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Saúde

Exame é liberado 1 ano após morte de paciente


Imagem ilustrativa da imagem Exame é liberado 1 ano após morte de paciente
Agência Municipal de Agendamento de Marataízes faz os agendamentos |  Foto: Divulgação

Um ano e seis meses após perder o pai, vítima de leucemia, o filho recebe uma ligação que o deixou indignado. Do outro lado da linha, uma funcionária da Agência Municipal de Agendamento (AMA) de Marataízes informou que o exame solicitado pelo idoso de 77 anos havia sido autorizado.

O fato ocorreu na quinta-feira e ganhou repercussão nas redes sociais após o guarda municipal Luciano Rangel Hosken, 48 anos, filho do aposentado Luiz Augusto de Figueiredo Hoske, desabafar nas redes sociais.

“Ela ligou para o telefone da minha mãe e eu atendi. Estava na casa dela. A moça falou do exame. Falei: 'agradeço, mas já tem mais de um ano que ele faleceu'. Ela ficou sem graças, pediu desculpas e desligou”, relembrou Luciano.

Segundo ele, o pai morreu no dia 19 de junho de 2018, após permanecer três meses internado no Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim se tratando de leucemia. “Ele estava com a imunidade muito baixa, por isso precisamos mantê-lo internado”, explicou.

Luciano disse que o exame era para detectar se as manchas na pele do pai eram câncer. Ele acredita que o pedido tenha sido feito há pelo menos dois anos, bem antes da morte do pai, uma vez que o aposentado foi internado em março daquele ano.

Exame

A dona de casa Maximina Garioli, de 34 anos, passou por algo parecido. Seu pai, Darcy Garioli, 83, morreu sem conseguir fazer um exame de endoscopia que identificaria sua doença.

Segundo ela, o exame tinha nível de complexidade elevado e a família só conseguiria fazê-lo pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas Gerais. O pai dela não se alimentava mais. “A garganta dele se fechou. Nem caldo descia”, lembrou a filha.

Ela acredita que tenha fundo emocional, pois o aposentado entrou em depressão após a morte do irmão. Para tentar agendar o exame, ela precisou recorrer ao Ministério Público. “Foi um período muito difícil. Meu pai perdeu 33 quilos em menos de três meses. Só um mês após sua morte, a autorização do exame saiu”, comentou.

O outro lado

A Agência Municipal de Agendamento (AMA) informou que o serviço depende de marcações com os governos estadual e federal e, por isso, às vezes, demora para sair um exame ou consulta.

Afirmou ainda que, com a mudança orçamentária do município, a Prefeitura de Marataízes vai assumir custos que irão permitir mais agilidade no processo. A AMA explicou que não tem acesso aos registros de obituário, podendo ocorrer casos semelhantes.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) explicou que não poderia se manifestar sobre o caso sem o número do cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), que não foi informado pela família do paciente.

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