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Saúde

Engenheiro sente dor na coluna e descobre câncer

Leonardo Salgado Jayme, 40 anos, foi diagnosticado com câncer, passou por um transplante e agora se prepara para corridas


Imagem ilustrativa da imagem Engenheiro sente dor na coluna e descobre câncer
Leonardo Salgado Jayme ficou em coma e precisou reaprender a andar |  Foto: Fábio Nunes/ AT

No dia 11 de abril, o engenheiro de produção Leonardo Salgado Jayme, de 40 anos, ganhou uma nova chance de viver: ele passou por um transplante de fígado e teve de reaprender a andar, após ficar em coma. Hoje, recuperado, ele se prepara para sua primeira corrida de rua.

Morador de São Mateus, Norte do Estado, Leonardo precisou de um transplante depois de ter sido diagnosticado com um tipo raro de câncer chamado de tumor neuroendócrino, em 2022. A doença começou no intestino e já apresentava metástase no fígado.

A descoberta aconteceu “por acaso”, depois do engenheiro ser diagnosticado com covid e começar a sentir uma dor na lombar. Uma tomografia do abdômen revelou a doença.

“Fiz a remoção do tumor do intestino. Em seguida, fomos avaliar se o tumor do fígado estava controlado para eu estar apto a entrar na fila do transplante. A quantidade de tumores já havia comprometido todo meu fígado”.

No final do ano passado, ele entrou na fila do transplante. Em abril deste ano, a doação de uma família, que perdeu a filha de 16 anos para a asma, salvou a vida do engenheiro.

A cirurgia foi realizada no Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV). O processo, contudo, não foi fácil. “Tive uma intercorrência, fiquei com o fígado sem funcionar quase três dias, entrei em uma fila nacional”.

Um novo fígado não apareceu, mas a equipe médica do hospital chegou a uma possível causa: “Eu estava rejeitando o imunossupressor. Após a troca da medicação, fui melhorando”.

Durante esse período, Leonardo foi intubado, ficou em coma e precisou reaprender a andar. “Sempre fui muito ativo. Assim que meu médico me liberou, voltei às atividades e agora estou me preparando para correr 5 km em novembro com minha mulher Guiuliana”.

O médico Francisco Nolasco, coordenador do serviço de Transplante Hepático do HEVV, conta que alguns tumores de fígado têm como principal método de tratamento o transplante.

“No caso do Leonardo, ele tinha múltiplos tumores em diferentes locais do fígado. Retirar cada tumor seria impossível e somente o transplante poderia curá-lo”, explica o médico.

Imagem ilustrativa da imagem Engenheiro sente dor na coluna e descobre câncer
Leonardo e Guiuliana vão correr cinco quilômetros em novembro |  Foto: Fábio Nunes/ AT

“Tenho plano de viver muito”

A Tribuna- Como foi a espera pelo transplante?

Leonardo Salgado- No final do ano passado, entrei na fila do transplante. Eu consegui ser priorizado devido à gravidade do meu problema. Uma semana depois apareceu um doador, mas quando foram fazer a retirada, ele teve uma parada cardiorrespiratória. Um novo doador apareceu, porém, o fígado estava cirrótico. Em abril, apareceu outro doador e realizei o transplante.

E como foi a cirurgia?

Tive uma intercorrência, fiquei com o fígado sem funcionar quase três dias, entrei em uma fila nacional. O médico disse à minha esposa que poderia chamar meus filhos. Era para se despedir. Eles não entendiam o motivo do meu corpo estar rejeitando o órgão. Um novo fígado não apareceu, mas a equipe médica do hospital chegou a uma possível causa: eu estava rejeitando o imunossupressor. Precisei ser intubado, quase morri.

Fiquei 28 dias no hospital, muito debilitado a ponto de não conseguir me alimentar, não conseguir andar. Tive de aprender a andar, dar novamente passos, não tinha equilíbrio. Isso acabou afetando meus rins. Precisei passar dois meses fazendo hemodiálise.

Atribui sua recuperação a quê?

Nem os médicos esperavam que me recuperaria tão rápido, mas acredito que é pelo fato de ter tido um bom histórico antes. Com três meses voltei a trabalhar e fazer atividade física.

E a ideia da corrida, como surgiu?

Sempre fui muito ativo, mas dessa vez resolvi me desafiar assim que o médico me liberou. Estou sendo acompanhado por um profissional. Um dia, estava correndo na esteira e minha esposa mandou uma foto para meu médico, falando que estava me preparando para uma corrida, e ele achou incrível a ideia.

Estou me preparando para correr 16 quilômetros ano que vem, mas neste ano vou correr cinco, em novembro. Nem que eu termine andando, mas eu vou. A minha esposa, Guiuliana, vai correr comigo. Ela ficou 100% do tempo do meu lado.

Tem mais planos para o futuro?

Tenho plano de viver muitos anos com saúde e qualidade.


Saiba mais

Doação

No Espírito Santo, são realizados transplantes de coração, fígado, rim, córnea/esclera, medula óssea autólogo e medula óssea aparentado e não aparentado.

Os órgãos de uma pessoa só poderão ser doados com autorização de um familiar. É fundamental falar com a família sobre o desejo da doação. A doação de órgãos só acontece após autorização por escrito do familiar.

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