Dia Mundial de Combate ao Câncer de Pulmão traz alerta sobre a doença
1º de Agosto é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Pulmão. Campanhas de prevenção se estenderão por todo o mês
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O Dia Mundial de Combate ao Câncer de Pulmão (1º/08) traz um alerta sobre a doença com uma das maiores taxas de mortalidade no mundo. É o primeiro em incidência entre os homens e o terceiro entre as mulheres, segundo estimativas mundiais de 2020. O câncer de pulmão é tema de campanha de conscientização durante todo este mês intitulado Agosto Branco.
No Brasil, de acordo com as estimativas 2023 do INCA (Instituto Nacional de Câncer), mais de 2,2 milhões de novos casos surgem por ano no mundo, sendo sendo 1,4 milhão em homens e 770 mil em mulheres. Ainda no País, a doença foi responsável por 28.618 mortes, em 2020. Entre os maiores fatores de risco estão o tabagismo e a exposição passiva ao tabaco, responsável por aproximadamente 90% dos casos.
A oncologista clínica Débora Porto, que atua no Núcleo de Oncologia do Agreste (NOA), em Caruaru, Pernambuco, esclarece que alguns sinais são considerados importantes em uma investigação mais precisa da doença: tosse e rouquidão persistentes, sangramento pelas vias respiratórias, dor no peito, dificuldade de respirar, fraqueza e perda de peso sem causa aparente. “A maioria dos pacientes apresenta sinais e sintomas nas fases mais avançadas. Quando a doença é diagnosticada no início, no entanto, as chances de cura são grandes. O tratamento cirúrgico tem progredido bastante, em relação às técnicas e à recuperação dos pacientes”, afirmou a médica.
A especialista enfatiza que, em população de alto risco, como os fumantes, o câncer de pulmão deve ser rastreado e o paciente deve procurar o profissional da oncologia torácica adequado para que possa receber o melhor tratamento: “mesmo para aqueles com doença avançada, o tratamento oncológico tem melhorado muito, nos últimos anos, aumentando bastante a sobrevida dos pacientes. Dois exemplos são a imunoterapia e a terapia-alvo, essa última frequentemente usada em pacientes cujo tumor tem determinadas características moleculares”, diz Débora.
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