Estudo comprova poder da vitamina D contra depressão
Pesquisa mostrou que substância foi eficaz no combate aos sintomas de pacientes que ingeriram suplementos durante até 12 semanas
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Uma pesquisa publicada recentemente no periódico inglês Critical Reviews In Food Science and Nutrition (Revisões Críticas em Ciência Alimentar e Nutrição) afirmou que há indícios de que a suplementação de vitamina D pode levar benefícios para pessoas com sintomas de depressão.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores, que são da Austrália, EUA e Finlândia, analisaram dados de 41 estudos científicos publicados nos últimos anos.
Segundo a pesquisa, os suplementos de vitamina D foram mais eficazes no combate a sintomas de pessoas com depressão quando utilizados em um tempo curto, de até 12 semanas, e com doses diárias de 50 a 100 microgramas.
A nutricionista e doutora em Saúde Coletiva Polyana Romano Oliosa comentou sobre o assunto.
“Temos no organismo vários receptores da vitamina D, também no cérebro. Alguns estudos demonstram que ela é antioxidante e anti-inflamatória, e que há a associação da depressão com um cérebro mais inflamado”, disse.
Ela também explicou que, por ser anti-inflamatória, a vitamina D faz uma modulação da questão do estresse e melhora nos sinais e sintomas depressivos.
Sandra Lúcia Fernandes, médica nutróloga da Rede Meridional, comentou que a vitamina D é importante, porém, o tratamento da depressão é bem mais complexo.
“A vitamina D trata o desânimo, podendo contribuir para acabar com esse sintoma da depressão, por exemplo. No entanto, o tratamento total da doença é multifatorial”, explicou.
Já Valdir Campos, médico psiquiatra, comentou que há estudos que afirmam que pessoas depressivas possuem uma taxa baixa dessa vitamina, por isso a suplementação é importante.
“O que os estudos mostram é que as pessoas com depressão têm baixa de vitamina D no organismo, e que a reposição dessa vitamina colabora para uma melhora dos quadros depressivos”, afirmou.
A suplementação deve ser feita apenas em pessoas que possuem nível baixo dessa vitamina. “O médico e o nutricionista fazem a prescrição em cima das necessidades de cada paciente por meio dos exames de sangue”, diz Polyana.
Os autores da pesquisa afirmaram que são necessárias mais evidências, que novas análises devem fazer a investigação da relação entre a suplementação e a doença.
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Vitamina D
É importante para fortalecer os ossos e prevenir doenças como a osteoporose e o raquitismo.
É produzida por meio do contato dos raios solares com a pele.
Mesmo consumindo alimentos ricos com essa vitamina, é necessário tomar sol. É importante ter uma exposição de 10 a 15 minutos para ter a conversão da vitamina no corpo.
Alguns alimentos que possuem vitamina D são: cogumelos, gema de ovo, camarão, atum, sardinha, salmão, cavala, peixes de águas profundas no geral, entre outros.
Suplementação
Deve ser feita em casos de pessoas que têm baixa concentração dessa vitamina no organismo.
Com a suplementação não há essa necessidade de se expor ao sol porque a vitamina já está ativada. Porém, quando a pessoa toma o suplemento e se expõe ao sol, a concentração de vitamina D fica mais elevada.
A concentração da vitamina D no organismo e o consumo por dia são calculados de acordo com a faixa etária e necessidades nutricionais de cada paciente.
Cuidados
O excesso de vitamina D causa o aumento da absorção de cálcio no organismo, com isso, pode ocorrer a calcificação de artérias e a geração de cálculos renais.
Fonte: Especialistas consultados.
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