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Saúde

Brasil é o país que mais sofre com ansiedade


Imagem ilustrativa da imagem Brasil é o país que mais sofre com ansiedade
|  Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A pandemia tem causado efeitos diversos na população. Além dos problemas de saúde e econômicos, outra questão tem chamado a atenção dos especialistas: a saúde mental.

Os efeitos são tão presentes que uma pesquisa, realizada pela Ipsos, mostrou que o Brasil é o país com mais registros de ansiedade, causada pela pandemia da Covid-19. Foram 16 países avaliados, sendo 16.038 adultos entrevistados.

Segundo o levantamento, quatro em cada dez brasileiros têm algum nível de ansiedade, o que corresponde a 41%. Em segundo lugar, ficaram os mexicanos (35%) e, em terceiro, os russos (32%).

Apenas 6% dos japoneses e 7% dos alemães são impactados pela doença.

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Famílias já enfrentam a era da depressão digital, dizem especialistas |  Foto: Foto Beto Morais

O psiquiatra Jairo Navarro destacou que os países que tiveram um combate ao novo coronavírus de forma mais organizada são os menos afetados por problemas como a ansiedade.

“No País, o aumento de casos da doença e o número de mortes têm causado muita preocupação, assim como a questão econômica, como a perda de emprego, que gera ansiedade, insônia e inquietação”.

Outra questão que chama a atenção na pesquisa é como a Covid-19 também tem afetado a qualidade do sono dos brasileiros. Entre os entrevistados, 26% afirmam estar tendo problemas para dormir.

O psiquiatra Vicenti Ramatis afirmou que a pandemia, além de piorar a qualidade do sono, pode causar outros problemas como a compulsão alimentar, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e aumento de casos de alcoolismo.

“Grande parte desses quadros é circunstancial, que é trazido pelo momento, e devem voltar à normalidade aos poucos. Já outros casos tiveram como gatilhos a pandemia, e vão precisar de tratamentos, como é o caso da compulsão alimentar, que pode desencadear diabetes e hipertensão”.

O psiquiatra Valber Dias Pinto deu dicas para manter a “cabeça no lugar” na pandemia. “Crie novas rotinas, o cérebro precisa entender que já pode desligar alguns alarmes. Utilize recursos que já possui para se equilibrar, como praticar atividade física, tocar instrumento musical. Procure apoiar quem precisa e se permita ser apoiado”.

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O Médico Valber Dias disse que a preocupação maior é com o remédio carbolitium, que não possui substituto |  Foto: Dayana Souza / AT

Alerta para estresse em crianças

O isolamento social também tem afetado a vida de crianças e adolescentes. Ansiedade e estresse já são frequentes nos pequenos, segundo especialistas.

A ansiedade e o estresse dos pais, causados pela pandemia, podem gerar uma sensação de medo e ansiedade na criança, de acordo com a pediatra Camila Mendes.

“As crianças tiveram uma mudança brusca de rotina. Elas foram afastadas da escola e do convívio com seus colegas, e algumas estão presas em apartamentos, e isso pode afetá-las”, explicou.

A médica destacou que o estresse pode fazer surgir um novo comportamento nas crianças. “Não sabemos o que isso pode ocasionar no futuro, já que elas têm sofrido uma carga de estresse muito grande, todos os dias. O organismo nem sempre dá conta desse estresse, o que chamamos de estresse tóxico”.

A pediatra ressaltou que entre os sintomas estão a síndrome do pânico e medo da morte dos pais.

Já a psicóloga Jamila Albani ressaltou que o desgaste emocional pode ser demonstrado também por meio do distúrbio no sono, comportamentos agressivos, birra, alteração na alimentação e introspecção.

“O importante é observar, mais detalhadamente, como a criança está neste período de quarentena. As reações emocionais também devem ser observadas para entender como a criança está lidando com a situação”, orientou.

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Médica Jéssica Polese disse que aumento de casos por síndrome respiratória pode ser resultado da subnotificação do novo coronavírus |  Foto: Thiago Coutinho - 23/04/2019

A médica Jéssica Polese, especialista em pneumologia e medicina do sono, diz que os adolescentes têm necessidade de estarem em grupos e agora estão mais tempo no computador, sem poder sair e praticar atividades físicas.

“Eles estão no auge da agitação hormonal e trancados dentro de casa. É uma situação bem caótica: jovens, sem muita noção do que está acontecendo lá fora e com obrigações da escola. É realmente muito estressante”.

Análise

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Felipe Goggi, psicólogo, especialista em Saúde Pública com Ênfase em Saúde Mental |  Foto: Divulgação
“O poder de adaptação é uma exigência cotidiana”

“O ser humano tem em sua estrutura psíquica o poder de se reinventar. Independentemente da pandemia, o poder de adaptação é uma exigência cotidiana.

Em tempos de isolamento social, essas mudanças ficam mais evidentes. Para passar bem por essa fase, é importante assumir o verdadeiro estado emocional, não tentando enganar o seu psicológico. Se estiver difícil, é preciso assumir essa dificuldade para que possa abrir portas de possibilidades, inclusive de ajuda.

Ocupar o pensamento se informando das atualidades em fontes seguras e de credibilidade, se alimentar com refeições nutricionais, fazer exercícios físicos ainda que seja colocar uma música para dançar, além de se oportunizar a sorrir e ter humor, ajudam a lidar com situações adversas.

Ficar em casa em isolamento social pode ser uma ótima oportunidade para se autoconhecer e descobrir habilidades criativas. Estar em isolamento não significa estar só, pois a tecnologia tem contribuído para estarmos juntos.”

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|  Foto: Reprodução/ Jornal A Tribuna

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