As 10 dietas mais famosas do mundo para viver com saúde
Entre as estratégias bem avaliadas por especialistas estão a do Mediterrâneo e a anti-inflamatória, que previnem doenças
Escute essa reportagem
As dietas ganharam destaque na sociedade e despertam o interesse das pessoas, seja por restrição médica, desejo de emagrecimento ou busca por mais saúde. Só que nem todas são recomendadas por especialistas.
A pedido da reportagem de A Tribuna, nutricionistas e médicos listaram as 10 dietas mais famosas do mundo para viver mais com saúde.
Entre as estratégias mais bem avaliadas está a do Mediterrâneo, baseada na alimentação de países como Grécia, Itália, França e Espanha.
A nutricionista Karla Talhate explica que esse tipo de estratégia tem como base comida fresca e natural, frutas, legumes, verduras, oleaginosas, frutos do mar e gorduras boas e ainda permite vinho com moderação.
A nutricionista Juliana Tinelli destaca ainda que, na dieta do Mediterrâneo, os alimentos ajudam a aumentar as defesas do corpo, facilitam a cicatrização e reduzem a formação de radicais livres, retardando o envelhecimento.
Para combater os processos inflamatórios no organismo, podendo prevenir o surgimento de doenças como lipedema e artrite, há a dieta anti-inflamatória.
“A base desse tipo de alimentação são frutas frescas, probióticos naturais, legumes, gorduras saudáveis, sementes e grãos integrais, peixes ricos em ômega 3 e ervas aromáticas naturais”, destaca.
Para o emagrecimento, o jejum intermitente entra nas estratégias que podem ser utilizadas. “Existem protocolos de horas sem se alimentar para serem seguidos. Podem iniciar com um jejum de 12 horas, se estendendo para 16 horas e chegar até 18 ou 24 horas”, explica a nutricionista Larice Matos.
Pouco conhecida, porém com bons resultados, está a dieta ayurvédica, originada na Índia há mais de 5 mil anos, explica a nutricionista e terapeuta Ayurveda Juliana Andrade. Esse tipo de estratégia pode melhorar a saúde intestinal, ansiedade e compulsão alimentar, e nenhum alimento é proibido.
“O ponto central no Ayurveda é a digestão, levando em consideração que não digerimos apenas a comida, mas também nossos pensamentos e aquilo que sentimos”.
Apesar de tantas alternativas, especialistas afirmam que a melhor dieta é a que o paciente consegue seguir.
“Sempre é mais interessante escutar o paciente e, de acordo com suas individualidades e exames, indicar uma estratégia pontual”, frisa Juliana Tinelli.
Mudança de hábitos aumenta qualidade de vida
Por questões emocionais e de saúde, a analista de TI Daniely Niero, de 39 anos, procurou uma nutricionista em agosto do ano passado.
“Estava passando por alguns problemas, como compulsão alimentar, adquirida na pandemia”.
Após adquirir 20 quilos, Daniely viu os efeitos em seu corpo. “Não dormia direito, subir a escada era difícil, sem contar a autoestima afetada”.
Foi com a ajuda de uma psicóloga e nutricionista que hoje Daniely colhe os frutos da mudança de hábito. “Iniciei com uma dieta anti-inflamatória, e agora não é mais uma dieta, mas mudança de hábitos, com isso já perdi 10 quilos. Preparo minha comida para a semana e me sinto muito melhor”.
principais opções
Dieta mediterrânea
É baseada nos hábitos dos países da região do Mar Mediterrâneo, com consumo de alimentos frescos e naturais. Ajuda a reduzir a incidência de doenças cardiovasculares por ser rica em ômega 3, que possui ação anti-inflamatória.
O que se come
tem como base frutas, legumes e verduras, oleaginosas, frutos do mar e gorduras boas. Ainda permite vinho com moderação, explica a nutricionista Karla Talhate.
Dieta Dash
É uma estratégia alimentar desenvolvida com o intuito de reduzir a pressão arterial em pacientes diagnosticados com hipertensão, explica a nutricionista Juliana Tinelli.
O que se come
É baseada na alta ingestão de frutas, verduras, vegetais, nozes, legumes, grãos integrais e na baixa ingestão de açúcares, sódio, gorduras e consumo moderado de laticínios. São recomendadas proteínas vegetais ou animais magras (de preferência peixe).
Dieta low carb
É uma estratégia com baixo consumo de carboidratos. Em uma alimentação regular, entre 50% e 60% das calorias diárias vêm dos carboidratos. Na dieta low carb, são 40% ou menos, segundo Juliana Tinelli.
O que se come
A regra é priorizar os carboidratos integrais e reduzir os refinados, como massas brancas, doces, refrigerantes e alimentos processados.
Leia mais
Ministério da Saúde descarta caso suspeito de gripe aviária em humano no ES
ES tem aumento de casos de crianças internadas por síndrome respiratória
Dieta cetogênica
Estratégia nutricional caracterizada pela diminuição do carboidrato e aumento de gordura na alimentação, de acordo com Juliana Tinelli. Tem origem da cetose, forma de queima de gordura induzida pelo corte de carboidrato. Contribui para o aumento de energia e foco mental, perda de peso e controle do açúcar.
O que se come
As gorduras boas (como abacate e azeite) e as proteínas são a parte principal da alimentação.
Jejum intermitente
Existem protocolos de horas sem se alimentar para serem seguidos, de acordo com cada paciente, explica a nutricionista Larice Matos. Podem iniciar com um jejum de 12 horas, podendo chegar até 24 horas. O jejum pode reduzir o risco de diabetes.
O que se come
Deve-se priorizar o consumo de alimentos naturais, e evitar quebrar o jejum com alimentos ricos em açúcares, industrializados ou carboidratos de forma isolada.
Dieta ayurvédica
Originada na Índia há mais de 5 mil anos, a base alimentar no Ayurveda leva em consideração as características digestivas, emocionais e mentais de cada indivíduo, de acordo com os cinco elementos da natureza (terra, água, fogo, ar e éter), explica a nutricionista Juliana Andrade.
Por exemplo: pessoas que acumulam muitos gases intestinais devem priorizar alimentos mais cozidos e picantes.
Esta estratégia de alimentação, segundo especialistas, pode melhorar a saúde intestinal, enxaquecas, insônia, falta de energia, dores sem causa aparente, ansiedade e compulsão alimentar.
O que se come
Nenhum alimento é restringido, pois é comum o uso das especiarias e chás para dosar a digestão e melhorar o metabolismo e energia de cada pessoa.
Dieta funcional
Busca garantir que o organismo funcione melhor dentro da sua capacidade, por meio do consumo de alimentos que previnem doenças e nutrem o corpo, explica Juliana Andrade.
O que se come
Inclui cardápio rico em alimentos de origem vegetal, hortaliças, frutas, chás e peixes. Evita-se excessos de laticínios e farinhas, visando a desinflamação do corpo.
Dieta plant-based
Dieta à base de alimentos vegetais integrais, priorizando alimentos que contenham ingredientes frescos e corte total dos industrializados. Evita-se quaisquer alimentos de origem animal, sob alegação desse tipo de item fazer mal à saúde, aumentando o risco de doenças crônicas, explica Juliana Andrade.
O que se come
Inclui vegetais, frutas, grãos integrais, legumes, sementes, nozes e leguminosas, como feijão, soja e ervilha.
Dieta anti-inflamatória
É um tipo de alimentação que combate e previne os processos inflamatórios no organismo, podendo prevenir vários tipos de doenças como artrite, diabetes, lipedema, Alzheimer, obesidade e até mesmo câncer, explica Juliana Tinelli. Quando a doença já existe, esse padrão alimentar pode evitar que o problema se agrave, prevenindo o surgimento de complicações.
Os benefícios se devem ao fato de a dieta se basear no consumo de alimentos naturais e na redução do consumo de carne vermelha e alimentos industrializados.
O que se come
A base desse tipo de alimentação são frutas frescas, probióticos naturais, legumes, gorduras saudáveis, sementes e grãos integrais, peixes ricos em ômega 3, ervas aromáticas naturais, entre outros.
Dieta vegetariana
Descarta o consumo de carne. Mas é admissível a ingestão de ovos e leite. Muitos especialistas veem o vegetarianismo como uma ideologia e não dieta. Reduz o risco de doenças crônicas.
O que se come
É rica em vegetais, frutas, grãos integrais, legumes e produtos à base de soja, nozes e sementes.
Fonte: Especialistas e pesquisa AT.
Leia mais
ES registra mais 4 casos suspeitos de gripe aviária em aves
Hospitais em SP têm aumento de crianças internadas com síndrome respiratória
Comentários