Profissões em alta com salário a partir de 10 mil
Recursos humanos, tecnologia da informação, vendas, marketing digital e logística estão entre os segmentos em ascensão neste ano.
A remuneração nestas áreas pode variar entre R$ 10 mil e R$ 60 mil em cargos de liderança, de acordo com o tempo de experiência do profissional no mercado.
Isso é o que mostrou uma pesquisa realizada no Brasil pela multinacional Robert Walters, especializada em recrutamento.
O levantamento contemplou 96 cargos em diferentes áreas. Entre as funções de destaque, estão a de diretor de logística – área que ganhou impulso com o aumento das compras pela internet durante a pandemia.
A remuneração para o cargo varia entre R$ 49 mil e R$ 60 mil para profissionais com mais de 12 anos de experiência, de acordo com o estudo.
O home office e o aumento na demanda por serviços online também alavancaram áreas como as de tecnologia da informação e marketing digital.
Segundo o estudo, a remuneração para profissionais experientes, com mais de 12 anos de mercado, varia entre R$ 30 mil e R$ 50 mil em cargos de direção nestas áreas.
De acordo com o diretor-geral da Robert Walter no Brasil, Leonardo de Souza, o trabalho remoto deve continuar sendo uma aposta de muitas empresas neste ano.
“À medida em que as barreiras geográficas são minimizadas, empresas passam a poder considerar profissionais localizados fisicamente em outras cidades, estados ou mesmo países e, do ponto de vista dos profissionais, as potenciais oportunidades se multiplicam”.
Também aparecem em destaque na lista das profissões em alta funções como diretor financeiro, diretor de vendas, diretor de marketing e diretor de RH.
mudanças
Segundo a especialista em pessoas e carreiras Gisélia Freitas, as áreas destacadas já vinham em ascensão, mas ganharam um impulso maior a partir do início da pandemia de Covid-19, que exigiu adaptações das empresas.
“Essas áreas estão voltando a ter peso porque vieram com uma nova roupagem. Financeiro e RH estão com muita demanda para atender às mudanças. Há muita procura por tecnologia também, precisou-se desenvolver aplicativos e ferramentas”, afirmou.
Ainda segundo Gisélia, neste novo cenário, ganharam destaque profissionais que conseguiram ajudar as empresas a superar as crise. “As empresas viram quem teve o perfil de se adaptar”.
Estudar por conta própria é visto como um diferencial
Manter-se atualizado é importante para ter as melhores oportunidades de emprego, mas as empresas também estão abrindo mão aos poucos da qualificação formal para priorizar outras habilidades, especialmente em cargos relacionados ao uso da tecnologia.
Com isso, estudar por conta própria se tornou um diferencial, de acordo com o diretor da Robert Walters, Leonardo de Souza.
A diretora da Center RH, Eliana Machado, afirmou que o home office, especialmente, exigiu adequações dos funcionários.
“Muitos foram para casa, e sem uma estrutura muito bem organizada, tiveram que se adequar. Muitas pessoas que não lidavam com algumas ferramentas, tiveram que aprender”, afirmou a especialista.
“Há diversos cursos gratuitos, ou a preços acessíveis. Muitos aproveitaram o maior tempo em casa e fizeram. Isso traz um diferencial em relação a quem ficou parado”, completou.
A especialista em carreiras Gisélia Freitas também destacou que a nova realidade passou a exigir maior adaptação.
“A empresa precisa de um funcionário que consiga se adaptar rápido. Exige desenvolvimento e estudos contínuos, e um planejamento de carreira”, afirmou.
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