Maranata nas comunidades indígenas
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A Igreja Cristã Maranata é uma instituição religiosa que transmite uma mensagem universal, que é a mensagem do Evangelho, em seus 15 mil templos espalhados em 170 países, em todos os continentes, para mais de 3 milhões de membros, de acordo com o Dicionário do Movimento Pentecostal.
Somente no Brasil, contando casas adaptadas, salões e templos já construídos, a Igreja Cristã Maranata soma quase 6 mil locais de culto. Entre esses locais estão algumas aldeias indígenas, principalmente no Sul da Bahia.
“A evangelização nas comunidades indígenas do Sul da Bahia iniciou-se na comunidade de Corumbau, próximo da Aldeia Barra Velha, onde estavam os primeiros a se converter. Depois, em meados de 1995, um grupo de irmãos se mudou para Coroa Vermelha, município de Santa Cruz Cabrália, dando início ao trabalho de evangelização, onde, em 2007, foi construído o templo”, conta Antonio Marinho Assis, ordenado pastor nessa igreja em 2011. “Minha trajetória na obra vem desde 1987”.
Hoje, são 148 irmãos na Igreja Cristã Maranata de Coroa Vermelha, sendo que 80% deles são indígenas, incluindo o pastor, que pertence à etnia pataxó.
“O que mais me emociona nesse trabalho é ver o papel do Espírito Santo. A forma como ele age. Ele não tem barreira para operar. O que o Senhor tem feito no nosso meio é uma coisa maravilhosa”, revela.
Quem também se recorda desse início da evangelização nas aldeias é o pastor Sancler Umbelino Cardoso, de 59 anos. “No início foi um pouco mais difícil. Precisávamos caminhar uma hora e meia a pé até chegar na Aldeia Barra Velha, em Porto Seguro”.
Pastor Sancler é membro da ICM há 26 anos. Ele reside em Itamaraju, distante 100 quilômetros da Aldeia Barra Velha. Mas isso não é impedimento para ele que, há 22 anos, se dedica aos trabalhos de evangelização. O templo da Igreja Cristã Maranata na Aldeia Barra Velha tem hoje 126 membros.
“A igreja Cristã Maranata é uma parceira da comunidade Indígena”
“De certa forma, a Igreja Cristã Maranata é uma parceira da comunidade indígena, porque ela consegue estar na comunidade sem prejudicar a cultura”. A afirmação é do chefe da Coordenação Técnica Local da Funai em Porto Seguro, Marcos Braz Alves.
Ele exemplifica citando a tradução de louvores para a língua patxôhã, nativa dos índios da etnia pataxó. A Igreja Cristã Maranata incentiva o uso da língua nativa. Alguns professores que ensinam o patxôhã nas escolas, para as crianças, são da ICM.
Marcos também observa que os membros da igreja não são proibidos de participar dos momentos típicos da comunidade. “Para nós isso é importante, pois não é uma denominação religiosa que chega impondo e dando ordens. Os pastores são bastante abertos ao diálogo junto com as lideranças e isso é importante para a comunidade e para a igreja.”
Ele cita ainda que o fato de a Igreja Cristã Maranata usar na aldeia um templo em formato de cabana, no estilo da arquitetura indígena, é exemplo de respeito. “A Maranata tem padrão de templo no mundo inteiro, mas na aldeia ela adaptou à arquitetura indígena, usando um modelo de cabana”, conclui.
ICM presente em comunidade de Roraima
No Norte do Brasil também há um trabalho de evangelização que teve início há 8 anos na comunidade indígena Boca da Mata, no Estado de Roraima, divisa com a Venezuela. Pastor Flávio Ximenes conta que no local já foi construído um templo da Igreja Cristâ Maranata e no momento tem 26 membros. Esse trabalho está sendo expandido para uma outra comunidade indígena, a de Aleluia, também em Roraima, onde os cultos são acompanhados via satélite, após a aquisição de uma antena parabólica.
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