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Entretenimento

Ronnie Von: "Os piores vírus são os emocionais, estão camuflados"


Imagem ilustrativa da imagem Ronnie Von: "Os piores vírus são os emocionais, estão camuflados"
|  Foto: Divulgação/Luciano Santos/Talentmix


Para o cantor, compositor e apresentador Ronnie Von, 75 anos, a fragilidade humana vem dando sinais de que é real antes mesmo da pandemia de Covid-19. E não está no corpo.

“Os piores vírus são os emocionais, estão camuflados”, diz, ao AT2, o artista que, há três meses está em quarentena em casa com a mulher, Maria Cristina, a Kika, 65, o caçula Léo, 33, e a nora Alice.

Para o artista, a maior dificuldade do isolamento tem sido ficar sem receber pessoas em casa: “O prazer da minha vida é ter meus amigos aqui. Moro no Morumbi, em um local que mais parece um sítio. Tenho pomar, horta, galinhas – com direito a nome de famosos, como Neymar e Oprah –, cinema. Fiquei quebrado financeiramente, mas rico emocionalmente”, conta, aos risos, sobre sua mansão de 3 mil metros quadrados.

Sem contrato de trabalho com emissoras de TV, Ronnie tem se aventurado na internet. “Recebi algumas propostas para produzir conteúdo para o YouTube. Já gravei alguns. Não posso ficar parado, quero trabalhar. Às vezes, descubro uma nova paixão”, afirma ele, que passou férias na infância em Vitória e Santa Teresa.


Ronnie Von | Cantor, compositor, apresentador e escritor “Eu fiz muita coisa errada”


AT2: O que tem feito nesta quarentena?
Ronnie Von: Para mim, o castigo maior está sendo não poder receber as pessoas. Mas tenho participado de lives. Quando tudo passar, vou encher a casa de gente!

É verdade que colocou sua mansão à venda?
Não existe essa história. Quando tudo isso começou, minha mulher ficou apavorada, porque não tenho liquidez. Se me virar de cabeça para baixo, não cai uma moeda. Mas temos propriedades em Campos do Jordão, São Paulo...

Então, nada de venda?
Não estou vendendo minha casa. Mas falo que, na minha vida, só quem não está à venda é minha mulher e meus filhos. Se for preciso, leva! Compro outra depois! (Risos) O que levamos da vida se não tivermos bom humor?

O que a Kika, sua esposa, tem de sobra...
E muito mais! Tive a sorte de me casar com minha melhor amiga. Ela ri de fratura exposta nela mesma! E isso é tão bom! É tão bom viver a vida com mais placidez. Antes, eu me preocupava de véspera.

Quem te fez mudar?
Aprendi com meu pai, que dizia sobre problemas: “Tem solução? Então, não se preocupe. Se não tem, não tem”.

Acredita que o mundo voltará diferente?
Claro! E nós estaremos mais fortalecidos. Vejo solidariedade nas pessoas. “O homem é o lobo do próprio homem” até a página dois. Não existe autossuficiência, somos interdependentes.

Antes da quarentena, estava programado para voltar à TV?
Foi uma falta de sorte grande. Estávamos nas últimas reuniões, decidindo os projetos. Quase enlouqueci. Além dos projetos, sou paciente de risco. Tive H1N1, acredita?

Chegou a se revoltar?
Não. Devemos ter paciência. Somos frágeis, não estamos isentos de coisa nenhuma.

Fez um “balanço da vida”?
Sim! Estava pensando como eu fazia barbaridades como aviador, por exemplo. Sabe o que comprei com meu primeiro dinheiro? Um avião! Morava de aluguel em um apartamento de dois quartos, mas tinha avião! Cheguei a dormir nele! Quanto mais crescemos, mais aumenta o preço dos brinquedos.

Tem 75 anos. Assumir o passar dos anos foi um problema?
Sabe o que acho? Temos a obrigação de envelhecer com dignidade. É um processo natural. Não existe controle sobre isso. Nunca escondi minha idade. Mas minha geração tinha medo dos 30. Aos 28, tive uma crise existencial forte. Imagina! Tive com 40 também. De lá pra cá, “tamo junto”! Me preocupo com doença, não com morte.

Este ano, perdemos o Gugu. Eram grandes amigos...
O Gugu era generoso. No último almoço aqui, ele me trouxe dois vinhos, daqueles “se fui pobre um dia, não me lembro”. (Risos) Eu disse que os guardaria para uma comemoração. O Gugu retrucou: “Use sempre seu melhor faqueiro, louça. A vida é curta”. Quarenta dias depois, aconteceu o acidente.

Das lições do tempo, qual a que mais te marcou?
O amor incondicional. Amar sem querer nada em troca. Comigo sempre foi assim. Acredito no mundo de todos irmãos. A felicidade é se preocupar com o próximo.

Minha mãe era muito formal. Morreu aos 42 anos. Eu, ainda pequeno, perguntei para ela o que é ser elegante. Ela respondeu: “Não fazer seu semelhante sofrer”.

Postou, no Instagram, que “lembranças nos trazem reflexões, quando volto ao passado, renovo valores que antes sequer enxergava”. Trocaria o Ronnie de hoje pelo de 40 anos atrás?
Sim. Eu fiz muita coisa errada. Faria tudo diferente. Era muito imaturo. Tive sucesso, dinheiro na hora errada. Aos 22 anos, tinha independência financeira. Fiz muitas bobagens. Seria mais comedido.

Orgulha-se mais do título de “Príncipe da Jovem Guarda” ou do de “Mãe de Gravata”?
Dos dois. Príncipe é coisa da Hebe, que me deu esse apelido. Nunca fui da Jovem Guarda, não tinha relação com eles. Mas tudo bem. Quando as pessoas fazem uma imagem sua, acabou.

E o “Mãe de Gravata”?
Quando ganhei a guarda dos meus filhos, tive que virar “dona de casa”. Lavo, passo, cozinho, arrumo uma casa com perfeição. E compro as roupas para Kika! Aprendi comprando para minha filha.

Uma alma feminina...
Tenho uma visão absolutamente feminina! Sei o que é para uma mulher sobreviver em uma sociedade machista. Hoje, o homem que não dividir tarefas vai dançar feio! Quem ensinou a Kika a trocar a fralda do Léo fui eu! Posso fazer qualquer coisa. Posso ser tão boa mãe quanto qualquer mulher.

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