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Saúde

70% dos usuários de postos de saúde têm sobrepeso

Dado foi apresentado em audiência pública que discutiu as formas de tratamento de obesidade no Sistema Único de Saúde


Imagem ilustrativa da imagem 70% dos usuários de postos de saúde têm sobrepeso
Audiência pública na Assembleia Legislativa discutiu o tratamento contra a obesidade no sistema público com a participação de representantes de saúde |  Foto: Leone Iglesias/ AT

Sete em cada 10 pessoas atendidas nas unidades de saúde do Estado, ou seja, 70%, estão com sobrepeso, segundo o Núcleo Especial de Atenção Especializada (Neae) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

As informações foram apresentadas durante audiência pública, na Assembleia Legislativa, para falar sobre “Protocolo de Obesidade existente no Estado”, na tarde da última quarta-feira (14), solicitada pela Coalizão Vozes do Advocacy, grupo em prol da causa do diabetes e da obesidade.

Diversos representantes de saúde estiveram no local discutindo a falta de medicamentos para o tratamento de obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS), e o acesso de pacientes a médicos endocrinologistas e equipe multidisciplinar.

Segundo a chefe do Neae, Raiany Boldrini, hoje, apenas 1,5% dos atendimentos em unidades de saúde são direcionados para tratamento de obesidade.

Atualmente, o único tratamento disponível é a cirurgia bariátrica, indicada apenas para pacientes com o Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 40. Por ano, as cirurgias custam R$ 4 milhões ao Estado.

Protocolo

“Estamos fortalecendo o cuidado na atenção primária com a equipe multidisciplinar para custear nutricionista, psicólogo, educador físico, para que os pacientes tenham a oferta e acesso a esses profissionais. Hoje não temos um protocolo estadual de como fazer, como esses pacientes serão atendidos”, explicou.

Para a endocrinologista Mariana Guerra, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado (SBEM-ES) e delegada da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), falta a sociedade entender que a obesidade é uma doença crônica e que precisa de tratamento.

“Não existe nenhum medicamento disponível no SUS. Temos bariátrica, mas há uma fila, e a indicação é IMC acima de 40 ou 35 com comorbidade, e essa não pode ser a única alternativa oferecida”.

De acordo com o deputado estadual Fabrício Gandini, presidente da Frente Parlamentar para Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Diabetes, com a discussão, serão enviadas ao Estado e aos municípios informações e solicitações sobre a obesidade. “A ideia é que o Estado possa adotar alguma medicação para tratamento. As pessoas, hoje, só tem esse acesso no privado”, destacou.

Saiba mais

- 7 em cada 10 pessoas atendidas nas unidades de saúde do Estado, ou seja, 70%, estão com sobrepeso.

- Desses 70%, apenas 1,5 % dos atendimentos em unidades de saúde é direcionado para tratamento de obesidade.

- Sendo que o sobrepeso e a obesidade já atingem 45% da população capixaba, sendo que 5,5% dos casos podem ser enquadrados como obesidade grau 3, segundo números apresentados aos deputados da Comissão de Saúde


Tratamento

Atualmente, não existe Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica (PCDT) para o tratamento da obesidade. O SUS oferece tratamento não medicamentoso como orientação aos pacientes e familiares quanto a exercícios físicos e dieta, apoio profissional, cirurgia bariátrica e acompanhamento pela Rede de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas, segundo o Ministério da Saúde.

Conitec

Para um medicamento ser incorporado no SUS, é preciso ser recomendado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

Sibutramina

Em 2020, foi solicitado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE/MS) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) a avaliação da incorporação de sibutramina para tratamento dos pacientes com obesidade.

Esse medicamento atua reduzindo a fome, aumentando a saciedade e o gasto de energia, não podendo ser utilizado por pacientes com problemas cardiovasculares. O custo médio do tratamento é de R$ 30. Na época, a Conitec não recomendou a incorporação do remédio.

Liraglutida

Em 2023, a Conitec abriu consulta pública sobre a incorporação do Saxenda (liraglutida) na rede pública. O medicamento, semelhante ao Ozempic (semaglutida), é aprovado para tratamento da obesidade no Brasil.

A incorporação também foi negada pela Conitec. O preço médio é de R$ 700, mas a expectativa é que com a queda da patente haja redução no valor.

Remédios disponíveis

Para tratamento da obesidade, hoje são aprovados no Brasil os seguintes medicamentos: orlistate, sibutramina, contrave (bupropiona e naltrexona), liraglutida 3mg (cujo nome comercial é Saxenda) e o mais recente a chegar no mercado é wegovy (semaglutida).

O ozempic (semaglutida) também é usado, fora da bula, para o tratamento da obesidade, mas sua indicação é para diabetes.

Fonte: Núcleo Especial de Atenção Especializada (Neae), Ales, Ministério da Saúde, Conitec e especialistas consultados.

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