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Saúde

Médicos alertam: infarto aos 30 e 40 anos não surpreende mais

Cardiologistas explicam que a mudança no estilo de vida da população tem antecipado em décadas a doença


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Imagem ilustrativa da imagem Médicos alertam: infarto aos 30 e 40 anos não surpreende mais
Tatiane Emerich, cardiologista, explica que obesidade, diabetes e hipertensão são fatores de risco para doenças cardiovasculares |  Foto: Divulgação/Rodrigo Gavini

Em um cenário de mudanças abruptas nos padrões de saúde da população, a incidência de infartos em indivíduos jovens tem se tornado uma realidade preocupante entre especialistas em saúde. 

Os médicos relatam que, infelizmente,  não se surpreendem mais com casos de infarto em pessoas com idade entre 30 e 40 anos.

“Ainda é mais comum o infarto entre idosos,  mas a mudança de estilo de vida da população tem antecipado em décadas a doença cardiovascular afetando cada vez mais as pessoas mais jovens entre 30 e 40 anos”, destaca a cardiologista Tatiane Emerich.

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Estresse causado pelas tecnologias e cobrança, além do sedentarismo e  consumo de fast food, favorecem, mais precocemente, segundo a cardiologista,  o aparecimento dos fatores de risco cardiovasculares, como obesidade, diabetes e hipertensão.

O cardiologista Pietro Lima chama atenção também  para os casos de infarto em mulheres mais jovens, entre 20 e 49 anos, que subiu mais de 60%.

“O risco é diferente entre homens e mulheres quando comparamos homens a mulheres em idade fértil. Durante a fase reprodutiva, o hormônio estrogênio protege os vasos das mulheres, diminuindo o risco de infarto. Após a menopausa, o risco se torna igual”, esclarece.

Pietro frisa  que um infarto em pessoas mais jovens pode ser “catastrófico”.  “Com a idade, nosso coração ganha capacidade de criar novos vasos pequenos, como pequenos ramos, se protegendo. Quando jovens infartam, essa proteção é inexistente. Assim, o infarto tem a capacidade de agredir ainda mais o músculo cardíaco, aumentando a incidência de morte súbita”.

Dormir bem, ter uma alimentação equilibrada, fazer atividade física e controlar o estresse devem fazer parte do “pacote” de uma vida saudável, segundo o cardiologista  André Brandão,  da Rede Meridional, para evitar o infarto.

Casos aumentam quase 30% no inverno

Além dos fatores de risco que podem levar ao infarto,  como obesidade, sedentarismo, má alimentação, estresse e colesterol alto, as baixas temperaturas também podem elevar o risco de doenças cardiovasculares.

O cardiologista Pietro Lima explica que os cuidados com o coração devem ser redobrados ainda mais no inverno, estação do ano na qual há um aumento de 27% do número de infartos.

“No inverno nosso corpo se prepara para perder menos calor para o ambiente e preservar a temperatura corporal,  dessa forma suamos menos e nossos vasos sanguíneos se contraem. Assim, uma placa de gordura que antes não era tão importante, agora com vasos contraídos será capaz de causar obstruções, aumentando os infartos”.

O cardiologista André Brandão alerta ainda que as doenças cardiovasculares devem ser levadas tão a sério quanto um câncer, sendo uma das principais causas de morte no País. “Muitas vezes os pacientes são diagnosticados e não levam a sério o tratamento ou até mesmo não fazem a prevenção”.

Falta de ar é principal sintoma em idosos

Infarto

Infarto agudo do miocárdio ou ataque cardíaco é a morte de células do músculo do coração devido à formação de coágulos que interrompem o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa.

Casos

O Infarto  é a maior causa de mortes no País. Estima-se que, no Brasil, ocorram de 300 mil a 400 mil casos anuais de infarto e que a cada 5 a 7 casos, ocorra uma morte. Para diminuir o risco de morte, o atendimento de urgência e emergência, nos primeiros minutos, é fundamental para salvar uma vida.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco são tabagismo, sedentarismo, alimentação ruim, colesterol alto e estresse em excesso. Além do infarto, essas condutas podem provocar hipertensão, AVC, obesidade, depressão e diabetes. Diabéticos e hipertensos têm de duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto.

Inverno

A queda das temperaturas durante o inverno aumenta em 30% os riscos de doenças cardiovasculares. 

No intuito de auxiliar o corpo a reter o calor, as artérias se contraem, tornando-se mais estreitas, o que pode dificultar o fluxo sanguíneo para o coração. Essa condição favorece o acúmulo de coágulos e placas de gordura, aumentando o risco de infarto.

Sintomas

Dor ou desconforto na região peitoral, podendo irradiar para as costas, rosto, braço esquerdo e, raramente, braço direito. Essa dor costuma ser intensa e prolongada, acompanhada de sensação de peso ou aperto sobre o tórax, provocando suor frio, palidez, falta de ar e sensação de desmaio.

Em idosos, o principal sintoma do infarto agudo do miocárdio pode ser a falta de ar. A dor também pode ser no abdome, semelhante à dor de uma gastrite ou esofagite de refluxo, mas é pouco frequente.

Ainda que  o infarto possa ocorrer de forma repentina, há pessoas que podem manifestar sintomas de alerta, como cansaço e aperto no peito, até dois meses antes.

É possível não ter sintomas?

Segundo médicos, sim, principalmente os diabéticos e as mulheres. Mas, às vezes, há sintomas que são mais atípicos: sensação de desconforto no estômago, náuseas e suor frio.

Tratamento 

Infarto é uma emergência que exige cuidados médicos imediatos. Identificar os sintomas pode ser decisivo para salvar a vida de uma pessoa. O tratamento, geralmente, é cirúrgico e ou medicamentoso, com uso de anticoagulantes, por exemplo.

Prevenção 

Prática regular de atividades físicas, alimentação adequada, não consumo de álcool e qualquer tipo de tabagismo.

Fonte: Ministério da Saúde, especialistas consultados  e pesquisa AT.

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