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Saúde

Duas em cada 10 crianças têm alimentação supersaudável

Pesquisa no Brasil mostrou que 20% das crianças de até 5 anos não bebem ou comem alimentos industrializados


Na contramão do grande consumo de alimentos ultraprocessados em todo o País, cerca de 20% das crianças de até 5 anos não bebem ou comem biscoitos recheados, farinha, refrigerante, entre outros produtos que fazem mal à saúde, tendo uma alimentação mais saudável.

É o que aponta o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), conduzido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e divulgado nesta semana.

Foram realizadas visitas domiciliares em 123 municípios brasileiros entre fevereiro de 2019 e março de 2020, totalizando  14.558 crianças. Destas,  2.911 não consumiram  produtos industrializados  na véspera da entrevista.

A pediatra Natalle Faria explica que, embora esse valor ainda seja pequeno, demonstra uma maior conscientização das famílias.  “Os pais começaram a ficar atentos. Porém, 20% ainda não é um valor que nos alegra. Precisamos aumentar esse índice”, avalia.

Para alcançar isso, como aponta a nutróloga pediátrica Bruna Junger, é necessário facilitar e baratear o acesso à alimentação saudável, já que bons hábitos costumam estar relacionados às famílias com melhores  condições financeiras.            

“Quem passa por necessidades quer sempre se sentir satisfeito. Nisso, opta por comer muito macarrão e pão, por exemplo. Os alimentos que mais dão saciedade são aqueles altamente  prejudiciais”, ressalta a médica, que lembra ainda do baixo valor dos produtos ultraprocessados, se comparado com frutas e legumes.  

Ela destaca também os riscos desse tipo de alimentação na  infância,  como obesidade, diabetes e problemas cardiovasculares.

Uma das pesquisadoras do Enani, Elisa Lacerda, aponta outros dois resultados negativos  pesquisa: o baixo consumo de água entre os pequenos  e o uso dos temperos artificiais (caldos em cubo e molhos prontos). “Esse valor (72%) é inadequado, visto que as crianças deveriam beber água diariamente. Os temperos estavam presentes no prato de 20,9%  das crianças”, diz. 

Exemplo de vida saudável

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A enfermeira Gabriella Mognatto e a filha Helena |  Foto: Tiago Melo / AT

Quando engravidou da pequena Helena, hoje com nove meses, a enfermeira Gabriella Mognatto, de 35 anos, já consumia poucos produtos industrializados. 

Porém, foi após dar à luz que ela decidiu levar o estilo de vida saudável mais a sério, inclusive pelo bem-estar da filha.

Ela acredita que bons hábitos são construídos a partir do exemplo  e, por isso, faz questão de evitar comer lasanhas congeladas, biscoitos salgados, doces, entre outros. Hoje, segundo Gabriella, a menina ama comer todos os tipos de frutas e verdura.

“Não oferecemos e nem pretendemos oferecer alimentos ultraprocessados. Queremos que ela crie uma relação de verdade com a comida”, diz a mãe.

DIÁLOGO COM OS FILHOS

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Laís Lacerda e os filhos Laís e Erick |  Foto: Douglas Schneider / AT

Na casa da consultora materno-infantil Laís Lacerda,  29 anos, o lema da alimentação dos pequenos Erick,  4 anos, e Laís, de 10 meses, é “descascar mais, desembalar menos”.

Além de consumirem muitas frutas e verduras, eles ainda quase não comem doces, que ficam guardados  longe da vista das crianças.  “O segredo é ter consciência e conversar com a criança. O diálogo faz a diferença”, defende Laís. 

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Dicas dos Especialistas

1 - Os pais não devem oferecer açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida do filho.

2 - Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições  é  fundamental. Porém, segundo a pediatra Natalle Faria, os responsáveis devem dar o exemplo, e ter bons hábitos  para inspirarem as crianças. 

3 - Bo caso dos temperos, ao invés dos produtos industrializados, o ideal é preferir temperos naturais, frescos ou secos, como salsinha, coentro, manjericão, orégano, entre outros.

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