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Saúde

Adolescentes estão iniciando a vida sexual cada vez mais cedo

Pesquisa diz que 28,5% dos estudantes de 13 a 15 anos já tiveram relação. Queda no uso do preservativo também preocupa


Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que quase 30% dos estudantes brasileiros de 13 a 15 anos já tiveram relações sexuais. Além disso, o uso do preservativo durante o sexo caiu de 69,1% em 2009 para 53,5% em 2019, revelou a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar.

Para a pediatra e especialista em Medicina do Adolescente, Bruna Bressanelli, a negligência por parte dos pais, a falta de diálogo e a exposição precoce são alguns fatores que levam a este cenário, que preocupa pela quantidade de riscos envolvidos.

“Os adolescentes ainda não possuem maturidade suficiente para manejar relacionamentos dessa natureza, o que pode levar a abusos sexuais e traumas como consequência”, alertou a médica.

Além das questões emocionais, outras duas consequências diretas do sexo precoce e desprotegido preocupam os especialistas: as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e a gravidez na adolescência.

Como forma de prevenção, a médica avalia que as campanhas devem falar a linguagem dos jovens, que já são negligenciados. “Os pais sabem pouco sobre a fisiologia e a mente dos adolescentes, e eles caem de paraquedas nessa fase da vida do filho. O mesmo acontece com as escolas. Além disso, poucas cidades têm programas voltados para a saúde do adolescente”, observou a especialista.

Sobre a redução do uso de preservativos durante o ato sexual, o urologista da Rede Meridional Fernando Chagas pontua que os adolescentes não acompanharam de perto, como ocorreu com gerações anteriores, a epidemia de HIV.

“A infecção pelo HIV causou grande medo e certa reflexão nos jovens, já que se tratava de uma doença sem cura. Hoje, o HIV se tornou uma infecção crônica, ou seja, controlável. Isso fez com que a população voltasse a se descuidar e esquecer que a melhor medida sempre é a prevenção”, afirmou.

SAIBA MAIS

> OS DADOS

- 28,5% dos estudantes entre 13 e 15 anos já tiveram relações sexuais

- No total de adolescentes, de 13 a 17 anos, o percentual daqueles que já haviam feito sexo foi de 35,4%.

- 39,9% dos meninos dessa faixa etária já tiveram relação sexual ao menos uma vez, enquanto entre as meninas esse percentual foi de 31,0%.

- O uso de preservativo na última relação sexual caiu de 69,1% em 2009 para 53,5% em 2019.

> Causas

- Falta de diálogo com os pais ou responsáveis. A educação sexual dentro de casa é importante para preparar os adolescentes para a vida adulta.

- Falta de orientação nas escolas, com ações voltadas para as medidas de prevenção a doenças e à gravidez na adolescência.

- Ausência de um programa de saúde pública especial para a faixa etária adolescente.

- Exposição a conteúdos sexuais nas redes sociais, o que promove a hipersexualização dos adolescentes.

> Riscos

- Infecções Sexualmente Transmissíveis, como HPV, hepatite, sífilis, gonorreia, HIV e herpes.

- Gravidez na adolescência.

- Abusos sexuais e traumas provenientes da falta de maturidade em lidar com a vida sexual ativa.

> Novembrinho Azul

- Trata-se da Lei 14.694/2023, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última quarta-feira.

- Institui ações educativas voltadas para meninos de até 15 anos.

- O objetivo é diminuir o agravamento de doenças na vida adulta, com a detecção precoce e o tratamento de problemas congênitos.

- Medidas: a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV), o autoexame de testículos e as consultas de rotina.

Fontes: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar e médicos entrevistados.

Imagem ilustrativa da imagem Adolescentes estão iniciando a vida sexual cada vez mais cedo
Adolescentes estão iniciando vida sexual mais cedo, segundo pesquisa |  Foto: Canva

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