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Saúde

Confirmada a primeira morte por dengue em 2024 no ES

Nas cinco primeiras semanas do ano 12.801 casos foram notificados no Estado. Morte foi entre 28 de janeiro e 3 de fevereiro


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Imagem ilustrativa da imagem Confirmada a primeira morte por dengue em 2024 no ES
Fêmea transmite a doença |  Foto: © Divulgação/Canva

Em alta em diversos estados do Brasil, a dengue no Espírito Santo também tem avançado nas últimas semanas e já supera o número de casos no mesmo período do ano passado.

A primeira morte pela doença foi confirmada nesta quinta-feira (08) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), no boletim epidemiológico referente à semana de 28 de janeiro a 3 de fevereiro. No entanto, as informações sobre o primeiro paciente morto pela doença não foram divulgadas pela Sesa.

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Em todo o ano passado, foram registradas no Estado 98 mortes por dengue.

De acordo com o boletim, nas cinco primeiras semanas do ano 12.801 casos de dengue foram notificados no Espírito Santo.

Na última semana avaliada, um salto no número de casos foi registrado: enquanto de 21 a 27 de janeiro foram registrados 2.974 casos, na semana de 28 de janeiro a 3 de fevereiro, o número passou para 4.152 pacientes com a doença.

Dos municípios do Estado, 25 estão classificados com alta incidência da dengue, que significa mais de 300 casos por 100 mil habitantes em quatro semanas.

Imagem ilustrativa da imagem Confirmada a primeira morte por dengue em 2024 no ES
Agentes de combate às endemias atuam nas ruas para eliminar focos |  Foto: Dayana Souza/AT - 10/01/2019

Incidência

Na Grande Vitória, apenas a Capital está na classificação de alta incidência, com 316,6 casos para cada 100 mil habitantes.

Em um condomínio de Jardim Camburi, moradores revelaram que dos 16 moradores, oito estão com dengue, sendo que parte deles manifestaram a forma hemorrágica da doença.

Sobre as ações que vêm sendo desenvolvidas para conter os casos, a Prefeitura de Vitória informou que, de cada quatro focos do mosquito, três estão dentro das residências, em ralos descobertos, pratinhos de plantas, tonéis de água e lixo mal acondicionado.

Reforçou, ainda, que a prefeitura realiza uma série de ações voltadas ao combate do mosquito Aedes aegypti, como orientações, mutirões para retirada de entulhos, monitoramento periódico de locais com água parada e bueiros, carro fumacê e visitas domiciliares nos bairros onde há mais notificações.

Desde março de 2023, Vitória passou a utilizar também drones para mapear imóveis onde há dificuldade do ingresso dos agentes de combate às endemias.

Sobre o caso do condomínio em Jardim Camburi, o Centro de Vigilância em Saúde Ambiental informou que a equipe de agentes de endemias tem vistoriado os imóveis do bairro de maneira contínua, permanente e sistemática.

Pior momento ainda está por vir, dizem especialistas

Com a explosão no número de casos de dengue, no fim de janeiro o País já marcava aumento expressivo nos registros da doença em relação ao ano anterior.

Segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, nas cinco primeiras semanas de 2024 foram registrados 392.724 casos prováveis da doença. No mesmo período de 2023, foram 93.298 registros.

O pico da doença em 2023 ocorreu em abril, na 15º semana epidemiológica, quando o país registrou 111.840 casos prováveis. Neste ano, o Brasil ultrapassou esta marca já em janeiro, na quarta semana.

Para especialistas, o pior ainda está por vir. Para Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), o pico de casos e de transmissão é esperado para após o Carnaval. Segundo ele, há a expectativa de melhora do cenário em abril, com a diminuição das chuvas e temperaturas.

“É a sazonalidade da dengue. Lógico que em lugares mais quentes e chuvosos você terá uma curva epidêmica mais constante”, afirma o médico.

David Uip, diretor nacional de Infectologia da Rede D'Or, afirma que o pico da dengue acontecerá em épocas diferentes no País: no Sudeste e Sul, entre fevereiro e março, e no Nordeste e Norte de um a dois meses depois.


Casos de Dengue

- 12.801 casos de dengue foram notificados até a semana entre 28 de janeiro e último dia 3 de fevereiro no Espírito Santo.

- 314,98 casos por 100 mil habitantes é a incidência da doença.

- 1 morte pela dengue foi confirmada nas cinco primeiras semanas do ano.

Incidência

O Ministério da Saúde considera três níveis de incidência acumulada das quatro últimas semanas dos casos de dengue: baixa (menos de 100 casos/100 mil habitantes), média (de 100 a 300 casos/100 mil habitantes) e alta (mais de 300 casos/100 mil habitantes).

Municípios com alta incidência

Água Doce do Norte;

Laranja da Terra;

Afonso Cláudio;

Apiacá;

João Neiva;

Barra de São Francisco;

Sooretama;

Jaguaré;

Nova Venécia;

Linhares;

São Domingos do Norte;

Ponto Belo;

São Gabriel da Palha;

Santa Leopoldina;

Pancas;

Aracruz;

Alegre;

Muqui;

São Mateus;

Bom Jesus do Norte;

Atílio Vivácqua;

Mimoso do Sul;

Jerônimo Monteiro;

Domingos Martins;

Vitória;

A doença

É uma doença infecciosa febril aguda que pode se apresentar de forma benigna ou grave.

Isso depende de fatores como o vírus e a cepa envolvidos, infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores individuais como doenças crônicas (diabetes, asma brônquica, anemia falciforme).

A doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Não há transmissão pelo contato direto com um doente ou suas secreções, nem por meio de fontes de água ou alimento.

Sintomas

Febre;

Dor de cabeça;

Dores pelo corpo;

Náuseas;

Há possibilidade até mesmo do paciente não apresentar qualquer sintoma.

O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar a evolução para dengue hemorrágica.

Esse é um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal.

Como se prevenir

Limpar o quintal, jogando fora o que não é utilizado;

Tirar água dos pratos de plantas;

Colocar garrafas vazias de cabeça para baixo;

Tampar tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água;

Manter os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas e sacolas plásticas;

Escovar bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, pratos de plantas, tonéis e caixas d’água) e mantê-los sempre limpos.

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