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Saúde

Câncer que matou Aracy Balabanian atinge até quem nunca fumou

Conviver com pessoas que fumam, poluição e exposição a produtos químicos podem provocar a doença no pulmão


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Imagem ilustrativa da imagem Câncer que matou Aracy Balabanian atinge até quem nunca fumou
Aracy Balabanian morreu nesta segunda (7), um ano após o diagnóstico da doença |  Foto: Divulgação/TV Globo

Em meio à campanha nacional Agosto Branco, de conscientização  sobre a prevenção do câncer de pulmão, o País recebeu a notícia da morte da atriz Aracy Balabanian, que morreu na manhã de segunda-feira (7), aos 83 anos, após ser diagnosticada com a doença no fim de 2022.

Aproximadamente 85% dos casos de câncer de pulmão têm relação com o cigarro. Só que há outros fatores, além do tabagismo, que podem desencadear a enfermidade, segundo especialistas.

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“A maior predominância é em quem tem contato com o tabaco. Mas há risco ainda para  os tabagistas passivos, que não fumam, mas convivem com quem fuma. A poluição e as exposições ocupacionais, por exemplo,  ao  asbesto, fibra da indústria têxtil, também  podem causar câncer de pulmão”, destaca a oncologista Juliana Alvarenga.

A médica ressalta, porém, que esses fatores correspondem, aproximadamente, a 15% dos casos. A oncologista explica que o câncer de pulmão nos estágios iniciais é assintomático (não apresenta sintomas). 

“A maioria  dos tumores é identificada em estágio III, quando estão grandes, ou estágio IV, quando a doença já é metastática (vai para outros órgãos). Quanto maior o tumor vai ficando, mais sintomas ele vai dando”.

Tosse, perda de apetite e peso, fadiga e, às vezes, catarro com sangue estão entre os principais sintomas, segundo a oncologista Morgana Stelzer, da Oncoclínicas Espírito Santo, unidade Medquimheo. Ela observa que, no Brasil, ainda se descobrem muitos casos da doença em estágios avançados.

“Pacientes considerados de alto risco,  acima de 55 anos, que fumam ou deixaram de fumar nos últimos 15 anos, têm indicação de fazer uma tomografia de tórax com baixa radiação para fazer um rastreio e identificar qualquer nódulo suspeito”.

A pneumologista Ciléa Victória  lembra que existem ainda casos de pessoas com predisposição genética para o tumor, devido ao histórico familiar,  e devem receber acompanhamento de oncologista.

Câncer mais comum em homens

Câncer de pulmão

O câncer de pulmão, segundo as estimativas 2023, é o terceiro mais comum em homens (18.020 casos novos) e o quarto em mulheres no Brasil (14.540 casos novos), sem contar o câncer de pele não melanoma. É o primeiro em todo o mundo em incidência entre os homens e o terceiro entre as mulheres.

O que aumenta o risco?

O tabagismo é a principal causa de câncer de pulmão.

A exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer.

Outros fatores de risco são exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos (asbesto, sílica, urânio, cromo, agentes alquilantes, radônio entre outros), água potável contendo arsênico, altas doses de suplementos de betacaroteno em fumantes e ex-fumantes.

Covid-19: as especialistas relatam que  a covid-19  contribuiu para que muitas pessoas fizessem tomografias para investigarem a doença respiratória e acabaram descobrindo a doença.

Sinais e sintomas

Os sintomas geralmente não ocorrem até que o câncer esteja avançado, mas algumas pessoas com câncer de pulmão em estágio inicial apresentam sintomas. Os mais comuns são tosse persistente, escarro com sangue, rouquidão, perda de peso e de apetite, pneumonia recorrente ou bronquite.

Detecção precoce

Estudos recentes mostraram a possibilidade de que a realização de uma tomografia de baixa dose de radiação em grandes fumantes (um maço por dia por 30 anos), com mais de 55 anos de idade, possa reduzir a mortalidade por esse câncer.

Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca).

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