Retorno das atividades deve ser gradual para evitar segunda onda da Covid-19
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Embora exista a tendência de estabilização da Covid-19, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, chama a atenção para a importância de manter os cuidados para que não ocorra uma segunda onda da doença.
“As pessoas que tiverem protegidas com o distanciamento social neste momento, elas não devem sair dessa medida de proteção. Na medida que aqueles que estão protegidos com o distanciamento social se exporem a circulação pública, eles poderão se submeter ao risco de contrair a doença”.
Por isso, de acordo com o secretário, quando se confirmar a estabilização dos casos, o retorno das atividades precisa ser gradual.
“Esse retorno não pode ser abrupto. Se ele for abrupto, a população que está protegida passa a se expor e nós podemos ter uma segunda onda com um aumento do número de casos, em especial na população idosa e na população que tem comorbidades e ficou protegida ao longo do período”.
Nésio observou que outras cidades já enfrentaram a segunda onda, o que é muito perigoso. Ele diz que é preciso preservar vidas.
“Ainda não temos vacina e nem tratamento específico para a doença. Então, o distanciamento social, associado ao isolamento dos pacientes sintomáticos, são as duas estratégias principais para poder romper a cadeia de transmissão e impedir que a doença ressurja como uma nova onda”.
O secretário aproveitou para reiterar a posição do governo do Estado sobre uso da cloroquina/hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19 de que não há evidências científicas que recomende o uso da hidroxicloroquina em fase inicial da doença, principalmente em atividade ambulatorial.
“A posição do governo do Estado é orientada pelas melhores práticas baseadas em evidências científicas, nos consensos de Sociedades Médicas Brasileiras, nas opiniões dos principais especialistas do mundo no assunto”.
Contudo, ele salientou que o governo não proíbe o uso. “Os municípios que quiserem adotar a hidroxicloroquina, assim podem fazer”.
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