"Seja aplicado o rigor da lei", diz Lula sobre operação contra Bolsonaro e aliados
Operação Tempus Veritatis cumpre 33 mandados de busca e apreensão, outros quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, utilizou as redes sociais para se manifestar sobre a operação da Polícia Federal, que foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (08) e tem como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. A corporação investiga um grupo suspeito de tentativa de golpe de Estado nas últimas eleições.
No total, a Operação Tempus Veritatis cumpre 33 mandados de busca e apreensão, outros quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares, como proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de sair do País, determinação para entrega do passaporte no prazo de 24 horas e a suspensão do exercício de funções públicas.
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Pouco depois da operação ser iniciada, Lula publicou mensagem no X (antigo Twittter) e lembrou que a operação é realizada em segredo de justiça.
"Espero que não ocorra nenhum excesso e seja aplicado o rigor da lei. Sabemos dos ataques à democracia. Precisamos saber quem financiou os acampamentos. Vamos esperar as investigações", escreveu o presidente da República.
As ordens judiciais são cumpridos no Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Paraná, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal.
Segundo a Folhapress, a operação prendeu os ex-assessores Filipe Martins e Marcelo Câmara.
Ex-presidente vai ter que entregar passaporte
Um dos alvos da operação, o ex-presidente Jair Bolsonaro vai ter que entregar o passaporte para a Polícia Federal em até 24 horas. Os policiais estiveram na residência do candidato derrotado nas eleições presidenciais de 2022, mas não encontraram o documento.
Além de Bolsonaro, seus ex-ministros e aliados, os generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno, também foram alguns dos alvos da operação.
De acordo com a PF, a operação foi deflagrada para investigar um grupo que é suspeito de tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, que tinha como objetivo obter vantagem política com a manutenção de Bolsonaro no cargo de presidente da República.
O Exército acompanha o cumprimento de alguns mandados.
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