Perigos da gordura que a balança não vê
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Você já subiu na balança nesta quarentena? Ganhou ou perdeu alguns quilos? Muita gente está preocupada com os quilos que conquistou nestes dias de isolamento social. Só que há uma outra gordura que não é registrada pela balança: a gordura visceral, resultado do acúmulo de gordura ao redor dos órgãos.
Segundo especialistas, a gordura visceral é perigosa, já que há o risco de desencadear diversas doenças, como hipertensão e cirrose, levando, em casos mais graves, até a um transplante de fígado.
“A gordura visceral é uma gordura de depósito que vai se acumulando nas vísceras, de acordo com o consumo de alimentos ruins. Não vemos essa gordura. Ela se deposita entre o intestino e o fígado. É muito perigosa porque, em excesso, aumenta o risco de infartos, diabetes e doenças cardiovasculares”, explicou a médica nutróloga Mariana Comério.
Mariana ressalta que as pessoas não costumam se preocupar com este tipo de gordura porque não é localizada. “É uma gordura que dá barriga. Quando começa o aumento da circunferência abdominal já é um critério do aumento da gordura visceral”, alertou.
Carboidratos refinados, como trigo, biscoitos e pães, além da cerveja, segundo a médica, são os alimentos que mais depositam a gordura visceral.
O médico nutrólogo Roger Bongestab destacou que a gordura visceral alta já é uma doença.
“Ela já é considerada patológica. Essa gordura está muito presente no paciente com síndrome metabólica, que é aquele paciente que tem elevação de peso, aumento de insulina e glicose, além de aumento de gordura dentro do fígado”.
O tratamento é único, de acordo com Roger, com atividades físicas e dieta, ou seja, redução de peso.
“O paciente precisa reduzir a quantidade de calorias. Melhorando a massa magra, muscular, o paciente estará combatendo a gordura visceral, já que a massa muscular aumenta o metabolismo e favorece em não acumular gordura nas vísceras”, explicou.
nutricionista e colunista de A Tribuna Gabriela Rebello pontua que a gordura visceral só pode ser mensurada quando são feitos testes mais específicos.
“Existem os 'falsos magros', que são aquelas pessoas que estão com o índice de massa corpórea saudável, mas têm um elevado percentual de gordura”, destacou a nutricionista.
SAIBA MAIS
Gordura visceral
- É uma gordura que não é identificada na balança de pesagem. Ela vai se acumulando nas vísceras, de acordo com o consumo de alimentos ruins, e se deposita entre o intestino e o fígado.
- É perigosa porque, em excesso, aumenta o risco de infarto, diabetes e doenças cardiovasculares.
- Está associada ao aumento da insulina e da glicemia, hipertensão e síndrome metabólica.
- Por ser um tecido inflamado, agrava dores como artrite e artrose. Também está relacionada a doenças autoimunes, como endometriose e síndrome de ovários policísticos.
Alimentos que favorecem o aumento da gordura visceral
- Carboidratos refinados, como trigo, biscoitos e pães; sorvetes, refrigerantes, além da cerveja e outras bebidas alcoólicas, são os alimentos que mais depositam a gordura visceral.
Como diagnosticar
- A gordura visceral só pode ser mensurada quando são feitos testes mais específicos, como a avaliação de bioimpedância, com fita métrica, e adipômetro. Também é possível fazer o diagnóstico por meio de ultrassom.
- Existem os “falsos magros”, que são aquelas pessoas que estão com o índice de massa corpórea saudável, mas têm um elevado percentual de gordura.
- Tratamento
- Associar uma dieta equilibrada, com consumo de proteínas, carboidratos e gorduras boas, com atividades físicas, musculação e aeróbica. A massa muscular aumenta o metabolismo, favorecendo o não acúmulo de gordura nas vísceras.
Fonte: Especialistas consultados e pesquisa AT.
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