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Entretenimento

Reencontro musical de Elias Belmiro


O violonista capixaba Elias Belmiro, 52, dá mais um passo rumo à sua reaproximação com a música. Após viver sete anos nas ruas e longe dos palcos, o artista busca virar a página.

E o primeiro capítulo dessa nova história se chama “Reencontro”. Esse é o nome de batismo do primeiro disco de vinil do músico.

O trabalho, composto por 11 canções instrumentais e autorais, foi gravado no Estúdio Nova Arte, em Tabuazeiro, na Capital, e vai ser lançado até o fim do próximo mês.

“Retornei ao estúdio pisando em nuvens. Que coisa mais gostosa!”, conta Elias sobre a gravação, que começou na primeira quinzena de janeiro e acabou há duas semanas.

Imagem ilustrativa da imagem Reencontro musical de Elias Belmiro
O violonista Elias Belimiro afirma que, hoje, pelo amor aos filhos – Pablo, de 22 anos, e Emanuelle, de 8 –, está lutando para se manter sóbrio. |  Foto: Beto Morais/AT

Mas, para que essa experiência acontecesse, o artista teve a ajuda do grupo Amigos do Vinil ES. Eles criaram uma campanha de financiamento coletivo para a prensagem de “Reencontro”.

Inicialmente, o projeto planeja produzir 300 LPs no valor de R$ 60. Porém, a primeira tiragem está praticamente esgotada. “Caso essa primeira leva se esgote, vamos estudar fazer uma nova tiragem”, antecipa Valdir Santuzzi, proprietário da loja Amigos do Vinil ES.

Ainda de acordo com Elias, o repertório é composto por músicas que passeiam por diversos estilos, como românticas e barrocas.

No entanto, nada soa erudito. “Decidimos fazer um repertório mais popular”, garante o artista. Duas das composições presentes no trabalho foram feitas para os filhos do violonista: Pablo, de 25 anos, e a caçula, Manu, de 8. “'Pablito', feita em homenagem ao meu filho, é uma valsa. Já 'Pequena Fantasia para Violão e Cello' fiz para a Manu”, explica.

Segundo Elias, a faixa em homenagem à filha é um ponto importante na narrativa que ele buscou transparecer ao longo das 11 canções. “Esse é um disco temático. Ele começa mais alto-astral, representa o momento em que eu estava no auge, dá uma caída e depois vai voltando a subir, que é este momento que estou vivendo”, diz.

E é justamente “Pequena Fantasia”, composta para a filha, que une esses dois momentos musicais e da vida do violonista. “A Manu era bem novinha quando eu começava a ficar decadente. Depois disso, fiquei muito tempo sem vê-la. Agora, resgato o tempo perdido”, conta.

“E essa música, que não é triste, mas sim traz uma suavidade, busca mostrar isso”, continua o artista, explicando sobre como transformou em arte um momento tão importante da sua vida.


“Parece que eu estava com sede de música”



AT2 Voltou aos palcos em 2020 e agora grava um LP. Como foi esse “Reencontro”?

Elias Belmiro Na realidade, não estava em meus planos lançar novo trabalho depois dos três CDs que já havia gravado. Então, os Amigos do Vinil ES me fizeram esse convite para poder me ajudar.

Eles resolveram me ajudar, assim como as outras pessoas me ajudam e me erguem. Fazem parte dessa solidariedade.

O que levou em consideração na hora de escolher o repertório desse seu novo trabalho?

Decidimos fazer um repertório mais popular. E me ofereceram a oportunidade de registrar apenas com as minhas obras. Inclusive, há uma homenagem ao violonista Maurício de Oliveira. A música se chama “Mauriciando” e fiz para ele ainda em vida.

O repertório tem músicas que lembram o romantismo e o barroco. É um apanhado de estilos, com um ar moderno, modernistas. É um ecletismo musical sem perder a essência dos novos compositores.

Qual foi a diferença de gravar esse disco em relação aos seus trabalhos anteriores?

Quando gravei os outros três , eu tinha muita rigidez e me cobrava muito. Desta vez, não. Foi tudo rápido. Parece que eu estava com sede de música. E o estúdio foi só para registrar o que eu estava querendo tocar. Ficou um registro natural e eu me senti em casa.

Este é um momento, tanto da sua vida quanto da carreira, em que você quer virar a página do que aconteceu no passado?

Para mim, não aconteceu nada nesses últimos anos. Para mim, eu só dormi. Hibernei. Eu não consigo me ver naquela época. Eu sei falar o que eu vivi. Eu me recordo das dores, do frio que passei, das chuvas que tomei... Tenho elas na cabeça. Mas, para mim, foi um sonho e agora eu só acordei. 

Há, no trabalho, duas composições para os seus filhos. Acha que a Manu, a mais nova, um dia vai entender quem é o pai dela e o que ele passou?

É uma pergunta difícil... Ela não vivenciou. Acredito que não vai ter a amplitude total do que foi isso. Não vai marcá-la, porque ela não acompanhou igual Pablo, que sofreu comigo. Para ela, eu penso, vai ser o mesmo que nada. 

Vou dizer que eu fiz a música para ela. Eu a amo. Fiz dedicada a ela por amor. Fiz porque era um momento estável da minha vida. Agora estou tranquilo, sereno e lúcido. E os meus olhares precisam estar atentos a ela.

Agora que lançou um novo trabalho, já tem pensado em retornar ao estúdio para registrar canções inéditas?

Se o negócio estiver bom, vou fazer igual ao Maurício de Oliveira: gravar só obras minhas.
Vou começar a me apresentar como violonista e compositor, mas apresentar músicas que cative o público. vou pegar a linhagem de Maurício, de Dilermano Reis, aquelas coisas agradáveis de se ouvir. Ficar na linhagem desses compositores, como Jacob do Bandolim.

Como disse antes, a minha pretensão não é mais regravar compositores. A não ser que venha um compositor vivo e faça uma suíte e queira que eu grave para ele. 
 

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