X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Saúde

Mais de duas mil cirurgias bariátricas todo ano no ES

Procedimento pode ser realizado geralmente a partir dos 16 anos, explicam especialistas. Atualmente, ele é feito por vídeo ou robô


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Mais de duas mil cirurgias bariátricas todo ano no ES
Maiara antes e depois da bariátrica: sertaneja também já fez lipoaspiração e colocou um balão intragástrico |  Foto: Divulgação

Das mais de 40 milhões de mortes anuais atribuídas a doenças crônicas não transmissíveis, 5 milhões são influenciadas pelo sobrepeso e obesidade. É o que mostra levantamento feito pela  Federação Mundial da Obesidade (WOF, na sigla em inglês) e divulgado no Atlas da Obesidade Mundial neste mês.

Entre as alternativas de tratamento está a cirurgia bariátrica. Estimativa feita por especialistas da área no Estado aponta que, em média, mais de 2 mil cirurgias são feitas por ano no Espírito Santo. E a procura tende a aumentar, até mesmo entre os adolescentes.

O aumento entre o público adolescente se justifica: o próprio levantamento da WOF, com base nas tendências atuais, aponta que até 2035, mais de 750 milhões de crianças (com idade entre 5 e 19 anos) deverão viver com sobrepeso e obesidade.

Há uma grande procura de cirurgia por adolescentes, obesos mórbidos, porque a obesidade está sendo cada vez mais comum na infância, explica o cirurgião do aparelho digestivo Gustavo Peixoto, professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

“Assim que o paciente tiver uma capacidade de autocuidado, uma consciência do que é a cirurgia, do pós-operatório, já tiver a idade óssea consolidada, pubarca nos homens e menarca nas mulheres, ele já pode fazer cirurgia bariátrica. Geralmente, começa a fazer a partir de 16 anos”, ressalta.

Gustavo destaca que, ano após ano, existe uma tendência de aumento da bariátrica, devido ao aumento da obesidade e à melhora dos desfechos por meio da cirurgia, que antes era aberta e hoje é por vídeo ou por robô.

A cirurgiã Diandria Bertollo aponta que para a realização das cirurgias, os casos são sempre avaliados de forma individualizada, onde equipe multidisciplinar atua na avaliação de indicar ou não a cirurgia. “O que deve ser sempre levado em conta por esses pacientes é buscar equipe médica habilitada e com experiência comprovada, para que sua avaliação seja feita de forma correta”.

O cirurgião bariátrico e nutrólogo Roger Bongestab alerta que a obesidade é uma doença que não tem cura.

“Nem a cirurgia cura e nem as medicações. Todos os procedimentos são feitos de forma a controlar a doença e, principalmente, melhorar a qualidade de vida, aumentar a sobrevida do paciente, diminuindo as complicações advindas da síndrome metabólica”, destaca.

Cantora surpreende com 47 quilos

A forma física da cantora Maiara, da dupla com Maraisa, chamou atenção nos últimos dias nas redes sociais. Pesando 47 quilos, internautas chegaram a questionar a magreza da cantora, sugerindo até que ela pudesse estar doente.

Maiara veio a público e revelou ter feito vários procedimentos com o intuito de emagrecer, como bariátrica, lipoaspiração e a colocação de um balão intragástrico.

Disse ainda que estava lutando contra o aumento de peso e quase precisou passar por uma nova cirurgia bariátrica.

“Desde criança sempre fui acima do peso. É uma questão genética, de família. Com a obesidade existem outros problemas de saúde, que são pressão alta, diabetes. Hoje devo estar com 47 quilos, mas já cheguei a pesar 85 quilos”, revelou a cantora.

“A cirurgia ajuda, mas não resolve a vida. Há cinco anos passei por uma lipo e coloquei silicone, porque tive sobra de pele. Cheguei a 62 quilos. Mas há um ano engordei de novo e parei no 75 quilos. Coloquei balão e tentei de tudo”.

Maiara contou que agora o foco é perder gordura e ganhar massa muscular, sendo acompanhada por médicos e educador físico. “Estou na melhor fase da minha vida”, afirmou.

O cirurgião do aparelho digestivo Gustavo Peixoto, professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), destaca que existe muito preconceito não só com a cirurgia bariátrica, mas também com a obesidade.

“No País, a obesidade, muitas vezes, não é vista como uma doença, que aumenta os custos da saúde, faz com que as pessoas tenham infarto, derrame e câncer. Muitas vezes, é atribuído ao indivíduo a obesidade. E sabemos que não é só isso”, destaca o médico.

Gustavo diz ainda que quando a pessoa faz a bariátrica, há um emagrecimento expressivo e é normal que a pessoa queira fazer uma plástica reparadora. “Isso é normal, é previsto pelo SUS e é previsto também pelas normas da Agência Nacional da Saúde Suplementar”

Pacientes encaram nova operação

Nem todos os pacientes que se submetem a uma cirurgia bariátrica conseguem manter o processo de emagrecimento.

Imagem ilustrativa da imagem Mais de duas mil cirurgias bariátricas todo ano no ES
Roger Bongestab: efeito sanfona |  Foto: Douglas Schneider/at - 24/03/2022

O País realiza, em média, 100 mil cirurgias por ano, segundo o cirurgião do aparelho digestivo Gustavo Peixoto, sendo que de 8% a 10% dessas cirurgias são revisionais, ou seja, uma segunda bariátrica.

O cirurgião bariátrico Roger Bongestab explica que quem faz bariátrica pode ter um efeito sanfona. “O efeito sanfona é nada mais do que uma manifestação chamada de recidiva do peso. Por ser uma doença crônica incurável, ela fica em latência, ou seja, o peso diminui, mas quando o paciente tem hábitos errados, ele volta a subir”.

Segundo o médico, pacientes bariátricos têm, às vezes, necessidade de medicações, mesmo no pós-operatório, para poder manter o peso controlado. Roger ressalta que é preciso atenção aos pacientes bariátricos, já que a perda de peso pode envolver perda de músculo, de gordura, de ossos e de água.

Pacientes devem ter em mente, segundo a cirurgiã Diandria Bertollo, que hábitos saudáveis, como adoção de dietas adequadas e atividade física regulares, são sempre fatores determinantes para bons resultados quanto à perda de peso.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: