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Saúde

Anvisa libera pílula contra insônia sem receita médica

Autorização só vale para pessoas a partir dos 19 anos e consumo diário máximo de 0,21 mg da substância melatonina


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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o uso da substância melatonina para a formulação de suplementos alimentares. A pílula é usada contra insônia e, agora, poderá ser adquirida sem receita médica.  

A autorização só vale para pessoas com idade igual ou maior que 19 anos e para o consumo diário máximo de 0,21 miligrama (mg).

A melatonina é um hormônio produzido naturalmente no cérebro humano, que auxilia no ciclo vigília-sono, também chamado de “relógio biológico”.

De acordo com a Anvisa, os suplementos de melatonina deverão conter advertência de que o produto não deve ser consumido por gestantes, lactantes, crianças e pessoas envolvidas em atividades que requerem atenção constante.  

Outra recomendação é que pessoas com enfermidades ou que usem medicamentos deverão consultar seu médico antes de consumir a substância. A decisão foi divulgada pela diretoria colegiada da Anvisa na última sexta-feira.

Entre os benefícios da melatonina, a nutricionista e colunista de A Tribuna Gabriela Rebello destaca que  a substância auxilia  no tratamento de distúrbios do sono, além de ajudar na indução e manutenção do sono. 

“Isso tem como consequência a redução da inflamação do organismo, com efeito antitumoral rejuvenescedor, mais   alívio dos efeitos 'jet lag' (desregulação entre os ritmos biológicos e do ambiente)”.

Imagem ilustrativa da imagem Anvisa libera pílula contra insônia sem receita médica
A farmacêutica Cátia Fim diz que facilitar o acesso à pílula é positivo, mas destaca a importância de acompanhamento profissional |  Foto: Leone Iglesias/AT

A farmacêutica Cátia Fim, responsável da Farmage, salienta que o setor da manipulação encara essa primeira liberação, mesmo que ainda em uma concentração bem baixa, como “um passo inicial para, posteriormente, a Anvisa perceber que a melatonina pode ser liberada como suplemento, como em outros países”.

“Claro que, sempre com acompanhamento do profissional, seja médico ou outra pessoa capacitada, mas que   seja de mais fácil acesso”, complementa.

A farmacêutica Luíza Scardua, da Globo Fórmula, ressalta que a dose liberada pela Anvisa, de 0,21 mg, é baixa. “Então, não acredito que seja danoso a pessoa usar sem prescrição, pois  a dose terapêutica é de um a 10 miligramas”.

Alerta para uso não recomendado

Apesar de  a  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter liberado a compra de melatonina (hormônio que auxilia no combate à insônia) sem receita médica, médicos alertam para o risco do uso da substância sem orientação.

Especialista em Medicina do Sono, a  pneumologista Simone Prezotti diz que, mesmo sem a liberação da Anvisa, as pessoas já conseguiam comprar a melatonina no Brasil, por meio de sites, e até importada, fazendo   automedicação.  

“O especialista em sono vê a melatonina como um medicamento, não como suplemento alimentar, porque a melatonina é um hormônio. Não é um sonífero, mas influencia no relógio biológico”.

De acordo com a médica, a melatonina   influencia na produção de outros hormônios. 

“Ela também influencia no controle da glicose, da hipertensão arterial e infertilidade, de maneira indireta, mas influencia. Eu vejo com uma certa preocupação essa liberação, como suplemento alimentar”, comenta.

Já a  presidente regional da Associação Brasileira do Sono Regional no Estado, Jéssica Polese, também especialista em Medicina do Sono, diz que não vê grandes problemas  na dosagem liberada, desde que seja usada com cautela.

“Muita gente precisa repor a melatonina, como os diabéticos que fazem restrição alimentar e tomam muito medicamento. Esses pacientes acabam se beneficiando”.

Problema afeta 920 mil pessoas no Espírito Santo

Imagem ilustrativa da imagem Anvisa libera pílula contra insônia sem receita médica
Simone Prezotti: “Não é sonífero” |  Foto: Antonio Moreira - 23/08/2021

A insônia atinge cerca de 30% dos brasileiros, segundo estudos. No Espírito Santo, isso representa 920 mil afetados com o problema, já que o Estado  tem 3.090.478 pessoas com mais de 18 anos, segundo projeção populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).   

Presidente regional da Associação Brasileira do Sono no Estado, a especialista em Medicina do Sono Jéssica Polese destaca, porém, que esses dados representam um cenário antes da pandemia.

“Na pandemia, estudos mostram que esse percentual pode chegar a 70% entre os adultos”, afirma.

A médica afirmou que a causa da insônia deve ser investigada. “Temos de tentar desvincular a insônia de outras doenças, como a depressão. Normalmente, a insônia precede quadros depressivos, estados de esquizofrenia, e aumenta casos de ligações suicidas”, frisa.

Jéssica Polese alerta ainda que, durante a pandemia, muitas pessoas estão ingerindo mais bebidas alcoólicas para dormir. “Esse sono é mais agitado e de qualidade ruim, com muito despertar”.

SAIBA MAIS

Hormônio presente em frutas e no leite

O que é a melatonina?

É um hormônio produzido naturalmente no cérebro humano, que auxilia no ciclo vigília-sono (também chamado de “relógio biológico”).

Pode ser encontrado em pequenas concentrações em alimentos como morango,   uva, banana, abacaxi, laranja, carne,  leite,  entre outros.    Também pode ser produzida sinteticamente. 

Liberação

A Diretoria Colegiada (Dicol) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, por unanimidade, na semana passada, o uso da substância melatonina para a formulação de suplementos alimentares destinados exclusivamente a pessoas com idade igual ou maior que 19 anos e para o consumo diário máximo de 0,21  miligrama (mg).

A partir da decisão da Anvisa, a melatonina poderá estar disponível, sem receita, como um suplemento alimentar, uma categoria de produtos destinada à complementação da dieta de pessoas saudáveis com substâncias presentes nos alimentos, incluindo nutrientes e substâncias bioativas.

 Advertência

Os suplementos de melatonina deverão conter advertência de que o produto não deve ser consumido por gestantes, lactantes, crianças e pessoas envolvidas em atividades que requerem atenção constante.

Pessoas com  enfermidades ou que usem medicamentos deverão consultar seu médico antes de consumir a substância.

Fonte: Anvisa.

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