Vereador de Cachoeiro de Itapemirim desiste de cargo para ser padre
Júnior Corrêa (PL), o Juninho da Cofril, que era pré-candidato à Prefeitura de Cachoeiro, diz que deixa a política por chamado religioso
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O vereador de Cachoeiro de Itapemirim, Júnior Corrêa (PL), mais conhecido como Juninho da Cofril, anunciou ontem que irá se afastar da Câmara por conta de um chamado religioso e que deseja se tornar padre.
O parlamentar, que também era, até então, pré-candidato à Prefeitura de Cachoeiro pelo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), comunicou que tomou a decisão após um retiro espiritual.
“Eu fiz um retiro de 15 dias em um mosteiro e durante esse silêncio eu ouvia a voz de Deus. Lá no passado eu optei por não seguir esse chamado, mas, agora, mais de uma década depois, eu vou seguir. Se a igreja quiser, vou seguir o primeiro plano da minha vida, que era ser padre”, disse o vereador mais votado em Cachoeiro em 2020.
Juninho vai, a partir de agora, se licenciar do cargo junto à Câmara de Vereadores. Assim, assumirá o suplente Amós Marcelino (PL).
Em outro momento da live, transmitida pelas redes sociais do vereador, Juninho afirmou que este é o fim de sua vida pública.
“Saio da vida pública, não vou mais disputar eleições, nem serei candidato a qualquer cargo. Vou sair dessa vida para me dedicar agora a quem deu a vida por mim”, declarou o jovem de 27 anos.
Na última semana, Juninho havia publicado uma carta aberta que deixava claro o desentendimento dele com o presidente estadual do PL, senador Magno Malta (PL). Na publicação, o vereador comentou que não havia diálogo dentro da sigla, tema que foi relembrado ontem por ele durante o anúncio de afastamento da política.
“Gostaria de me desculpar com o PL, que abriu as portas para mim. A nota da semana passada fiz com tristeza, mas não tiro nenhuma palavra. Precisava ajudar também os correligionários. Magno Malta tem nas mãos uma McLaren, uma Lamborghini, mas se não houver diálogo com outros partidos conservadores, corre o risco desse cargo chegar na corrida eleitoral com o pneu careca, na primeira curva, vai derrapar”, desabafou.
Ele chegou a afirmar que teve reuniões com outros partidos, inclusive com o PP, como publicado por Plenário, mas que não havia motivo de troca de partido, já que ele sairia da vida pública.
Magno Malta foi procurado pela reportagem, mas, até o fechamento desta edição, o senador não havia se manifestado.
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