não melhora, evoluindo com secreção espessa e esverdeada, gotejamento posterior (catarro que fica descendo atrás da garganta), tosse, pressão na face e até mesmo dor nos dentes. Nem sempre há febre”.

A médica alerta ainda que não deve-se fazer uso constante de descongestionante nasal. “Em longo prazo há risco de hipertensão arterial e arritmia”.

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Sinusite

É a inflamação das mucosas dos seios da face, região do crânio formada por cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos.

O que provoca?

A Sinusite, geralmente, tem início com resfriado comum, de origem viral, que provoca inflamação e acúmulo de secreção nos seios da face, levando à obstrução da drenagem dessas cavidades, explica a otorrinolaringologista Hana Higa.

Esse ambiente favorece a proliferação de bactérias, podendo evoluir para sinusite bacteriana, que costuma apresentar sintomas mais intensos e persistentes.

Como é tratada?

A sinusite bacteriana deve ser tratada com antibióticos. Normalmente, esse tipo, segundo a médica Flavia de Freitas, o paciente, mesmo após uma semana do quadro gripal, não melhora, evoluindo com secreção espessa e esverdeada, gotejamento posterior, tosse, pressão na face e até mesmo dor nos dentes. Nem sempre cursa com febre.

Na sinusite viral o tratamento é feito fluidificante – acetilcisteína – lavagem com soro, medicamentos para alívio de sintomas, como paracetamol.

Nas provocadas por fungos, é preciso cirurgia. Nas sinusites associada ao crescimento de pólipos nasais, também é necessário cirurgia.

Uma opção para quem está com o quadro gripal e sinusites é a lavagem nasal com solução salina hipertônica ou solução salina com o xilitol, adoçante natural que ajuda a combater as bactérias.

Descongestionantes

Quando usados de forma inadequada, esses medicamentos podem causar efeitos colaterais, como palpitações, insônia, dor de cabeça, ansiedade, retenção urinária, entre outros. Pacientes que usam sem indicação podem evoluir para obstrução nasal constante, alerta a otorrinolaringologista Hana Higa.

Fonte: Especialistas entrevistadas.

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