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Cidades

Artesão é notificado por esculturas nas areias de Guarapari


Imagem ilustrativa da imagem Artesão é notificado por esculturas nas areias de Guarapari
O casal mineiro Janaina e Bruno, com a filha Beatriz, lamentou o fim das esculturas, consideradas uma atração na Praia do Morro |  Foto: Roberta Bourguignon / AT

As esculturas de areia presentes na Praia do Morro, em Guarapari, podem acabar. É que os fiscais já notificaram verbalmente o artista Marcos da Silva Picoreti, 34 anos, que há quatro anos realiza seus trabalhos no mesmo local. A Secretaria Municipal de Postura e Trânsito (Septran) orientou Marcos Picoreti a acabar com as esculturas, pois o autor não possui licença para atuar na praia.

“Os fiscais vieram medindo a orla e demarcando de cinco em cinco metros. Eu estava sentado e eles (os fiscais) me chamaram, perguntando se eu era o responsável. Eu respondi que sim, e eles disseram que a partir de agora eu não poderia ficar mais aqui. Eu disse que fazia isso há quatro anos na Praia do Morro, mas me mandaram tirar mesmo. Me deram um tempo até hoje (ontem)”, disse.

O artista disse que desenvolve o trabalho há quase 24 anos em todo o País, e é a primeira vez que recebe ordem para apagar as esculturas e que não poderá ocupar o espaço da areia da praia para a sua arte.

“Eu rodo o Brasil inteiro e é a primeira vez que me abordam com isso. E olha que eu trabalho em outras praias famosas, como Barra da Tijuca, Copacabana, Ipanema. Eu trabalho 15 dias, um mês nas praias do Rio, e praias do Nordeste também”, esclarece Marcos.

Morador de Cariacica, o artista disse gostar de desenvolver seus trabalhos em Guarapari por ser perto de casa, e também pelo carinho que tem com a cidade.

“Eu gosto de Guarapari porque foi aqui que eu aprendi a fazer as esculturas, e é mais perto de casa. Dá para tirar um trocado bom, levar o feijão para dentro de casa. Tenho dois filhos. Ontem (segunda-feira) mesmo eu já estava arrumando tudo para ir embora”, revelou o artista.

Com lágrimas nos olhos, o escultor disse que não gostaria de sair da cidade.
“É difícil. Mas vou ter que recomeçar (se emociona). Meus amigos me chamaram para a Praia da Costa, em Vila Velha. Mas ainda estou pensando no que fazer, para onde vou”, completou.

Fiscais do Meio Ambiente também questionaram sobre o uso da tinta para colorir a areia em alguns trabalhos, mas Marcos esclareceu que se trata de um corante conhecido como xadrez, e não agride. “Só uso o que é da natureza, e aqui mesmo fica”, comentou.

Secretário diz que segue as leis

A Secretaria Municipal de Postura e Trânsito (Septran) informou que o artista esteve com o secretário Genilson Simões, em busca de entender sobre a legalização da atividade na praia.

Segundo o secretário, foi informado que seria necessária a realização da abertura do processo, atendendo os critérios da Lei Orgânica e as normas pertinentes a este tipo de atividade na praia. “O município não tem a intenção de prejudicá-lo, porém é dever do setor público seguir as leis e normas existentes no País, em especial a Constituição Federal”, disse Genilson Simões.

“A equipe da Septran está realizando a medição da área da Praia do Morro para o exercício da atividade de locação de ombrelones (espécie de tenda) e atividades de jet banana, licenciados através de edital e processo de cadastramento”, disse o secretário através de nota.

E esclareceu ainda que é importante ressaltar que ele está fazendo uma ocupação de área de solo urbano e irregular, ou seja, ele não possui licença/autorização para exercer tal atividade e está ocupando uma área pública.

A Septran acrescenta ainda que tal medição está sendo realizada conforme orientação do Ministério Público.

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