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Saúde

Fala Doutor: Sexo pode causar morte súbita em público jovem

Especialista afirma que, embora sejam raros, há relatos nos consultórios médicos de mortes de homens e mulheres durante a prática sexual


Uma vida sexual ativa está associada a um estilo de vida saudável. No entanto, você sabia que é possível morrer durante o ato sexual? Apesar de ser extremamente raro, cerca de 0,6% dos casos de morte súbita estão associados à atividade sexual, revela o site especializado The Conversation. Há casos até mesmo entre o público jovem.

O cardiologista Leandro Rua explica que o esforço é um importante gatilho para a morte súbita.  “O ato sexual é considerado um esforço moderado. Mas, na maioria dos casos, os pacientes que morreram na relação sexual faziam parte de uma população que não era sabidamente cardiopata”.

Imagem ilustrativa da imagem Fala Doutor: Sexo pode causar morte súbita em público jovem
Leandro Rua diz que o esforço é um gatilho para a morte súbita |  Foto: Divulgação

Em entrevista ao AT em Família, o médico revelou quem são os pacientes cardiopatas, quais os sinais de alerta e muito mais.

A Tribuna – O que é a síndrome da morte súbita?

Leandro Rua – A morte súbita é a morte instantânea, inesperada, repentina e não acidental, na maioria das vezes de origem cardíaca e por arritmia.

Existem fatores de risco que elevam as chances de ter essa síndrome?

Ela é mais comum em cardiopatas – pessoas que já infartaram, que têm insuficiência cardíaca, coração dilatado ou que possuem outras doenças cardíacas. 

Outro fator de risco é o histórico familiar, caso a pessoa tenha parentes com morte súbita na família, por exemplo. 

Na mídia, o que a gente mais vê e choca muito as pessoas são os jovens atletas que têm morte súbita. Porém, é mais raro do que a primeira parcela (cardiopatas) e geralmente esse jovem tem a doença chamada cardiomiopatia hipertrófica, que é a doença genética. 

Essa doença é subdiagnosticada e silenciosa. Ela vai se manifestar geralmente abrindo o caso, com uma morte súbita, que é causada pela arritmia maligna.

É verdade que o sexo pode causar morte súbita em homens e mulheres jovens? 

Como o esforço é um importante gatilho para a morte súbita, é comum ouvir relatos de ocorrências no ato sexual, que é considerado um esforço moderado. 

Inclusive, muitos pacientes infartados têm esse receio e me perguntam se podem manter a atividade sexual. 

Em um estudo publicado no Journal of the American College of Cardiology em 2017, pesquisadores investigaram o risco de morte súbita em homens e mulheres durante a relação sexual. 

Os resultados mostraram que as ocorrências foram raras, inclusive em pacientes cardiopatas.  Menos de 1% dos casos foi associado à prática sexual, e não houve preponderância de cardiopatas. 

Na maioria dos casos, os pacientes que morreram na relação sexual faziam parte de uma população que não era sabidamente cardiopata. 

Além disso, geralmente essas mortes estão atribuídas a doenças genéticas, como a cardiomiopatia hipertrófica, que não tem como descobrir sem o histórico familiar.

Como se prevenir?

É importante identificar a população de risco, que são os pacientes com palpitações, síncopes, doença cardíaca estrutural, infartados, além de pacientes com histórico familiar de morte súbita.

Depois, é preciso descobrir se o paciente tem alguma alteração estrutural que cause risco de arritmias malignas. Se houver necessidade, o médico irá implantar no paciente um dispositivo chamado cardiodesfibrilador implantável, que é um gerador de choque. 

Esse dispositivo vai identificar quando o paciente tiver arritmia que leva à morte súbita e dará um choque tirando ele dessa arritmia, esteja onde estiver.

Qual a importância de realizar exames regulares de saúde?

Para pacientes não cardiopatas, a melhor forma de evitar a morte súbita é fazendo um check-up anual. Então indicamos que toda pessoa com interesse em praticar esporte competitivo faça uma consulta cardiológica para avaliar se tem cardiomiopatia hipertrófica, principalmente. 

Pacientes acima de 40 anos que querem fazer atividade física mesmo sem ser competitiva também devem visitar um cardiologista.

Perguntas dos leitores

Existem sinais de alerta que podem ser identificados?

Marcelo de Oliveira lovatti, 58 anos, vendedor

Sim. Pacientes com história prévia de desmaios, falta de ar, dor no peito ou aceleração dos batimentos cardíacos.

Além disso, homens sedentários também devem fazer uma avaliação, pois podem existir sinais de problemas físicos, em especial os ligados ao sistema cardiovascular.

Existe algum tratamento para a cardiomiopatia?

João henrique cardoso,72 anos, aposentado

Pessoas que têm a função cardíaca muito comprometida ou que identificaram a doença genética antes de ter sintomas podem evitar a morte súbita com o implante de um dispositivo chamado cardiodesfibrilador implantável. Esse dispositivo lembra um marca-passo, mas a função é identificar a arritmia maligna.


SAIBA MAIS


Arritmia silenciosa

  • Pacientes cardiopatas devem investigar se estão tendo uma arritmia silenciosa, que pode evoluir para uma arritmia maligna, quando sentem o coração palpitando, desmaiam ou sentem dor no peito.
  • E entre os jovens, especialmente os que querem fazer atividade física competitiva, é importante procurar um especialista quando houver histórico familiar de morte súbita.

Fique por dentro

  • A morte súbita é a morte instantânea, inesperada e repentina, na maioria das vezes de origem cardíaca e por arritmia.
  • A síndrome é mais comum em cardiopatas, que são aquelas pessoas que já infartaram, que têm insuficiência cardíaca e outras doenças cardíacas.
  • Apesar de ser muito raro, existem casos de morte súbita durante o ato sexual.
  • Os principais sinais de alerta são as palpitações, desmaios, falta de ar, dor no peito e taquicardia.
  • O tratamento para as pessoas que descobrem a doença é o implante de um dispositivo chamado cardiodesfibrilador implantável, que tem a função de identificar a arritmia maligna.
  • Síncopes - É a perda súbita e transitória da consciência (desmaios).
  • Arritmia - Condição caracterizada pela falta de ritmo nos batimentos cardíacos.

Os números

  • Uma em cada 200 pessoas tem cardiopatia genética
  • 50% são as chances de um filho ter cardiopatia genética  
  • 0,6% das mortes súbitas ocorrem durante o ato sexual

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